31 dezembro 2011

Novo ano...2012

Fim de ano.
Busquei um texto que pudesse dizer tudo o que penso.  Estava escrevendo. Mais quando li o texto do Ivan Martins, desisti.  Desisti, porque ele colocou tudo de bom e mais um pouco em suas palavras.

Feliz 2012.
É difícil não sentir esperança.
A vida parece ter sido feita para isso. Em vez de um tempo contínuo e inacabável, dentro do qual a nossa existência teria o ritmo dos bichos, habitamos um tempo fragmentado, dividido, que se encerra e recomeça por ciclos – de uma hora, de um dia, de um ano.
Esses períodos definem a nossa existência e ajudam a dar sentido a ela.
Eles fomentam a esperança.
Lembro de uma conversa, já antiga, em que alguém me explicava, do fundo de uma grande tristeza, o alento que recebia de cada manhã. “Hoje”, ela me disse, “eu posso ser totalmente diferente do que fui ontem, mudar a minha vida, mudar eu mesma e começar do zero. Cada novo dia me apresenta a possibilidade de ser outra pessoa e deixar a dor para trás.” Essa não é uma definição soberba de estar vivo? Andamos tão presos ao passado que ignoramos a possibilidade de mudança embutida no futuro. Começar de novo é a maior delas – para todos nós.
Houve um tempo, quando criança, em que eu costumava me imaginar um homem feito.
Teria 25 ou 30 anos, seria veterinário ou agrônomo, seria casado com uma mulher com cabelos de índia e olhos de jabuticaba e viveria, com ela e três filhos, numa casinha rural rodeada de colinas, com cerca de madeira e chaminé, como as crianças costumam desenhar.
Nesse cenário idílico, que nunca se materializou, eu seria feliz, destemido e generoso, como os heróis dos livros. Sobretudo, eu estaria pronto, teria me tornado um adulto perfeito – e os adultos, toda criança sabe, não têm medos ou dúvidas.
Os anos se passaram e, a cada 12 meses, a criança que eu era se confronta com o adulto que eu sou.
A conversa nem sempre é tranquila, mas é fundamental que ela aconteça.
O cara que eu me tornei deve satisfações à criança que eu fui. Tem de lidar com os sonhos dela e com as ilusões que ela engendrava sobre o futuro.
O homem tem de contar para o menino que as coisas não são como ele sonhava, que a gente não faz a vida exatamente como quer, mas que, nem por isso, deixamos de ser dignos e bons.
É importante que a criança dentro de nós saiba, também, que nunca estamos realmente prontos, nunca crescemos inteiramente, e que as nossas dores – e essa é a pior parte da conversa – não somem quando ficamos adultos. Seguem conosco, mesmo não sendo parte de nós.
São como espinhos na nossa carne, e é preciso arrancá-los. Existe, afinal, a esperança de viver sem eles no ano que vem, na semana que vem, amanhã.
A moça com cabelos de índia e olhos de jabuticaba tomou outras formas ao longo do tempo.
Foi loira, teve olhos castanhos, cabelos crespos, magra, mais cheinha....
Mas, em cada mulher real, havia algo da Eva infantil, primordial, que eu procurava como se fosse uma resposta absoluta.
Aí há outra complexidade que o menino não previra. Parece não haver uma mulher na nossa história, mas várias. Parece não haver uma única resposta, uma única possibilidade. Também nesse terreno (o do amor), podemos tentar, recomeçar, sonhar, sofrer – ter alegrias e surpresas, enormes.
Então, eu penso, que venha o Ano Novo.
Que venham os velhos e novos amigos.
Que o amor encontre o seu lugar na nossa vida e que saibamos reconhecê-lo, preservá-lo ou deixá-lo morrer, quando for preciso.
Que o ano nos traga coragem para fazer coisas novas, coragem também para lidar com as coisas antigas que deixamos de lado.
Que neste ano a gente se encontre – uns aos outros e a nós mesmos – de um jeito que produza mudança e transformação. Sem auto-indulgência, sem auto-piedade, sem mi-mi-mi.

Que 2012 venha para alegrar a criança que fomos e nos ajudar a ser os adultos que merecemos ser – no novo ano, na próxima semana, no dia que vem por aí.

30 dezembro 2011

Novo ano

Meu Deus, me dê a coragem de viver trezentos e sessenta e cinco dias e noites, todos vazios de Tua presença.
Me dê a coragem de considerar esse vazio como uma plenitude.
Faça com que eu seja a Tua amante humilde, entrelaçada a Ti em êxtase.
Faça com que eu possa falar com este vazio tremendo e receber como resposta o amor materno que nutre e embala.
Faça com que eu tenha a coragem de Te amar, sem odiar as Tuas ofensas à minha alma e ao meu corpo. Faça com que a solidão não me destrua.
Faça com que minha solidão me sirva de companhia.
Faça com que eu tenha a coragem de me enfrentar.
Faça com que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir como se estivesse plena de tudo.
Receba em teus braços meu pecado de pensar.

Clarice Lespector

29 dezembro 2011

Amizade...

Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
Mas, enquanto houver amizade, faremos as pazes de novo.
Pode ser que um dia o tempo passe... mas, se a amizade permanecer, um de outro se há-de lembrar.
Pode ser que um dia nos afastemos... Mas, se formos amigos de verdade, a amizade nos reaproximará.
Pode ser que um dia não mais existamos... Mas, se ainda sobrar amizade, nasceremos de novo, um para o outro.
Pode ser que um dia tudo acabe... Mas, com a amizade construiremos tudo novamente, cada vez de forma diferente.
Sendo único e inesquecível cada momento que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.
Há duas formas para viver a sua vida: uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.

Albert Einstein

28 dezembro 2011

Às Vezes...

O texto abaixo mostra alguem completamente desiludido....triste....quase que desistindo....mais as palavras mostram que tudo pode melhorar, bastando que você continue a acreditar e acima de tudo, continue a amar...

Às vezes as pessoas que amamos nos magoam, e nada podemos fazer senão continuar nossa jornada com nosso coração machucado.
Às vezes nos falta esperança, mas alguém aparece para nos confortar.
Às vezes o amor nos machuca profundamente, e vamos nos recuperando muito lentamente dessa ferida tão dolorosa.
Às vezes perdemos nossa fé, então descobrimos que precisamos acreditar, tanto quanto precisamos respirar, é nossa razão de existir.
Às vezes estamos sem rumo, mas alguém entra em nossa vida, e se torna o nosso destino.
Às vezes estamos no meio de centenas de pessoas, e a solidão aperta nosso coração pela falta de uma única pessoa.
Às vezes a dor nos faz chorar, nos faz sofrer, nos faz querer parar de viver, até que algo toque nosso coração, algo simples como a beleza de um por do sol, a magnitude de uma noite estrelada, a simplicidade de uma brisa batendo em nosso rosto, é a força da natureza nos chamando para a vida.
Você descobre que as pessoas que pareciam ser sinceras e receberam sua confiança, te traíram sem qualquer piedade.
Percebe que não há como distinguir os bons e os maus, pois poucos nascem assim, a vida é que os torna melhores ou piores, pelas tristezas e felicidades que passaram e experiências vivenciadas.
É como se a vida fosse formada por corações e cruzes, onde os corações representam nossos momentos felizes, o carinho e amor que recebemos, e as cruzes são nossas dores, decepções, sofrimentos, momentos ruins pelos quais passamos.
Então você poderá entender que alguns de nós vivenciaram pouquíssimas cruzes e muitos corações o que fará com que essas pessoas tenham muito mais amor a transmitir, outras passaram pelo contrário e são predominantemente frias, insensíveis, buscam coisas materiais, acreditam que os fins justificam os meios, com essas é preciso ter cuidado, alguns podem mudar e melhorar, outros podem mudar você e trazê-lo para a realidade deles.
Assim ao conhecer alguém preste atenção no caminho que essa pessoa percorreu.
Não deixe de acreditar no amor, mas certifique-se de estar entregando seu coração para alguém que dê valor aos mesmos sentimentos que você dá, manifeste suas idéias e planos, para saber se vocês combinam, esteja aberto a algumas alterações, mas jamais abra mão de tudo, pois se essa pessoa te deixar, então nada irá lhe restar.
Aproveite ao máximo seus momentos de felicidade, quando menos esperamos iniciam-se períodos difíceis em nossas vidas.
Tenha sempre em mente que às vezes tentar salvar um relacionamento, manter um grande amor, pode ter um preço muito alto se esse sentimento não for recíproco, pois em algum outro momento essa pessoa irá te deixar e seu sofrimento será ainda mais intenso, do que teria sido no passado.
Pode ser difícil fazer algumas escolhas, mas muitas vezes isso é necessário, existe uma diferença muito grande entre conhecer o caminho e percorrê-lo.
Não procure querer conhecer seu futuro antes da hora, nem exagere em seu sofrimento, esperar é dar uma chance à vida para que ela coloque a pessoa certa em seu caminho.
A tristeza pode ser intensa, mas jamais será eterna.
A felicidade pode demorar a chegar, mas o importante é que ela venha para ficar e não esteja apenas de passagem, como acontece com muitas pessoas que cruzam nosso caminho.

François de Bittencourt

27 dezembro 2011

Conto de fadas

Eu trago-te nas mãos o esquecimento
Das horas más que tens vivido, Amor!
E para as tuas chagas o ungüento
Com que sarei a minha própria dor.
Os meus gestos são ondas de Sorrento...
Trago no nome as letras duma flor...
Foi dos meus olhos garços que um pintor
Tirou a luz para pintar o vento...
Dou-te o que tenho: o astro que dormita,
O manto dos crepúsculos da tarde,
O sol que é de oiro, a onda que palpita.
Dou-te, comigo, o mundo que Deus fez!
Eu sou Aquela de quem tens saudade,
A princesa de conto:
"Era uma vez..."


Florbela Espanca

26 dezembro 2011

Marcas do que se foi

Eu não sinto mais seu perfume no ar.
Esqueci os traços de seu rosto e o tom de sua voz.
Não há mais fotos, objetos e histórias em comum.
As lembranças me parecem ser de outra pessoa, de outro tempo.
Não consigo me lembrar de sua forma, de seu jeito, de você.
Os poucos momentos em que bate a saudades, parece mais uma nostalgia por um personagem de uma novela qualquer.
Não existe mais um lugar nosso, uma música marcante ou uma viagem única.
Tudo faz parte de um passado.
Um passado que mesmo eu me forçando, não consigo mais reviver, não consigo mais lembrar.
São apenas flashes de um filminho em preto e branco,
sem rostos, sem continuações, s
em trilha sonora...
Casa da deca

24 dezembro 2011

"Estou preparando a minha árvore de Natal. "

Estou preparando a minha árvore de Natal....
Quero que ela seja viva, mas não quero que seja exterior.
Eu a quero dentro de mim.
Tenho medo das exterioridades. Elas nos condenam.
Ando pensando que o silêncio do interior é mais convincente que o argumento da palavra. Quero que minha árvore seja feita de silêncios.
Silêncios que façam intuir felicidade, contentamento, sorrisos sinceros.
Neste Natal não quero mandar cartões. Tenho medo de frases prontas. Elas representam obrigação sendo cumprida. Prefiro a gratuidade do gesto, o improviso do texto, o erro de grafia e o acerto do sentimento.
A vida é mais bonita no improviso, no encontro inesperado, quando os olhares se cruzam e se encontram.
Quero que minha árvore seja feita de realidades.
Neste Natal quero descansar de meus inúmeros planos.
Quero a simplicidade que me faça voltar às minhas origens.
Não quero muitas luzes.
Quero apenas o direito de encontrar o caminho do presépio para que eu não perca o menino Jesus de vista.
Tenho medo de que as árvores muito iluminadas me façam esquecer o dono da festa.
Não quero Papai Noel por perto. Aliás acho essa figura totalmente dispensável! Pode ficar no Pólo Norte desfrutando do seu inverno. Suas roupas vermelhas e suas barbas longas não combinam com o calor que enfrentamos nessa época do ano. Prefiro a presença dos pastores com seus presentes sinceros.
Papai Noel faz muito barulho quando chega. Ele acorda o menino Jesus, o faz chorar assustado. Os pastores não. Eles chegam silenciosos. São discretos e não incomodam...Os presentes que trazem nos recordam a divindade do menino que nasceu. São presentes que nos reúnem em torno de uma felicidade única.
O ouro que brilha, o incenso que perfuma o ambiente e a mirra com suas composições miraculosas.
O papai Noel chega derrubando tudo. Suas renas indisciplinadas dispersam as crianças, retiram a paz dos adultos.
Os brinquedos tão espalhafatosos retiram a tranqüilidade da noite que deveria ser silenciosa e feliz. O grande problema é que não sabemos que a felicidade mais fecunda é aquela que acontece no silêncio.
É por isso que neste Natal eu não quero muita coisa.
Quero apenas o direito de recolher o pequenino menino na manjedoura...
Quero acolhê-lo nos braços, cantar-lhe canções de ninar, afagar-lhe os cabelos, apertar-lhe as bochechas, trocar-lhe as fraldas para que não tenha assaduras e dizer nos seus ouvidos que ele é a razão que me faz acreditar que a noite poderá ser verdadeiramente feliz. Neste Natal eu não quero muito. Quero apenas dividir com Maria os cuidados com o pequeno menino.
Quero cuidar dele por ela. Enquanto eu cuido dele, ela pode descansar um pouquinho ao lado de José.
Ando desfrutando nos últimos dias o desejo mais intenso de que a vida vença a morte. Talvez seja por isso que ando desejando uma árvore invisível.
O único jeito que temos de vencer a morte é descobrindo a vida nos pequenos espaços. Assim vamos fazendo a substituição. Onde existe o desespero da morte eu coloco o sorriso da vida. Façam o mesmo!
Descubram a beleza que as dispersões deste tempo insistem em esconder. Fechem as suas chaminés. Visita que verdadeiramente vale à pena chega é pela porta da frente.
Na noite de Natal fujam dos tumultos e dos barulhos.
Descubram a felicidade silenciosa. Ela é discreta, mas existe! Eu lhes garanto!
Não tenham a ilusão de que seu Natal será triste porque será pobre. Há mais beleza na pobreza verdadeira e assumida que na riqueza disfarçada e incoerente.
O que alegra um coração humano é tão pouco que parece ser quase nada.
Ousem dar o quase nada. Não dá trabalho, nem custa muito...E não se surpreendam, se com isso, a sua noite de Natal tornar-se inesquecível.

Padre Fábio de Melo!

23 dezembro 2011

Teu peito, meu porto

Queria te namorar ternamente
Nos teus cabelos cor de mel, espalhados no travesseiro
Sentir esse beijo envolvente
Queria mu olhar dentro do seu, ao te conhecer por dentro...
E de forma sedutora...ver-me na retina do olhar teu
Queria teus gemidos roucos ao queimar-me a pele tua boca,
tuas mãos a procurar os caminhos
Carinhos que me deixam louco
Queria ouvir meu nome sussurrado, afirmando segura, que sou teu
E diante do olhar apaixonado.....
Sentir o calor que me tatua...
Queria nossos cheiros misturados
Entre murmúrios, versos de uma poesia
Perder a lucidez na sua boca
Não ter noção do que é noite ou dia...
Esquecer o mundo por um pouco
E no teu peito...                
Achar meu porto.
Gloria Salles

22 dezembro 2011

A Dor de Amar

Já foram cantadas em verso e prosa
As incoerências desse tal "amor"...
É um amargo-doce, dor deliciosa, é tristeza alegre, é frio no calor.
E os sentimentos daquele que ama com fervor intenso, com obsessão,conforme a ciência já hoje proclama, são fontes de stress, de flagelação.
Mas como viver sem curtir no peitoEsse stress vibrante e o sofrer de amar, dDelícias de ter um cúmplice perfeito, dores e prazeres de compartilhar?
E como ficar nas noites sombrias sem sentir na alma a amorosa brisa, de um abraço amigo pleno de magias, e do afago amante que nos realiza?
Se amar é sofrer... stress e flagelo...Hão de preferir nossos corações o fascínio eterno de um doce libelo à um destino insosso, pobre de emoções...

Oriza Martins

21 dezembro 2011

O que é o Amor...

O que é o Amor...
E a noite... bem a noite...é maravilhosa quando se tem a lua como nossa amiga e a solidão como companheira
E as estrelas...as estrelas! são como filhos que admiramos e apreciamos embora distantes sempre amamos
E o amor... é tudo, é nada! É a noite, é lua, é solidão.
O amor é como o vento...e basta!!!

Vilmar Pudell

20 dezembro 2011

O que é o amor ?

O que é o amor ?
Eu não sei.
Tudo que sei é que experimentar o amor é uma das mais belas experiências da vida.
Para vivenciarmos o verdadeiro amor, quatro passos devem ser celebrados.
O primeiro passo é: esteja aqui e agora- porque o amor só é possível aqui e agora.
O segundo passo em direção ao amor é libertar-se dos sentimentos negativos, porque muitas pessoas amam, mas seu amor está contaminado por sentimentos como ciúme, possessividade, medo.
O terceiro: compartilhe.
O amor é uma fragrância a ser compartilhada, irradiada.
O amor não pode ser acumulado; ele só pode ser compartilhado.
E o quarto: seja um nada.
Somente quando você está vazio de você, há o amor. Quando você está cheio de ego não é possível amar.
O amor e o ego não podem existir juntos.
É impossível o amor e o ego estarem juntos. Somente uma pessoa que aprendeu a amar é madura.
Uma pessoa madura não "cai de amor", ela se "eleva no amor". E quando duas pessoas maduras estão se amando, um dos maiores paradoxos da vida acontece. Elas estão juntas, são quase um, mas esta unidade não destrói a individualidade.
Na verdade realça. Duas pessoas maduras em verdadeiro amor ajudam-se mutuamente a se tornarem mais livres,  mais plenas,  mais completas.

Osho

19 dezembro 2011

Distância

Saudade palavra triste quando acompanhada da distância...
Saudade das horas na estrada, do sorriso da chegada, e das lágrimas da partida...
Saudade sempre doída, sempre presente, saudades do amor que está ausente...
Saudade de mim, que sozinha não sou nada.
Saudade do amor que encurta a distância...
Saudade da distância que só aumenta a saudades...
Saudade da distância que se faz longe, e do abraço que que traz para perto.
Quem te inventou distância, tenho certeza que não conhecia a saudade.


Ivhana Bhatzz

16 dezembro 2011

Vô...quantos anos....muita saudade!!

Hoje, completam-se 40 anos que meu avô, Guerino Valério se foi....
Com 5 anos de idade fui morar com meus avós Guerino e Olga( saudosos). Ajudaram a moldar minha personalidade....muito, do meu melhor foi aprendido com eles.
Os dois se foram...Guerino, 40 anos atrás....as lembranças que guardei são as melhores..Vózinha, em março, sete anos de saudade.....

Einsten, escreveu o texto abaixo....e é isto.

Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.

Pode ser que um dia o tempo passe...
Mas, se a amizade permanecer,
Um de outro se há-de lembrar.

Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.

Pode ser que um dia não mais existamos... Mas, se ainda sobrar amor, amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.

Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com amor construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente.
Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.
Há duas formas para viver a sua vida: Uma é acreditar que não existe milagre. A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.

Albert Einstein

Um novo amor

A dor foi o momento de quando me encontrei sofrendo por amor e por paixão e quanta dor, foi ilusão
O tempo passoue o dia amanheceu e foi que alguem me retratou e você apareceu, e um novo dia floresce
Será que é amor ou será que é mais uma dor
Será que digo a verdadeque a amo com sinceridade
Será que digo a verdadeque a amo sem maldade
Será que digo a verdade que a quero em lealdade
Agora você transformou-se em meu novo e único amor é minha sempre esperança
E hoje digo com fervor:"QUE TE AMO

Alexandre Borges

15 dezembro 2011

Vergonha

Não tenho vergonha de admitir que chorei.
Chorei mesmo, e não foi pouco.
Recebi olhares de pena, de compaixão e muitos de compreensão - muita gente que já passou por isso e me entendia.
Não me envergonho em dizer que tomei esporro por chorar por uma coisa tão pequena, por não entender mais rápido que dor de amor não mata nem tem que doer tanto assim.
Não tenho vergonha.
De ter deixado prováveis belas histórias de amor perdidas pelo caminho, e todas inacabadas.
Eu ainda não estava pronto, e acreditava que se eu não conseguisse dar o melhor de mim, de nada valia.
Não me envergonho de ter ligado, ter dado a cara a tapa e ter sido alvo se chacota.
Não me importei de ter precisado passar por isso, cada um passa pelo que tem que passar mesmo.
Aceitei o meu destino. Não me deu vergonha. Não tenho vergonha de levantar a cabeça e dizer que venci.
Eu sei que achei que era eterno e por isso, por dizer que deixei pra trás, não me envergonho de parecer mentiroso.
Só eu sei que não fui, nunca fui.
Não me envergonho de ter aprendido muito mais do que ensinado.
Não tenho vergonha de nada, nem dos erros conscientes, nem dos acertos tortuosos; de nada.
Eu não tenho vergonha dessa parte da minha história.
Não mais.


Nina Lessa

14 dezembro 2011

Natal

Paz na terra, entre todos os homens de boa vontade.
Paz àquele que anseia crescer, evoluir, entender.
Paz àquele que deseja em cada pensamento, em cada atitude, se melhorar.
Paz àquele que mergulha, dentro do próprio ser, a busca de entendimento, de aceitação.
Paz àquele que estende a mão a procura de bênçãos.
Paz àquele que abençoa com alegria e pureza de coração.
Paz àquele que em um sorriso traz calma, tranqüilidade, equilíbrio.
Paz àquele que procura ensinamentos e que através do pensamento, neste momento único em que todos os homens se irmanam, ao dobrar dos sinos, esteja em oração.
Paz àqueles que abrem seus corações em luzes puras, amorosas, magneticamente salutares, que envolvem a terra e permitem, neste raro momento, que ela brilhe, suspensa no espaço, girando em tons azuis, iluminando todo o infinito, abrandando aflitos…
Paz enfim Senhor, a todos os seres que habitam este universo e que rimam amor e dor…
Que a luz se faça e que refaça em todos os homens a fé renovadora, a força e a coragem, a inteligência, a razão.
Que os homens se irmanem na escalada da perfeição.
Que se unam em pensamento todos os de boa vontade.
E que nesta e outras noites busquem a Paz.




Autor: Josué

13 dezembro 2011

Sou Assim.

Sou simplesmente
Louco pelos seus beijos
Enfeitiçado pelos seus toques
Envolvido por seu perfume...
Desejos alucinantes
Que fazem da minha inocência
Refém de seus olhos.
Paixão que percorre minhas veias,
Que invade meus pensamentos
E faz delírios em meus sonhos,
Fogo de um sentimento.
Sou Assim,
Mesmo que tudo fuja,
Mesmo que tudo escape de minhas mãos,
Sou uma inconseqüente fuga
Que faz de beijos e abraços
O refúgio perfeito.
Sou Assim,
Sem pensar na razão
Entrego-me a desejos da paixão,
Perco-me no tempo
E me surpreendo comigo mesmo...
Sou os sonhos
Mais improváveis
Mais sonhados.
Apenas...sou Assim.


Não tenho o autor.....você conhece??

12 dezembro 2011

Todo casal deve ler

Aos casados há muito tempo, aos que não casaram, aos que vão casar, aos que acabaram de casar, aos que pensam em se separar,...aos que acabaram de se separar, aos que pensam em voltar...
Por mais que o poder e o dinheiro tenham conquistado uma ótima posição no ranking das virtudes, o amor ainda lidera com folga.
Tudo o que todos querem é amar.
Encontrar alguém que faça bater forte o coração e justifique loucuras.
Que nos faça entrar em transe, cair de quatro, babar na gravata.
Que nos faça revirar os olhos, rir à toa, cantarolar dentro de um ônibus lotado.
Tem algum médico aí???
Depois que acaba esta paixão retumbante, sobra o que?
O amor.
Mas não os amores mistificados, que muitos julgam ter o poder de fazer levitar.
O que sobra é o amor que todos conhecemos, o sentimento que temos por mãe, pai, irmão, filho.
É tudo o mesmo amor, só que entre amantes existe sexo.
Não existem vários tipos de amor, assim como não existem três tipos de saudades, quatro de ódio, seis espécies de inveja.
O amor é único, como qualquer sentimento, seja ele destinado a familiares, ao cônjuge ou a Deus.
A diferença é que, como entre marido e mulher não há laços de sangue, a sedução tem que ser ininterrupta.
Por não haver nenhuma garantia de durabilidade, qualquer alteração no tom de voz nos fragiliza, e de cobrança em cobrança acabamos por sepultar uma relação que poderia ser eterna.
Casaram. Te amo para lá, te amo para cá.
Lindo, mas insustentável.
O sucesso de um casamento exige mais do que declarações românticas.
Entre duas pessoas que resolvem dividir o mesmo teto, tem que haver muito mais do que amor, e às vezes nem necessita de um amor tão intenso.
É preciso que haja, antes de qualquer coisa, respeito.
Agressões zero. Disposição para ouvir argumentos alheios.
Alguma paciência... Amor, só, não basta.
Não pode haver competição. Nem comparações.
Tem que ter jogo de cintura para acatar regras que não foram previamente combinadas.
Tem que haver bom humor para enfrentar imprevistos, acessos de carência, infantilidades.
Tem que saber levar. Amar, só, é pouco.
Tem que haver inteligência.
Um cérebro programado para enfrentar tensões pré-menstruais, rejeições, demissões inesperadas, contas pra pagar.
Tem que ter disciplina para educar filhos, dar exemplo, não gritar. Tem que ter um bom psiquiatra. Não adianta, apenas, amar.
Entre casais que se unem visando à longevidade do matrimônio tem que haver um pouco de silêncio, amigos de infância, vida própria, um tempo pra cada um. Tem que haver confiança.
Uma certa camaradagem, às vezes fingir que não viu, fazer de conta que não escutou. É preciso entender que união não significa, necessariamente, fusão. E que amar, 'solamente', não basta.
Entre homens e mulheres que acham que o amor é só poesia, falta discernimento, pé no chão, racionalidade.
Tem que saber que o amor pode ser bom, pode durar para sempre, mas que sozinho não dá conta do recado. O amor é grande mas não é dois.
É preciso convocar uma turma de sentimentos
para amparar esse amor que carrega o ônus da onipotência.
O amor até pode nos bastar, mas ele próprio não se basta.
Um bom amor aos que já têm!
Um bom encontro aos que procuram!
E felicidades a todos nós.

Luiz Fernando Verissimo

09 dezembro 2011

Vem andar comigo

"Basta olhar no fundo dos meus olhos
Pra ver que já não sou como era antes
Tudo que eu preciso é de uma chance
De alguns instantes
Sinceramente ainda acredito
Em um destino forte e implacável
Em tudo que nós temos pra viver
É muito mais do que sonhamos
Será que é difícil entender?
Porque eu ainda insisto em nós
Será que é difícil entender?
Vem andar comigo
Vem, vem meu amor
As flores estão no caminho
Vem meu amor
Vem andar comigo
Vem andar
As flores estão no caminho
Vem andar
Vem andar comigo"

Flausino

07 dezembro 2011

Verdadeiro....

O amor quando é verdadeiro, é para sempre
Os Ventos que às vezes tiram algo que amamos,
são os mesmos que nos trazem algo que aprendemos a amar...
Por isso não devemos chorar pelo que nos foi tirado...
e sim aprender amar o que nos foi dado...
Pois tudo aquilo que é realmente nosso,
nunca se vai e fica para sempre...

06 dezembro 2011

Poesias...talento de Ferreira Gullar

Cantiga para não morrer
Quando você for se embora, moça branca como a neve, me leve.
Se acaso você não possa me carregar pela mão, menina branca de neve, me leve no coração.
Se no coração não possa por acaso me levar,moça de sonho e de neve, me leve no seu lembrar.
E se aí também não possa por tanta coisa que leve já viva em seu pensamento, menina branca de neve, me leve no esquecimento.


Traduzir-se

Uma parte de mim é todo mundo: outra parte é ninguém:fundo sem fundo.
uma parte de mim é multidão: outra parte estranheza e solidão.
Uma parte de mim pesa, pondera: outra parte delira.
Uma parte de mim é permanente:outra parte se sabe de repente.
Uma parte de mim é só vertigem: outra parte,linguagem.
Traduzir-se uma parte na outra parte - que é uma questão de vida ou morte - será arte?
... porque nada do que foi feito satisfaz a vida , nada enche a vida. A vida é viver.


"Dois e Dois são Quatro"Como dois e dois são quatro Sei que a vida vale a pena
Embora o pão seja caro
E a liberdade pequena
Como teus olhos são claros
E a tua pele, morena
como é azul o oceano
E a lagoa, serena
Como um tempo de alegria
Por trás do terror me acena
E a noite carrega o dia
No seu colo de açucena
- sei que dois e dois são quatro sei que a vida vale a pena mesmo que o pão seja caro e a liberdade pequena.


A Arte existe, PORQUE a vida não Basta!Não há vagas
O preço do feijão
não cabe no poema. O preço do arroz não cabe no poema.
Não cabem no poema o gás, a luz, o telefone, a sonegação do leite, da carne, do açúcar, do pão
O funcionário público não cabe no poema com seu salário de fome sua vida fechada em arquivos.
Como não cabe no poema o operário que esmerila seu dia de aço e carvão nas oficinas escuras
- porque o poema, senhores,está fechado: "não há vagas"
Só cabe no poema o homem sem estômago a mulher de nuvens a fruta sem preço
O poema, senhores,não fede nem cheira

No corpo

De que vale tentar reconstruir com palavras
O que o verão levou
Entre nuvens e risos
Junto com o jornal velho pelos ares
O sonho na boca, o incêndio na cama, o apelo da noite
Agora são apenas esta contração (este clarão) do maxilar dentro do rosto.

A poesia é o presente.
Madrugada
Do fundo de meu quarto, do fundo de meu corpo
clandestino
ouço (não vejo) ouço crescer no osso e no músculo da noite
a noite
a noite ocidental obscenamente acesa sobre meu país dividido em classes Subversiva

A poesia
Quando chega
Não respeita nada.
Nem pai nem mãe.
Quando ela chega
De qualquer de seus abismos
Desconhece o Estado e a Sociedade Civil
Infringe o Código de Águas
Relincha
Como puta Nova
Em frente ao Palácio da Alvorada.
E só depois
Reconsidera: beija
Nos olhos os que ganham mal
Embala no colo
Os que têm sede de felicidade
E de justiça.
E promete incendiar o país.



Nascido em São Luis do Maranhão, em 1930, Ferreira Gullar, procurou apontar em sua obra a problemática da vida política e social do homem brasileiro.
De uma forma precisa e profundamente poética traçou rumos e participou ativamente das mudanças políticas e sociais brasileiras, o que lhe levou à prisão juntamente com Paulo Francis, Caetano Veloso e Gilberto Gil em 1968 e posteriormente ao exílio em 1971.
Poeta, crítico, teatrólogo e intelectual, Ferreira Gullar entra para a história da literatura como um dos maiores expoentes e influenciadores de toda uma geração de artistas dos mais diversos segmentos das artes brasileiras.

05 dezembro 2011

Escrevo. e Ponto.

Escrevo porque preciso
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece,
E as estrelas lá no cé lembram letras no papel,
quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?"


Paulo Leminski

01 dezembro 2011

Não tenho nome.

Não tenho nome.
O espírito não tem nome. Ele é a verdade pura, está habitando aquele corpo por determinado período, e um dia o deixará sem que Deus preocupe em perguntar “quem é você?” quando a alma chegar diante do julgamento final.
Deus perguntará apenas: “Você amou enquanto estava vivo?” a essência da vida é esta: a capacidade de amar, e não o nome que carregamos em nossos passaportes, cartões de visitas, carteiras de identidade.
Os grandes nomes da história trocavam seus nomes, e às vezes os abandonavam para sempre.
Quando perguntam a João Batista quem ele é, diz apenas: “Sou a voz que clama no deserto”.
Ao encontrar o sucessor de sua igreja, Jesus ignora que passou a vida inteira respondendo ao chamado de Simão, e passa a chamá-lo Pedro.
Moisés pergunta a Deus o seu nome: “Eu sou”, é a resposta.
Entre tantos e-mails, toques e recadinhos que recebemos no dia a dia...este me chamou a atenção.
O texto está no livro "O vencedor está só ", de Paulo Coelho.

30 novembro 2011

Te amo

Te amo sem saber como, nem quando, nem onde,
te amo diretamente sem problemas nem orgulho:
assim te amo porque não sei amar de outra maneira,
Se não assim deste modo em que não sou nem és
tão perto que a tua mão sobre meu peito é minha
tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho.

Pablo Neruda

29 novembro 2011

Pra voce eu digo sim

Se eu me apaixonar,
vê se não vai debochar da minha confusão
Uma vez me apaixonei, e não foi o que pensei
Estou só desde então...
Se eu me entregar total
Meu medo é você pensar que eu sou superficial.
Se eu não fizer amor, assim sem mais
Se você brigar e for correndo atrás de alguém
Não vou suportar a dor
De ver que eu perdi mais uma vez meu amor
Mas se eu sentir que nós estamos juntos
Longe ou à sós no mundo e além
Pode crer que tudo bem
O amor só precisa de nós dois, mais ninguém
Se você quiser ser meu namoradinho
E me der o seu carinho sem ter fim.
Pra você eu digo sim!

Rita Lee

26 novembro 2011

Dependência

Dependência amorosa....Você conhece alguem que é dependente do amor???
Regina Navarro Lins. que é psicanalista e autora do livro "A Cama na Varanda", fez uma avaliaçao sobre esta tal dependência amorosa.
As descobertas científicas, que permitem saber como funcionam o cérebro, cada vez mais contribuem para modificar a visão do amor e do sexo. Não vamos mais tratar o sexo como algo incompreensível, como uma atração mágica, que não se entende.
Estamos começando a perceber que temos mecanismos em nosso cérebro que nos fazem sentir ou não atraídos por determinada pessoa.
Examinando o cérebro de um homem, por exemplo, ao mostrar a ele a foto de uma mulher bonita e outra foto da mulher por quem ele está apaixonado, vão se perceber excitações diferentes, em locais diferentes.
Mas não é somente em relação ao sexo. A antropóloga americana Helen Fisher disse em entrevista, acreditar que estamos vivendo uma revolução na medicina que pode modificar a face do amor.
Alguns especialistas acreditam que a paixão está associada às anfetaminas naturais, que se alojam nos centros emocionais do cérebro, enquanto o afeto está ligado a substâncias tipo morfina — as endorfinas.
Homens e as mulheres “doentes de amor” começaram a ser tratados com drogas que atuam como antídotos para algumas dessas substâncias químicas.
“Será que novos elixires podem afinal ajudar os ‘dependentes afetivos’ a romper parcerias insatisfatórias? Talvez os cientistas aprimorem sua compreensão da atração e do afeto durante este século e engarrafem poções de amor ou curas temporárias.
Se isso acontecer, podemos ter a certeza de que os pretensos amantes e os namorados abandonados e abatidos comprarão essas misturas em jarras — tanto para estimular a obsessão quanto para sufocar a paixão”, conclui Fisher. Outra possibilidade é que as pessoas deixem de necessitar da exaltação provocada pelo amor apaixonado.
A maioria ainda acredita só ser possível encontrar a realização afetiva através da relação amorosa com alguém.
A busca da “outra metade” então se torna muitas vezes desesperada. Entretanto, nas grandes cidades em todo o Ocidente, há cada vez mais gente optando por morar sozinha. Isso indica que as mentalidades estão mudando.
É provável que mais pessoas percebam que viver sem um par amoroso não significa solidão.
Contudo, a condição essencial para ficar bem sozinho é o exercício da autonomia pessoal. Isso significa, além de alcançar nova visão do amor e do sexo, se libertar da dependência amorosa exclusiva e “salvadora” de alguém.

25 novembro 2011

Coisas que a vida me ensinou....

Amor não se implora, não se pede, não se espera...Amor se vive ou não.
Ciúmes é um sentimento inútil. Não torna ninguém fiel a você. A
nimais são anjos disfarçados, mandadosà terra por Deus para mostrar ao homem o que é fidelidade.
Crianças aprendem com aquilo que você faz,não com o que você diz.
As pessoas que falam dos outros pra você, vão falar de você para os outros.
Perdoar e esquecer nos torna mais jovens.
Água é um santo remédio.
Deus inventou o choro para o homem não explodir.
Ausência de regras, é uma regra que depende do bom senso.
Não existe comida ruim, existe comida mal temperada.
A criatividade caminha junto com a falta de grana.
Ser autêntico é a melhor e única forma de agradar.
Amigos de verdade nunca te abandonam.
O carinho é a melhor arma contra o ódio.
As diferenças tornam a vida mais bonita e colorida.
Há poesia em toda a criação divina, Deus é o maior poeta de todos os tempos.
A música é a sobremesa da vida.
Acreditar, não faz de ninguém um tolo.Tolo é quem mente.
Filhos são presentes raros.
De tudo, o que fica é o seu nome e as lembranças a cerca de suas ações.
Obrigada, desculpa, por favor, são palavras mágicas, chaves que abrem portas para uma vida melhor
O amor... Ah, o amor...O amor quebra barreiras, une facções,destrói preconceitos, cura doenças...Não há vida decente sem amor!
E é certo, quem ama, é muito amado.
Coisas que a vida me ensinou em 40 e mais alguns anos
Amor não se implora, não se pede não se espera...
Amor se vive ou não.

24 novembro 2011

Humildade

Senhor, fazei com que eu aceite minha pobreza tal como sempre foi. Que não sinta o que não tenho.
Não lamente o que podia ter e se perdeu por caminhos errados e nunca mais voltou.
Dai, Senhor, que minha humildade seja como a chuva desejada caindo mansa, longa noite escura numa terra sedenta e num telhado velho.
Que eu possa agradecer a Vós, minha cama estreita, minhas coisinhas pobres, minha casa de chão, pedras e tábuas remontadas.
E ter sempre um feixe de lenha debaixo do meu fogão de taipa, e acender, eu mesma, o fogo alegre da minha casa na manhã de um novo dia que começa.”

Cora Coralina   

23 novembro 2011

Minhas razões...cheio de razões...

Gostar é tão fácil que ninguém aceita aprender
Tenho visto muito amor por aí.
Amores mesmo, bravios, gigantescos, descomunais, profundos, sinceros, cheios de entrega, doação e dádiva, mas esbarram na dificuldade de se tornar bonito.
Apenas isso: bonitos, belos ou embelezados, tratados com carinho, cuidado e atenção.
Amores levados com arte e ternura de mãos jardineiras.
Aí, esses amores que são verdadeiros, eternos e descomunais, de repente se percebem ameaçados apenas e tão somente porque não sabem ser bonitos: cobram; exigem; rotinizam; descuidam; reclamam; deixam de compreender; necessitam mais do que oferecem; precisam mais do que atendem; enchem-se de razões.
Sim, de razões.
E gente......ter razão é o maior perigo no amor.
Quem tem razão sempre se sente no direito (e o tem) de reivindicar, de exigir justiça, equidade, equiparação, sem atinar que o que está sem razão talvez passe por um momento de sua vida no qual não possa ter razão.
Nem queira.
Ter razão é um perigo: em geral enfeia o amor, pois é invocado com justiça mas na hora errada. Amar bonito é saber a hora de ter razão.
Ponha a mão na consciência. Você tem certeza que está fazendo o seu amor bonito?
De que está tirando do gesto, da ação, da reação, do olhar, da saudade, da alegria do encontro, da dor do desencontro, a maior beleza possível?
Talvez não. Cheio ou cheia de razões, você espera do amor apenas aquilo que é exigido por suas partes necessitadas, quando talvez dele devesse pouco esperar, para valorizar melhor tudo de bom que de vez em quando ele pode trazer.
Quem espera mais do que isso sofre, e sofrendo deixa de amar bonito.
Sofrendo, deixa de ser alegre igual criança. E sem soltar a criança, nenhum amor é bonito.
Não tema o romantismo. Derrube as cercas da opinião alheia. Faça coroas de margaridas e enfeite a cabeça de quem você ama. Saia cantando e olhe alegre.
Recomendam-se: encabulamentos; ser pego em flagrante gostando; não se cansar de olhar, e olhar; não atrapalhar a convivência com teorizações; adiar sempre, se possível com beijos, "aquela conversa importante que precisamos ter", arquivar se possível, as reclamações pela pouca atenção recebida.
Para quem ama toda atenção é sempre pouca.
Quem ama feio não sabe que pouca atenção pode ser toda atenção possível.
Quem ama bonito não gasta o tempo dessa atenção cobrando a que deixou de ter.
Não teorize sobre o amor (deixe isso para nós, pobres escritores que vemos a vida como criança de nariz encostado na vitrine, cheia de brinquedos dos nossos sonhos): não teorize sobre o amor, ame. Siga o destino dos sentimentos aqui e agora.
Não tenha medo exatamente de tudo o que você teme, como: a sinceridade; não dar certo; depois vir a sofrer (sofrerá de qualquer jeito); abrir o coração; contar a verdade do tamanho do amor que sente.
Jogue pro alto todas as jogadas, estratagemas, golpes, espertezas, atitudes sabidamente eficazes (não é sábio ser sabido): seja apenas você no auge de sua emoção e carência, exatamente aquele você que a vida impede de ser.
Seja você cantando desafinado, mas todas as manhãs. Falando besteiras, mas criando sempre. Gaguejando flores. Sentindo o coração bater como no tempo do Natal infantil. Revivendo os carinhos que instruiu em criança.
Sem medo de dizer, eu quero, eu gosto, eu estou com vontade.
Talvez aí você consiga fazer o seu amor bonito, ou fazer bonito o seu amor, ou bonito fazendo seu amor, ou amar fazendo o seu amor bonito (a ordem das frases não altera o produto), sempre que ele seja a mais verdadeira expressão de tudo o que você é, e nunca, deixaram, conseguiu, soube, pôde, foi possível, ser.
Se o amor existe, seu conteúdo já é manifesto. Não se preocupe mais com ele e suas definições. Cuide agora da forma. Cuide da voz. Cuide da fala.
Cuide do cuidado. Cuide do carinho. Cuide de você.
Ame-se o suficiente para ser capaz de gostar do amor e só assim poder começar a tentar fazer o outro feliz.

Ler...viajar...ler...entender....me faz compreender o quanto estou errando...o quanto errei....então é hora de parar de errar tanto....

21 novembro 2011

A alegria na tristeza

O título desse texto na verdade não é meu, e sim de um poema do uruguaio Mario Benedetti.
No original, chama-se "Alegría de la tristeza" e está no livro "La vida ese paréntesis".
O poema diz que a gente pode entristecer-se por vários motivos ou por nenhum motivo aparente, a tristeza pode ser por nós mesmos ou pelas dores do mundo, pode advir de uma palavra ou de um gesto, mas que ela sempre aparece e devemos nos aprontar para recebê-la, porque existe uma alegria inesperada na tristeza, que vem do fato de ainda conseguirmos senti-la.
Pode parecer confuso mas é um alento.
Olhe para o lado: estamos vivendo numa era em que pessoas matam em briga de trânsito, matam por um boné, matam para se divertir.
Além disso, as pessoas estão sem dinheiro. Quem tem emprego, segura. Quem não tem, procura.
Os que possuem um amor desconfiam até da própria sombra, já que há muita oferta de sexo no mercado.
E a gente corre pra caramba, é escravo do relógio, não consegue mais ficar deitado numa rede, lendo um livro, ouvindo música.
Há tanta coisa pra fazer que resta pouco tempo pra sentir. Por isso, qualquer sentimento é bem-vindo, mesmo que não seja uma euforia, um gozo, um entusiasmo, mesmo que seja uma melancolia.
Sentir é um verbo que se conjuga para dentro, ao contrário do fazer, que é conjugado pra fora.
Sentir alimenta, sentir ensina, sentir aquieta. Fazer é muito barulhento.
Sentir é um retiro, fazer é uma festa. O sentir não pode ser escutado, apenas auscultado. Sentir e fazer, ambos são necessários, mas só o fazer rende grana, contatos, diplomas, convites, aquisições.
Até parece que sentir não serve para subir na vida.Uma pessoa triste é evitada.
Não cabe no mundo da propaganda dos cremes dentais, dos pagodes, dos carnavais. Tristeza parece praga, lepra, doença contagiosa, um estacionamento proibido.
Ok, tristeza não faz realmente bem pra saúde, mas a introspecção é um recuo providencial, pois é quando silenciamos que melhor conversamos com nossos botões.
E dessa conversa sai luz, lições, sinais, e a tristeza acaba saindo também, dando espaço para uma alegria nova e revitalizada.
Triste é não sentir nada.

As crenças....extermine algumas

Muitas pessoas ao alegar suas limitações, dizem: “eu não posso fazer tal coisa porque…”
E, a desculpa mais comum: "é assim que eu sou". Mas, a verdade mais provável é: "é assim que eu penso que sou".
Você sabia que podemos aprender sobre nossas crenças estudando os peixes. Sim, olhando os peixes.
Compre um aquário e divida-o pela metade com vidro transparente.
Depois coloque uma tainha e uma barracuda.
A barracuda, nas horas de folga, come tainha. Pode ser outro peixe. Um lambari e uma traira. Ou, um dourado e uma piapara....
Coloque cada um de um lado e, no mesmo instante a barracuda vai avançar para pegar a tainha só que… bumba!… mete a cara no vidro.
Ela vai recuar e atacar outra vez e… bumba!…
Em poucos dias, a barracuda vai estar com o nariz bem inchado e, percebendo que tentar caçar tainha é sinônimo de dor....acaba desistindo.
E se você remover aquela parede de vidro entre os dois peixes, sabe o que acontece?
Ela passará o resto da vida no seu lado do aquário; será até capaz de morrer de fome, mesmo tendo uma bela tainha nadando a poucos centímetros dela. Mas como conhece seus limites não vai ultrapassá-los.
A história da barracuda é triste?  Mais essa é também a história do ser humano.
Nós não colidimos com paredes de vidro, mas colidimos com professores, pais, amigos que nos dizem o que nos convém e o que podemos fazer.
Pior ainda, colidimos com nossas próprias crenças – são elas que delimitam nosso território, é isso que alegamos para não ultrapassar os limites… Ou seja, criamos nossas gaiolas de vidro e pensamos que é a realidade.
Na verdade é apenas aquilo em que nós acreditamos…
Quase todos nós temos uma história e nos rotulamos… “eu sou professor”, “eu sou avó”, “eu sou… Essa nossa história é como um programa de computador instalado entre nossas orelhas, que nos controla a vida…
Nós o levamos ao trabalho, nas viagens de férias, nas festas… enfim passamos a vida tentando nos adaptar à história…
Tentar ajustar-se a uma história torna qualquer um infeliz…
Eis então a dica: você não é a sua história e ninguém dá a mínima para isso.
Você não pertence a uma categoria, a um compartimento.
Você é um ser humano justamente porque tem uma série de experiências.
E, quando você parar de arrastar uma história por aí, você vai ser muito mais feliz…

Andrew Mathews

18 novembro 2011

Para quem me odeia

Para quem me odeia...eu te amo.
E não seria metade do que sou sem você, juro.
É seu ódio profundo que me dá forças para continuar em frente, exatamente da minha maneira.
Prometa que nunca vai deixar de me odiar, pois não sei se a vida continuaria tendo sentido.
Eu vagaria pelas ruas inseguro, sem saber o que fiz de tão errado.
Se alguém como você não me odeia, é porque, no mínimo, não estou me expressando direito.
Sei que você vive falando de mim por aí sempre que tem oportunidade, e esse tipo de propaganda boca a boca não tem preço.
Ainda mais quando é enfática como a sua - todos ficam interessados em conhecer uma pessoa que é assim, tão o oposto de você.
E convenhamos: não existe elogio maior do que ser odiado pelos odientos, pelos mais odiosos motivos.
Então, ser execrada por você funciona como um desses exames médicos mais graves, em que "negativo" significa o melhor resultado possível.
Olha, a minha gratidão não tem limites, pois sei que você poderia muito bem estar fazendo outras coisas em vez de me odiar - cuidando da sua própria vida, dedicando-se mais ao seu trabalho, estudando um pouco.
Mas não: você prefere gastar seu precioso tempo me detestando.
Não sei nem se sou merecedora de tamanha consideração.
Bom, como você deve ter percebido, esta é uma carta de amor.
E, já que toda boa carta de amor termina cheia de promessas, eis as minhas:
Prometo nunca te decepcionar fazendo algo de que você goste.
Ao contrário, estou caprichando para realizar coisas que deverão te deixar ainda mais nervoso comigo.
Prometo não mudar, principalmente nos detalhes que você mais detesta. Sem esquecer de sempre tentar descobrir novos jeitos de te deixar irritado.
Prometo jamais te responder à altura quando você for, eventualmente, grosseiro comigo, ao verbalizar tão imenso ódio. Pois sei que isso te faria ficar feliz com uma atitude minha, sendo uma ameaça para o sentimento tão puro que você me dedica.
Prometo, por último, que, se algum dia, numa dessas voltas que a vida dá, você deixar de me odiar sem motivo, mesmo assim continuarei te amando. Porque eu não sou daquelas que esquece de quem contribuiu para seu sucesso.
Pena que você não esteja me vendo neste momento, inclusive, pois veria o meu sincero sorrisinho agradecido - e me odiaria ainda mais.
Com amor...

Fernanda Young

17 novembro 2011

Acordar Viver

Como acordar sem sofrimento?
Recomeçar sem horror?
O sono transportou-me àquele reino onde não existe vida e eu quedo inerte sem paixão.
Como repetir, dia seguinte após dia seguinte, a fábula inconclusa, suportar a semelhança das coisas ásperas de amanhã com as coisas ásperas de hoje?
Como proteger-me das feridas que rasga em mim o acontecimento, qualquer acontecimento que lembra a Terra e sua púrpura demente?
E mais aquela ferida que me inflijo a cada hora, algoz do inocente que não sou?
Ninguém responde, a vida é pétrea.



Carlos Drummond de Andrade

16 novembro 2011

Flexibilidade... desenvolvimento

Flexibilidade é uma questão de desenvolvimento pessoal, amadurecimento e alfabetização emocional.
A pessoa flexível é uma pessoa que sabe muito bem identificar objetivos relevantes e manter o foco, independentemente de crise ou de situações contrárias.
"Não pretendemos que as coisas mudem se sempre fazemos o mesmo".
A crise é a melhor benção que pode ocorrer com as pessoas e países,
porque a crise traz progressos.
A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura.
É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias.
Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar "superado".
Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais aos problemas do que às soluções.
A verdadeira crise é a crise da incompetência. O inconveniente das pessoas e dos países é a esperança de encontrar as saídas e soluções fáceis. Sem crise não há desafios, sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um.
Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo.
Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora,
que é a tragédia de não querer lutar para superá-la"

Albert Einsten

15 novembro 2011

Porta...

”Se você abre uma porta, você pode ou não entrar em uma nova sala.
Você pode não entrar e ficar observando a vida.
Mas se você vence a dúvida, o temor, e entra, dá um grande passo: nesta sala vive-se!
Mas, também, tem um preço... São inúmeras outras portas que você descobre.
Às vezes curte-se mil e uma.
O grande segredo é saber quando e qual porta deve ser aberta."




Içami Tiba   

14 novembro 2011

Tenho tanto sentimento

Tenho tanto sentimento
Que é freqüente persuadir-me
De que sou sentimental,
Mas reconheço, ao medir-me,
Que tudo isso é pensamento,
Que não senti afinal.
Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.
Qual porém é a verdadeira
E qual errada, ninguém
Nos saberá explicar;
E vivemos de maneira
Que a vida que a gente tem
É a que tem que pensar.

Fernando Pessoa

11 novembro 2011

Distância.....Tempo....

Distância...
uma grandeza física, palpável porém, totalmente superável.
Distância, que causa tanto sofrimento que traz tanta saudade..que não influencia em nada.
Às vezes, faz crescer o sentimento..faz mais forte a vontade, enriquece, quando se encontra, o momento.
O tempo.
Ah.. o tempo.
O tempo que passa tão rápido, quando estou com você, o tempo que segue lentamente, quando você não está aqui..o tempo que parou, quando você pediu, o tempo.
todo tempo que temos pra viver nossa vida.
Amor
um sentimento.. abstrato, não se define, não se explica.
Muitos significados no dicionário, mas nenhum amor é igual ao outro.
Abstrato.. supera distância, tempo supera o palpável, desafia a lógica
Distância, tempo... amor, um sonho a dois, o sentimento, sem medo..e o abstrato, como única certeza.
O coração espera o tempo que for, quando ele tem certeza do que sente, o amor.

10 novembro 2011

Dedução

Nada e nunca acabarão com o amor,
nem as rusgas,
nem a distância.
está provado,
pensado,
verificado.
aqui levanto solene minha estrofe de mil dedos e faço o juramento:
amo
firme,
fiel
e verdadeiramente.

Vladimir Maiakóvski

09 novembro 2011

Para uma Separação...

Não, não precisa se levantar, não.
Você pode ouvir tudo isso aí mesmo, do sofá. e pode fechar também esse sorriso: eu não estou de volta. Está ouvindo?
Eu dirigi até aqui, passei pelo seu porteiro curioso, subi por esse seu elevador cheirando a mofo para lhe dizer exatamente isso: que eu não estou de volta.
Que você pode ficar com tudo.
Com seus livros empilhados. Com seus discos mal guardados.
Com suas plantas quase-mortas, por não serem mais regadas.
Você pode ficar com tudo.
Com esse seu vaso de flores amarelas de plástico, empoeiradas pelo que vem da janela entreaberta.
Pelo que vem com o cinza dessa cidade imunda.
Fique com tudo. Com esse seu apartamento.
Não quero nada.
E só achei que deveria saber que você pode ficar com tudo.
Com os meus beijos e com os meus apertos, inclusive.
Com os meus carinhos feitos quando eu, tolo, acreditava que você era o que eu andava precisando.
Nada.
Não quero nada e só achei que você deveria saber que esta é a última vez que me viu por esse olho-mágico da porta, antes de me espiar por ele, de costas, indo embora, de uma vez por todas, por aquele corredor com marcas de mãos pretas pelas paredes.
Só achei que precisava lhe avisar que não quero mais nada.
Que você precisava saber que esta é a última vez que estou pisando nesse seu carpete desfiado.
Olhando para todo esse caos, que um dia chegamos a chamar de paraíso.
Não, não precisa se levantar, não.
Você pode ouvir tudo isso daí, com essa bunda grudada no sofá.
Eu só passei mesmo pra dizer que não quero nada de volta. nem aqueles beijos todos.
Eu poderia fazer com que cuspisse um por um, agora mesmo, de joelhos sobre o tapete. Mas eles não vão me fazer falta e eu estou com um pouco de pressa.
Me desculpe, mas eu só passei por aqui realmente pra avisar: não, eu não estou de volta.

Eduardo Baszczyn