Metade das mulheres reclama de algum tipo de disfunção sexual.
A queixa mais comum é a falta de desejo - mas o parceiro pode ajudá-la a superar o problema
Desde que o prazer sexual feminino deixou de ser tabu, homens e mulheres procuram incansavelmente os caminhos da satisfação plena.
As promessas de orgasmos múltiplos e simultâneos desafiam os homens e fazem das mulheres eternas credoras.
O sexo masculino está obcecado pelo prazer feminino - como se o atestado de sua masculinidade dependesse única e exclusivamente da satisfação de sua parceira na cama. Mas até onde o prazer delas depende deles? "A responsabilidade pelo prazer feminino é inteiramente da mulher", diz a psicóloga Jussânia Oliveira, do Instituto Paulista de Sexualidade. "É ela que deve explorar a sua própria sexualidade, observar os sinais que o corpo dá e auxiliar o parceiro a entendê-la."
Aos homens cabe estar atentos a esses sinais. Que alívio, hein? Nem tudo depende só de nós. Para desvendar os mistérios sexuais femininos, é preciso primeiro entender a fisiologia do prazer delas.
Os homens são movidos pela visão. Não raro, basta um belo decote para se excitarem. Já as mulheres precisam de clima, palavras, música, toques, e por aí vai.
E cada uma delas gosta de ser tocada em lugares diferentes, de ouvir coisas diferentes. "Não é porque uma parceira adorou ser tocada na nuca que todas as outras vão gostar também", diz a psicóloga Jussânia.
"O corpo humano tem mais de 100 pontos erógenos. Imagine a quantidade de combinações possíveis."
AS AFLIÇÕES FEMININAS
50% das mulheres têm algum tipo de problema sexual
10% não têm desejo sexual
25% não ficam excitadas
30% raramente chegam ao orgasmo
20% sentem dor durante a relação
Os principais fatores que, segundo elas, comprometem o sexo são: Rotina; Cansaço; Ansiedade; Falta de tempo
Fonte: Projeto Sexualidade do Hospital das Clínicas de São Paulo
Do ponto de vista eminentemente orgânico, a relação sexual se divide em três etapas.
Na primeira fase, a do desejo, o organismo aumenta a produção de dopamina, substância relacionada às necessidades básicas, como a vontade de comer. A partir daí, se tudo correr bem, tanto o homem quanto a mulher experimentam uma intensa troca de informações entre o cérebro e as mais diversas regiões do corpo. A troca é tão intensa que, para que o organismo não entre em colapso, há uma descarga violenta de endorfinas, uma espécie de morfina produzida naturalmente pelo corpo humano. Essa é a derradeira etapa, a do orgasmo.
Cinqüenta de cada 100 mulheres reclamam de algum tipo de problema sexual.
A grande queixa é a falta de vontade de fazer sexo.
Sem desejo não há como a relação ser minimamente satisfatória. Cerca de 30% das brasileiras não conseguem ter orgasmo durante a relação, contra 10% dos homens que declaram ter o mesmo problema.
Apesar dos tempos modernos, o sexo feminino ainda se ressente do modo como foi educado (leia-se, reprimido) para lidar com o sexo.
Tome-se o exemplo da masturbação, segundo os especialistas a maneira mais adequada e saudável de alguém conhecer o próprio corpo - condição sine qua non para uma atitude mais tranqüila e solta na cama. Estima-se que 60% das mulheres com problemas sexuais nunca ou raríssimas vezes se masturbaram.
E como o homem pode ajudar uma companheira nessa situação? Com paciência, muita paciência.
Metade dos brasileiros tem problemas sexuais
ResponderExcluirQuase metade dos brasileiros têm algum problema de ereção sexual. Uma pesquisa feita em nove cidades, com 1.170 homens maiores de 18 anos, mostrou que 46,2% dos homens brasileiros têm algum tipo de problema com ereção. Um total de 53,8% não possuem nenhum problema com ereção, 31,5% algumas vezes não conseguem ter ereção, 12,1% apenas de vez em quando têm ereção e 2,6% disseram que nunca conseguem.
Não são só os homens que enfrentam problemas sexuais. As mulheres brasileiras também reclamam de vários problemas durante o ato sexual. Entre 50% e 60% delas têm algum tipo de problema. Um total de 35% delas afirmam que nunca conseguiram chegar a um orgasmo, 30% dizem não sentir prazer e 21% reclamam de dor ao fazerem sexo. Os dados são semelhantes aos dos Estados Unidos e da Europa para ambos os sexos.
A pesquisa mostra ainda que quem tem maior escolaridade tem menos problemas sexuais. Além de mais informadas, as pessoas têm mais acesso a recursos que contornam esse tipo de problema. Um exemplo é a quantidade de homens que usam remédio todos os meses para conseguir a ereção: 300 mil. Cada caixa do remédio custa, em média, no país, R$ 70. No mundo, são cerca de 10 milhões de usuários
Folha de São Paulo
PARABÉNS por ter colocado aqui esta matéria.Ainda bem que a modernidade derrubou barreiras com relação ao machismo no que diz respeito a vontade ou não da mulher na hora do sexo.Antigamente a mulher era OBRIGADA a ter relação mesmo sem vontade,hoje isso mudou
ResponderExcluirPois deveriam é tratar o excesso de apetites bestiais, porque a devassidão está demais.
ResponderExcluirTODAS as propagandas e filmes são a respeito de trepadas, o que já mostra o exagero e a mídia quer porque quer a devassidão, aí se impressionam com a pedofilia.
Uma recente pesquisa (Mosaico Brasil) apontou que a freqüência semanal com que homens e mulheres fazem sexo é semelhante na maioria das cidades brasileiras.
ResponderExcluirHomens disseram ter cerca de três relações por semana, em média, enquanto as mulheres responderam ter duas, em média.
No entanto, se dependesse só da vontade deles ou delas, a média semanal dobraria: seis vezes para os homens e quatro para as mulheres.
Mesmo assim, eles reclamam de uma súbita indiferença em relação ao sexo. Elas se sentem deprimidas por não compartilhar do entusiasmo sexual do seu parceiro.
Nunca na história da humanidade se falou tanto sobre sexo quanto hoje. As relações afetivas e sexuais passam por uma exposição diária de corpos, fetiches e atitudes que remetem à sexualidade.
Ao contrário do que possa insinuar a pesquisa, mesmo com todos esses apelos e insinuações, os consultórios de médicos e psicólogos especializados no assunto estão sempre lotados. São homens e mulheres angustiados procurando tratamentos que indiquem o caminho para ativar ou reativar a chama desaparecida.
Materia publicada pelo MOSAICO