06 novembro 2009

Pense grande


As pessoas maduras não se abalam por causa de comentários indelicados de outras pessoas. De vez em quando as pessoas falam coisas para nos testar e fazem comentários do tipo: você não trabalha duro! ou... você come demais! ou ainda... todo mundo sabe que você está com ela só pela beleza...!.
Às vezes, essas coisas são ditas por inveja, mas com freqüência, são faladas para provocar uma reação.
Qualquer que seja o motivo, a melhor maneira de lidar com isso é sorrir e, ou não dizer nada, ou concordar com a pessoa.
Assim sendo, da próxima vez que seu vizinho o vir em seu carro novo e disser: você não trabalha quase nada e, ainda assim, eles lhe pagam uma fortuna!, simplesmente sorria e responda: não é maravilhoso?
Você não tem de explicar nada sobre suas responsabilidades e sobre o tempo que fica ralando no trabalho.
Não precisa justificar. Apenas sorria e deixe isso para lá.
Quando um amigo observar coisas do tipo: você está sempre tirando férias!, concorde com ela. Diga: sim, adoro tirar férias!.
Se o seu primo disser: puxa, você deve ter gasto uma grana nessa piscina, sorria e fale: pode apostar que sim. É que detesto piscinas baratas!
Não se deixe perturbar. Você não vai ganhar nada discutindo com seu primo, sua cunhada, seu vizinho ou com quem quer que seja.
Quando encontrar com pessoas assim, concorde com elas de uma maneira gentilmente natural. Se você começar a tentar se defender, estará frito.
Em poucas palavras: somente pessoas que pensam pequeno fazem comentários desagradáveis; e somente pessoas que também pensam pequeno se ofendem.
                                    Seja alguém que pensa grande.


Andrew Matthews, escreveu este texto no livro "Faça amigos"

7 comentários:

  1. Arnaldo6/11/09

    Apesar de a inveja ser um mal tão grande, não existe nenhuma palavra no idioma português que seja o contrário, ou antônimo, de "inveja". Talvez seja porque ainda não conseguimos sublimar esse problema. Mas existe um verbo no idioma iídiche, que é único: "farguinen". Poderia ser traduzido como "abrir espaço", "compartilhar prazer".
    Essa, talvez, seja a maior dificuldade do ser humano: "compartilhar prazer", abrir espaço para o sucesso do outro, permitir-nos ser felizes com a felicidade de outro.
    Quando falamos que "a inveja mata" é porque ela literalmente corrói emocionalmente o invejoso. A cada sucesso, a cada felicidade, a cada conquista do outro, o invejoso sente-se mal, sente-se mais derrotado. O invejoso, nesses casos, sente-se invadido por um sentimento de extrema tristeza. Ele fica meio que paralisado, sem ação.
    Muitas vezes este é um tipo de sentimento que é inconsciente. Ou seja, não é voluntário. Não sentimos inveja porque desejamos sentir. Apenas nos sentimos muito mal quando olhamos o sucesso do outro.
    "A inveja é inimiga mortal da prosperidade". Como assim?
    Quando vimos que o nosso vizinho trocou de carro, ou comprou um móvel novo, ficamos com os olhos embotados de tanta frustração. "Por que ele consegue e eu não?" Neste caso, a prosperidade é a causa da frustração. Se a prosperidade lhe causa frustração, ou ódio, ou raiva, como você pensa em atrair aquilo que lhe faz mal?
    Como eu disse antes, muitas vezes esse é um sentimento involuntário. Não queremos nos sentir assim. Gostaríamos de ser diferentes, mas não conseguimos. O que temos que fazer, então, é um exercício de vontade, onde pouco a pouco vamos conquistando o domínio desse sentimento nocivo.
    É como quando seu time ganha o campeonato. Você admira e torce pelo seu time. Então você não se sente frustrado pela sua vitória. Ao contrário, você se sente muito feliz quando ele é vitorioso. Mas porque você se sente assim se, na realidade, você não ganhou nada? Quem ganhou o campeonato foram os 22 jogadores, mais o treinador e a direção daquele time, os quais você nem conhece. Mesmo assim você se sente feliz! Você "compartilha prazer"!
    Temos muita facilidade em compartilhar prazer com aquilo ou aqueles que nos identificamos. Dificilmente alguém sentirá inveja de seu filho, ou do seu cônjuge. Se isso ocorrer, já passa a ser um caso de internação.
    Mas como vamos compartilhar prazer com o sucesso do vizinho? Eu nem o conheço! Ele mal me dá bom-dia! Às vezes ele nem me comprimenta! "É ruim, hein!", diria você. A competição faz isso mesmo conosco. Se uma pessoa não faz parte da nossa "tribo", do nosso "time", então é o outro, é o adversário, é um inimigo. Então a prosperidade dele é nossa inimiga e faz mal à nossa própria prosperidade.
    O que temos que entender é que não existe a nossa prosperidade ou a prosperidade do outro. Existe somente a prosperidade, e a sua inveja é inimiga mortal dessa prosperidade.
    Uma simples posição mental poderá modificar nosso estado de frustração quando vimos o sucesso do outro: "Que eu TAMBÉM possa ser abençoado por essa prosperidade".

    Julio Cesar

    ResponderExcluir
  2. Oiee...6/11/09

    Oiee...
    Pessoinha especial, como sempre... lindo texto!
    Beijos

    ResponderExcluir
  3. Anônimo6/11/09

    Mais que isso, pensar grande e agir grande. Parabéns pelo post

    ResponderExcluir
  4. Suzane6/11/09

    As pessoas estão propícias à sentimentos de desconfiança, raiva, repulsa...mas de todos os sentimentos inescrupulosos me assombra mais o rancor. Ou mágoa. Pessoas nos magoam o tempo todo e em todo lugar. Mas para que aprendamos a conviver com elas devemos porém, antes de tudo, aprender a ignorar a mágoa e o rancor. Como?! Assim eu estaria revelando a cura pro mundo, e acreditem, essa (ainda) não eh minha função.Ignorar tudo de ruim ( e pior ) q alguém tenha nos feito eh algo realmente necessário e uma árdua tarefa. Tarefa essa q venho realizando a tempos e tempos no intuito e esperança de que funcione um dia, minha teoria. "Ignorando-se a mágoa, ignora-se a raiva."

    ResponderExcluir
  5. Anônimo6/11/09

    Em nossas vidas,há sempre muitos caminhos, muitas etapas,muitas escolhas.
    Que tenhamos sempre o bom-senso de escolher o melhor caminho...
    A começar, acreditando em nós mesmos e nos amando, emanaremos amor e felicidade aos que nos rodeiam...

    ResponderExcluir
  6. Sonia6/11/09

    Ha ha ha ha. Edson, jogue a primeira pedra quem nunca sentiu uma "mordidinha de inveja" na vida. Aquele incômodo diante do sucesso alheio é uma das reações mais naturais do mundo. Ela faz parte do rol das fraquezas humanas. Mas, como é moralmente condenada, ninguém gosta de admiti-la. "Ao incluir a inveja entre os sete pecados capitais, a religião fez com que a sociedade passasse a reprimir esse sentimento", isto é o que explica a psicóloga Valéria Meirelles.
    Embora quem é alvo de inveja possa ser atingido pelas energias negativas que lhe são endereçadas, o outro lado costuma sofrer muito mais. Estudos já mostraram que quem vive tenso, se incomoda demais com o sucesso alheio e deixa o ódio tomar conta do seu coração está mais sujeito a doenças emocionais e cardíacas que podem reduzir a expectativa de vida em até cinco anos.
    Apesar de tantos exemplos negativos, a inveja nem sempre é prejudicial. Ela pode até ter um efeito positivo na vida da pessoa. O importante é saber identificar os momentos em que ela surge e aprender a domá-la.

    ResponderExcluir
  7. Anônimo6/11/09

    Dicionário Aurélio: Desgosto ou pesar pelo bem ou felicidade de outrem - Desejo violento de possuir o bem alheio - Objeto de inveja.
    Vejamos se o Aurélio está certo...
    Inveja é um dos sentimentos que pode causar as maiores dores no ser humano. Geralmente, quando existe uma estima de algum objeto de desejo, e ainda se este der status, a inveja se instala. (Diz-se objeto de desejo para coisas não palpáveis também). É fruto também da comparação com as outras pessoas. Ela não existe sem que antes o indivíduo não tenha feito comparações. É a auto-aversão por não ser como os outros são.
    É preciso contudo, diferenciar a inveja, da busca do bem-estar. Pode se dizer que é errado trabalhar, lutar para se conquistar o objeto de desejo? O desejo pela conquista do objeto que nos falta, quando feito com humildade e honestidade, não é inveja.
    Se uma pessoa destaca-se em alguma atividade, por mais tola que possa parecer, o invejoso está pronto para aparecer e apontar o dedo e tentar minimizar o feito de seu próximo. Um eletrodoméstico novo, um tênis da moda, ou mesmo um brinco bem colocado em combinação com uma roupa extremamente comum, já se torna motivo para elogios, nem sempre sinceros. Surge um sentimento de raiva, de ira, porque geralmente o invejoso sente-se muito mais merecedor da conquista do que o outro. O invejoso não agüenta ter uma outra pessoa invadindo seu território, que em sua lassidão, deixou de ocupar, por pura incapacidade e ou inércia. O invejoso é capaz de boicotar, de fofocar de fazer armadilhas, a fim de destruir o outro. Quer provar, ao menos para si mesmo, que ele é melhor. Mas no seu íntimo, sente-se menor do que os outros, aumenta, se vangloria, enaltece a si mesmo, pois dessa forma abranda o mal-estar do desequilíbrio. Fala excessivamente bem das próprias coisas, procurando diminuir o outro através de crítica. Não percebe muitas vezes suas frustrações, é como se nem existissem, porque logo está de prontidão, pronto para realizar mais um feito de diminuição, descaracterização, burlando suas próprias angústias.
    Geralmente, as mulheres exteriorizam mais esse sentimento do que os homens. Estes, procuram outras saídas na exteriorização desse sentimento.
    Você com certeza já ouviu frases (ou pensamentos) assim vindas do homem (o que não significa que não venham de uma mulher também):
    "Nossa, que bonito carro, gostaria de ter um assim!"
    "Que trabalho interessante, queria tê-lo feito!"
    "Olha só, que namorado(a) lindo(a), podia ter a mesma sorte!"

    ResponderExcluir

Comente o texto.
Dê sua opinião ou deixe sua poesia, crônica, poema...