31 março 2010

O amor é como a saudade

O amor é como a saudade. Os dois se misturam.
É difícil determinar a linha tênue que separa um do outro.
Quando o sentimento de amor é pleno, compartilhado, não há vazio, mas quando o menor vazio desse sentimento começa a se instalar ou se instalou de vez para explicar este sentimento alguém inventou a palavra “saudade”.
Saudade poderia ser explicada como a "falta de alguma coisa boa", de uma coisa ou alguém que nos faz bem, pois é certo que não sentimos saudades de coisas ruins. Arriscaria até a dizer que saudade é a aglutinação de duas palavras: "Saúde + Idade", onde saúde seria uma condição de bem-aventurança e idade seria um tempo qualquer no espaço de nossas vidas, em que essa bem-aventurança esteve presente.
A saudade, como já disse, é proveniente de coisas boas da vida e sendo assim, se apresenta em nossa mente como um período de nossas vidas que foi bom.
Saudade sempre está relacionada ao amor ou a uma coisa que nos fez bem. Amor a uma pessoa, amor a alguma atividade, a um animal, enfim, a uma situação de amor na acepção da palavra.
Mesmo que nunca tenhamos sentido o amor a nada, quando este sentimento de nostalgia, de lembranças boas nos chegam, já sabemos que é saudade.
Saudade é como um vazio que precisa ser preenchido, mas, muitas vezes, por várias circunstâncias, não conseguimos. Saudade é o vazio de alguma coisa que deveria estar ali e não está.
Quando encontramos alguém que gostamos, que nos encanta já no primeiro olhar, no primeiro sentir, dois segundos após o afastamento, após a despedida, a saudade se instala e esse espaço, que ficou cheio com a presença dessa pessoa, como num passe de mágica se torna vazio como antes do primeiro olhar, situação essa nem sabida antes.
Muitas vezes, nem tínhamos consciência de que era um vazio, pois o amor somente se instala nas lacunas do nosso coração, lacunas essas que nem imaginávamos existir.
Quando isso acontece ou percebemos que aconteceu, o processo do amor passa por várias fases.
A primeira delas é a sensação inquietante que de nós se apodera.
Desde o momento da percepção de que um sentimento de amor, paixão, ternura por alguém se apoderou de nosso corpo, da nossa alma em nossa mente, ficamos ansiosos, perdemos o ritmo, perdemos a concentração nas coisas do dia-a-dia.
Entramos facilmente em devaneios e ensaiamos, dia após dia, um jeito de nos declarar.
Os dias demoram a passar e até passamos noites sem dormir e, se dormimos, acordamos várias vezes no meio da noite, às vezes até sobressaltados, suando frio. Temos pesadelos até.
Aí, viramos uma espécie de detetives em causa própria para descobrir os hábitos da pessoa que agora é o motivo desta nossa erupção interna e assim ficamos até chegar um momento favorável de externar esse sentimento. Muitas vezes parece que esse momento nunca chega, principalmente para as pessoas mais tímidas. Mas ele chega, sempre chega, pois mesmo os mais tímidos treinam muito e assim, sem o saber, estão conspirando para que isso aconteça.
E vem a declaração. A declaração de amor! Tímida, sofrida, engasgada, espontânea, natural, cada um ao seu jeito, mas ela acontece.
Declarado esse amor, vem outra fase inquietante: A fase da expectativa de ser correspondido. Aliás, sempre queremos, almejamos essa correspondência.
Queremos ser aceitos. Para muitos, um "não" nesta hora pode ser fatal. Mas pior que a convicção do "não" é a incerteza do "talvez" ou a desilusão do "quase". É o "quase" que incomoda, que entristece, que quase mata, trazendo à nossa mente tudo que já sonhamos, planejamos, imaginamos. Será que vai dar certo? Será que não? O “quase” é tudo o quê poderia ter sido e não foi.
Um dia, certamente lembraremos e sentiremos saudade desse "quase foi" ou “quase deu certo”, mas se houve a aceitação nos alegramos. Ah! Nosso coração entra em festa!
Depois da aceitação, vem a fase não tão inquietante do compartilhar, do "ver se dá certo", do namoro, da convivência, dos compromissos assumidos, enfim, não importa a ordem nas fases desse processo.
O que cabe salientar é que todas elas estão repletas de inquietações e, principalmente, de saudade. Poderia até dizer de "saudades", mas dizem alguns literatos que a nossa língua não admite plural para o verbete. Permitido ou não, faço uso de licença poética para usar saudade no plural, pois são muitos os momentos de nossas vidas que sentimos saudades.
Aceitos, namoramos, noivamos, até casamos, mas um dia, separamos.
Sendo assim, seria correto dizer que não amamos mais?
- Será que não amamos o suficiente para que tudo fosse eterno como se pretendeu desde o início?
- É muito difícil explicar tudo isso, mas a verdade é que quem quase amou não amou o suficiente para tudo ter sido apenas um "quase".
Durante o período de aceitação vivemos a inquietação e a saudade do beijo da manhã já nas horas seguintes.
A saudade do toque da noite, já ao amanhecer e que vai se perdurar até o novo encontro, à noite, talvez.
A saudade vem do que foi e já não vem ou não é mais; do que poderia ter sido melhor e é desta forma que a saudade vai se construindo. Ela vem da "falta" daquilo de bom que tivemos... Dos nossos espaços internos que, por qualquer motivo, já não são mais preenchidos e ficaram vazios.
A saudade é um vazio que foi preenchido por momentos bons, breves ou não, que ora está vazio.
O grande problema é que o amor quando acontece é sem aviso... Não esperamos... Somos pegos desprevenidos... De calças curtas. É uma festa surpresa, mas não estamos em trajes apropriados. Geralmente estamos completamente desarmados, abertos, por isso ele chega e se instala e não adianta dizer que não. Não temos domínio sobre o nosso coração.
Às vezes, parece golpe baixo, pois nos apaixonamos por alguém muito diferente da gente, ou alguém que não pode ou que não está disponível. Pode acontecer de que esse alguém até se apaixone por nós, com a mesma ou até maior intensidade, mas ele já tem outro alguém, ou tem impedimentos, ou simplesmente não quer por medo. Possui vínculos difíceis de serem quebrados. São várias situações que podem ser extremamente favoráveis ou desfavoráveis e, geralmente, pesam mais as desfavoráveis.
Alguns já me perguntaram: - Porque que todo amor de verdade tem que ter um impedimento pra se tornar impossível ou quando possível tem que criar impedimentos?
Porque que todo amor pra se tornar possível, tem que provar que é um amor de verdade?
Mas como provar que esse amor de verdade? Como saber que esse amor não é um amor de verdade?
Muitas destas perguntas nem sabemos como responder, mas é certo que: Quem ama sente ciúmes (muito ou pouco, não importa), mas sente sim.
Quem deixou de amar já não se importa e deixa o outro totalmente à vontade, livre. Age assim para que ele próprio possa estar assim também, livre para fazer o que quiser sem ter que dar satisfações.
Quem ama, vez por outra dá uma patrulhada no território e delimita as suas fronteiras.
Quem deixou de amar já não fiscaliza, é frio, controlado. Tem atitudes tipo "não tô nem aí".
Quem ama sempre acha tempo e encontra um jeitinho para estar, ficar o maior tempo possível com seu amor. Quem deixou de amar vai postergando sem pressa.
Fica esperando que o vento sopre a seu favor. A grande questão é que nenhum vento sopra a favor de quem não sabe o que quer.
Quem ama faz perguntas pessoais, usa o pronome "nós". Quem deixou de amar conversa banalidades e esquece o significado do advérbio "a sós". Deixa tudo ao acaso.
Quem ama quer saber da vida do outro com detalhes e transparência. Quem deixou de amar se esquiva de ser transparente e também não cobra mais nada do outro, nem ao menos coerência e se enfurece se for cobrado. Senão se enfurece, usa de ironias, de sarcasmo ou responde com outras perguntas, quando perguntado.
Quem ama é pródigo em e-mails, telefonemas, recadinhos, bilhetinhos e, com muito carinho, sempre dá um jeitinho de marcar presença na vida do outro. Quem deixou de amar é pródigo em desculpas, pretextos com os quais passa um verniz para disfarçar a sua indiferença.
Quem ama é naturalmente fiel e está sempre voltado às necessidades do outro ser.
Age assim por que sabe que é importante na vida do outro. Quem deixou de amar só é fiel a si próprio, ao seu bem estar e já não percebe os danos que causa, querendo ou sem querer.
Quem ama, mas não pode corresponder por imperativos das circunstâncias, abre o jogo e usa de sinceridade. Quem deixou de amar justifica suas impossibilidades com impossibilidades que não convencem, mas não descarta o outro do baralho, deixa-o na dúvida, para o caso de uma eventualidade.
Será que neste momento você ama ou deixou de amar? - Será que devo te querer ou te deixar?
Se ainda me amas, sabes que providências deverá tomar? - E se já não ama, com certeza irás se calar ou dirás: - Face ao exposto, nada tenho a declarar! Cale a boca! Vá se catar! Não quero discutir!
Chega!
Fui!
Quando nos permitimos a tudo isto ou quando fazemos de tudo para tentar justificar a falta de atenção, de carinho, de presença é um bom sinal de que o nosso amor à outra pessoa já não é tão suficientemente forte ou até nem existe mais.
Assim, tudo não passará de uma máscara para ocultar a verdade, para mascarar uma arma que, convenientemente, preferimos não a usar para não ferirmos o outro, sem nos darmos conta de que já o ferimos. Geralmente pedimos tempo, para dizer adeus em doses homeopáticas.
Aí, mais uma vez a saudade se instala no coração dos que esperam uma coisa que é certa que não mais virá.
Mas lembremos sempre que tudo isso faz parte dos amores bem sucedidos e mal sucedidos e que um romance, cujo fim foi instantâneo ou indolor pra uma das partes ou pra ambos, não foi romance, foi apenas uma ilusão. Alguém se iludiu ou foi iludido ou ambos se iludiram.
Não passou de uma aventura, uma farra de corpos ou de corações ou no coração de alguém, mas não importa o que foi, por que, em alguém, a saudade vai se instalar de forma profunda. Se tudo isso não deixou nem saudade pelo menos numa das partes, não valeu à pena. Não deviam nem ter começado nada.
Por isso, não devemos permitir que a saudade sufoque-nos, que a rotina acomode-nos, principalmente que o medo nos impeça de tentar. Desconfiemos sempre do destino, de modelos concebidos por outros e acreditemos mais em nós mesmos.
Gastemos mais horas realizando que sonhando. Usemos mais horas amando que esperando condições favoráveis para amar.
Passemos mais horas vivendo que esperando, senão, morreremos ainda em vida. Quem quase morre, ainda está vivo e pode renascer pra uma vida melhor, mas, quem quase vive, já morreu.
“Faça sua ausência ser suficientemente forte para que alguém sinta saudade, mas cuide para que esta ausência não seja tão longa a ponto desse alguém descobrir que pode viver sem você”.
[Alexandre Dumas].

Luiz Antonio Schimanski

30 março 2010

O amor acaba

O amor acaba.
Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio;
acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar;
de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas;
na acidez da aurora tropical, depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio;
e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão;
como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado;
na insônia dos braços luminosos do relógio;
e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos...

Paulo Mendes Campos

29 março 2010

Derrota

Mas isso não é justo!
Eu sou muito sensível...
Qualquer maldade que você me faça e que eu tente retribuir... não consigo, é impossível: eu sofro mais do que você.
Você suporta bem os acintes sem fim, os silêncios ruins e os olhares brutais...
Mas não seja cruel, tenha pena de mim!
Quando eu sofro, eu sofro demais... ...
Mas, não!
Não ouça!
Eu confessei, ingenuo e fraco, uma coisa que eu não devia confessar.
Você sabe agora o meu fraco: e vai talvez se aproveitar...


Paul Geraldy

27 março 2010

Mar Adentro

É preciso chorar.
As lágrimas são a chuva da gente, nuvens do nosso tempo íntimo precisam desabar.
É preciso chorar, lágrimas são os rios do ser, as cachoeiras da gente, mudam nosso tempo simples, atualizam o nosso mar.
É preciso chorar, é preciso à natureza copiar, é preciso aliviar e molhar a seca do coração.
Se não chover vira sertão, morre homem, morre gado, morre plantação.

Elisa Lucinda

26 março 2010

Velha Canção

Não penses que não te espero na aparente indiferença.
Esta fingida descrença só disfarça desespero.
Se a falsa máscara fria pudesse quebrar esta ânsia saberias que a constância é meu pão de cada dia.
Um pudor duro e severo esperar desesperado é o que nutre este pecado de querer como te quero.
Destarte - tímido louco - não ouso sondar tua alma e nesta insofrida calma dia a dia morro um pouco.


Menotti del Picchia

25 março 2010

Nossos desertos

Um dia, todo mundo tem que atravessar seus desertos.
Momentos onde a solidão se faz tão presente que parece ter um corpo.
A dor faz o tempo ficar lento, demorado, e tudo parece parar.
É neste momento, que o ser humano descobre o que são fardos.
Os fortes encontram a escada que os fará subir, os fracos se perdem em lamentações, saem buscando os culpados…
Ai está a diferença entre passar pelo deserto e o permanecer nele.
Os que resistem, os que persistem, racionam a água, caminham um pouco mais, dão um passo além das forças.
Os que desanimam, bebem toda a água do cantil, esperam pelo milagre que não virá, pois todo milagre é fruto de uma ação positiva.
Se hoje você está atravessando o seu deserto, seja ele o mais seco do mundo, não importa, em algum canto dele, você encontrará um oásis.
Na nossa vida, oásis são os amigos que não nos abandonam, são aquelas pessoas desconhecidas que se preocupam com o próximo, é a fé que todos nós temos e renova a esperança.
Mantenha a racionalidade e uma certeza: você vai atravessá-lo!
Não desista de nada, não desista de você!
A poeira vai abaixar, a tempestade vai passar, e depois de tudo, o sol vai brilhar por você.
A esperança é essa brisa que sopra seus cabelos, e a força que nos empurra para a vitória, é o amor de Deus que nunca nos abandona.

Paulo Roberto Gaefke

24 março 2010

Falando em Amor...

Falamos em fazer amor, mas amor se faz?
Amor sufoca, amor desatina, amor é martelo, sino retinindo, marcação constante que não dá brecha para contra-ataque, carrapato chupando sangue da pele.
Amor-obsessão, amor torneira pingando: até quando, até quando, até quando?
Amar é amargo, e promessas amorosas são voláteis.
Amor maldito que invade pensamentos, amor que nos carcome paulatinamente, câncer faminto, "ácido de um sim negativo", vida que brota destruindo.
Mas amar não é negar o medo, a razão, o tempo?
Amar é afirmação nascida de negativas, e não amar é sofrer mais.
Você me falava no amor livre e descompromissado dos hippies, mas a liberdade não estava na prisão dos teus braços?
Bah, liberdade sem limites acaba em anarquia, niilismo estéril, suruba sem tesão.
Amor é como uma fotografia que fixa limites para superá-los.
Amor é renúncia a muitas coisas, mas também a maior transcendência que podemos almejar neste mundo.
Amar é tornar dois um: mãe com seu filho no ventre.
Amor é parto, é dor; e nascemos chorando.


Alexandre Inagaki

23 março 2010

Recomeçar...

Ah, seu eu pudesse...!

Recomeçaria sem pressa, sem culpas,
com mais coragem, mais espontâneo, optando em ser feliz mais do que fiz...
Colocaria mais poesia em minha manhãs,
e ousaria desafiar o mundo amando mais a liberdade
Tiraria das minhas perdas, a sabedoria do viver com elas,
da minha passagem transitória, faria meu caminhar sem fardos sorvendo até a última gota os desertos de mim
Deixaria em cada estação paisagens submersas nas chuvas de verão com o odor da primavera
E faria da minha hora, a chegada do sol nas rubras manhãs,
não deixando vestígios do que foram exílios dentro de mim

 Conceição Bentes

22 março 2010

Você é importante

Você é importante - Quando ama o trabalho que faz e as pessoas que o fazem com você, você se torna importante.
Quando você é tão cuidadoso, generoso e preocupado que você pensa em outras pessoas, antes de você, você se torna importante.
Quando você faz do mundo um lugar melhor do que você o encontrou, você se torna importante.
Quando você continua a aumentar a qualidade do que faz e como você faz, você se torna importante.
Quando você ensina e perdoa e ensina mais ainda, antes de julgar e criticar, você se torna importante.
Quando você toca no coração e na alma das pessoas por suas ações (e palavras), você se torna importante.
Quando as crianças crescem querendo ser você, você se torna importante.
Você é importante, quando você vê o mundo como está, mas insiste em tentar fazê-lo como acha que ele pode e deve ser.
Quando você inspira um ganhador do prêmio Nobel ou um morador de favela, você se torna importante.
Quando o lugar se enche de luz quando você entra, você se torna importante.
E quando o que você deixa para outras pessoas continua por horas, dias ou uma vida toda, você se torna importante.
"Com sua vida e sua conduta, você prega um melhor sermão do que com suas palavras."

Não tenho a autoria

19 março 2010

Te AmO

Eu te amo todo dia,
toda hora,
num anseio atormentado de paixão,
que me toma,
me alucina,
me devora,
faz perder todo o bom senso e a razão.
Mas não posso controlar o sentimento que se apossa,
faz morada no meu peito,
explodindo em gemidos,
em lamentos,
ansiando só por ti – é seu direito.
Mas te juro,
nada mais desejo ou quero do que ter o teu amor, que sei sincero.



Helena Luna

18 março 2010

Estou Amando...

Sozinho, meu pensamento focaliza em alguém.
Deixo-o livre, e de repente meu coração aperta.
Mas não estou triste, pelo contrário, deixo escapar um sorriso.
Comer não me parece tão importante, agora me sinto alimentado por outra coisa.
Acordo sempre com os mesmos pensamentos, e os mesmos me impulsionam a ter um grande dia.
Quando te vejo sinto coisas estranhas, mas boas.
Quando falo com você minha cabeça pensa direito, mas minhas palavras saem embaralhadas, e minhas mãos ficam suando.
Meu pensamento focaliza alguém, esse alguém é você.
É, estou amando.

B. Marley

17 março 2010

Seria fácil...

Seria fácil dizer adeus, se os meus olhos conseguissem desviar dos teus tantos encantos
Seria fácil afastar sem olhar para trás, se todos os meus sentidos não estivessem aos teus ligados
Seria fácil negar que eu te amo, se eu soubesse controlar minha saudade, separando dos teus os meus sentimentos
Seria fácil apagá-lo da memória, se ao acordar você não fosse à razão da motivação que guia os meus caminhos
Seria fácil arrancá-lo da mente, se ao adormecer por ti não fossem  cada um dos meus muitos sonhos
Seria fácil dominar minhas emoções, se ao sentir intensas vontades, não fossem por ti os meus anseios
Seria fácil conviver com minhas lembranças, se elas não machucassem a cada ausência
Em que sinto a sua falta nos meus momentos

Tatiana Moreira

16 março 2010

A urgência de Viver

Esperamos demais para fazer o que precisa ser feito, num mundo que só nos dá um dia de cada vez, sem nenhuma garantia do amanhã.
Enquanto lamentamos que a vida é curta, agimos como se tivéssemos a nossa disposição um estoque inesgotável de tempo.
Esperamos demais para dizer as palavras de perdão que devem ser ditas, para por de lado os rancores que devem ser expulsos, para expressar gratidão, para dar ânimo, para oferecer consolo.
Esperamos demais para ser generosos, deixando que a demora diminua a alegria de dar espontaneamente.
Esperamos demais para ser pais de nossos filhos pequenos, esquecendo quão curto é o tempo em que eles são pequenos, quão depressa a vida os faz crescer e ir embora.
Esperamos demais para dar carinho aos nossos pais, irmãos e amigos.
Quem sabe quão logo será tarde demais?
Esperamos demais para ler os livros, ouvir as musicas, ver os quadros que estão esperando para alargar nossa mente, enriquecer nosso espírito e expandir nossa alma.
Esperamos demais para enunciar as preces que estão esperando para atravessar nossos lábios, para executar as tarefas que estão esperando para serem cumpridas, para demonstrar o amor que talvez não seja mais necessário amanhã.
Esperamos demais nos bastidores, quando a vida tem um papel para desempenhar no palco.
Deus também está esperando - esperando nós pararmos de esperar.
Esperando nós começarmos a fazer agora tudo aquilo o qual este dia e esta vida nos foram dados...
Meus amigos é hora de viver...

Henry Sobel

15 março 2010

Um filme em preto e branco....

Certo dia você acorda e percebe que falta alguma coisa na sua vida, a boca ressecada, os olhos ainda cansados da noite mal dormida e você sentindo um vazio imenso no peito.
Por uns instantes um filme passa na sua cabeça, é a sua vida gravada em cores disformes e esquisitas, você se vê correndo de um lado para o outro atrás de pagar contas, cobrir bancos, comprar alimentos, estudando para provas, tentando agradar alguns, discutindo com outros, se negando para manter uma situação...
O filme parece que não tem um final muito bom, afinal de contas, aquela pessoa que você vê no filme não está muito feliz não.
Parece que até vive mais triste e preocupada do que alegre e de bem com a vida.
Então vêm a pergunta fatal: o que está me faltando para realmente ser feliz?
Será que o que te falta é um grande amor?
Mesmo os grandes amores, ficam mornos um dia.
Será que o que te falta é dinheiro?
Dinheiro não é o fim, é um meio de se conquistar algum bem.
Será que te falta saúde?
Você está vivo? Então há esperanças.
Falta companhia de amigos, cartas saudosas e ombros para chorar?
Basta um verdadeiro amigo para nos completarmos, seja amigo de você mesmo, seja leal com seus propósitos, com suas idéias e ideais.
Acorde para a vida que insiste em te dar novas oportunidades todos os dias,
Corra menos atrás das coisas materiais, caminhe mais, por puro prazer.
Corra menos atrás do dinheiro, caminhe mais pelas conquistas do espírito.
Corra menos atrás da perfeição, caminhe com seus erros e aprenda com eles.
Corra menos atrás de consertar os outros, caminhe com suas certezas e seja paciente, cada um tem seu tempo.
Viva a vida, curta cada minuto, cada instante, abrace mais, beije muito mais e sorria,  o seu sorriso é um incentivo para que outros também sorriam.
Por fim, acredite na vida e na certeza de que você é digno de ser feliz, afinal de contas, a vida acredita em você,  você acordou e mais um dia te espera,  aproveite-o ao máximo!
Eu acredito em você


Paulo Roberto Gaefke

12 março 2010

Tua voz

Tua voz...
Atravessa meu pensamento como estivesse ligada pelo cordão umbilical
Quanto mais longe estou
Mais perto te sinto.
É a única coisa que me resta
Tua voz...Mas linda melodia que eu tenho todo dia
Acelera meu coração
Com toda emoção
Voz do amor
Alivia minha dor
Faz de mim um remédio
Seja do que for
Quero o teu amor
Quero-te dentro
Do meu coração
Para sentir vibração
Da tua voz
Sinto-a como uma onda
Atravessando todo atlântico
A tona boiando e voando
Para mim
Porque só assim
Te sinto dentro de mim
Meu amor
Neste meu navegar
Só tenho tua voz
Para sonhar…

sonho solitario

11 março 2010

Saudade...saudade

E por falar em saudade onde anda você
Onde andam seus olhos que a gente não vê
Onde anda esse corpo
Que me deixou louco de tanto prazer
E por falar em beleza onde anda a canção
Que se ouvia na noite dos bares de então
Onde a gente ficava, onde a gente se amava
Em total solidão
Hoje eu saio da noite vazia
Numa boemia sem razão de ser
Na rotina dos bares, que apesar dos pesares
Me trazem você
E por falar em paixão, em razão de viver
Você bem que podia me aparecer
Nesses mesmos lugares, na noite, nos bares
Onde anda você

Vinícius de Moraes

10 março 2010

Madrigal Melancólico

O que eu adoro em ti
Não é a tua beleza
A beleza é em nós que existe
A beleza é um conceito
E a beleza é triste
Não é triste em si
Mas pelo que há nela
De fragilidade e incerteza
O que eu adoro em ti
Não é a tua inteligência
Não é o espírito sutil
Tão ágil e tão luminoso
Ave solta no céu matinal da montanha
Nem é a tua ciência
Do coração dos homens e das coisas.
O que eu adoro em ti
Não é a tua graça musical
Sucessiva e renovada a cada momento
Graça aérea como teu próprio momento
Graça que perturba e que satisfaz
O que eu adoro em ti
Não é a mãe que já perdi
E nem meu pai
O que eu adoro em tua natureza
Não é o profundo instinto matinal
Em teu flanco aberto como uma ferida
Nem a tua pureza. Nem a tua impureza.
O que adoro em ti lastima-me e consola-me:
O que eu adoro em ti é A VIDA!

Manuel Bandeira

09 março 2010

A saudade

Sabes tão bem o quanto vives em mim...
Quanto me tens a cada dia, num inicio sem fim.
Vivencio-te como alguém real em minhas rimas.
Os sentimentos voam, dão asas as lágrimas...
Que renascem sorrindo ao lerem suas palavras.
Nos meus sonhos, nossos pensamentos se atraem.
Todos os sentimentos represados acontecem...
Nas asas que me destes, sinto a liberdade de voar.
Sobrevivendo em mim a vontade desse doce amar
Deixando-me contigo apaixonadamente embalar...
Tornamos-nos livres para sermos pura essência.
Gravamos no tempo o entrelace dessa história...
Escrevo em cada estrofe o querer dessa constância.
São para Ti, minhas palavras na assonância...
Sem pensar em ausência, tempo ou distância!
Ofereço para Ti meus dias e noites em sonhos...
É assim que partilho contigo os meus desejos...
Na ausência de sua presença, farei meus versos.
Inspirarei do vento seu perfume que me invade
Tatuando em minha pele: A saudade!


Tatiana Moreira

08 março 2010

***Canção das mulheres***

Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.
Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.
Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.
Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.
Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.
Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.
Que o outro sinta quanto me dói a idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida.
Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!''
Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.
Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.
Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.
Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher.

**Lya Luft***

A vida é assim...

Às vezes, nada acontece como queremos, como desejamos
Às vezes, esperamos algo... Mas nunca vem
Às vezes, amamos alguém. Às vezes, alguém nos ama
Mas não somos correspondidos ou não correspondemos à altura
Às vezes, temos a oportunidade de sermos felizes, mas não conseguimos
Às vezes, a felicidade esta onde menos esperamos
Às vezes, está em nossa frente diante dos nossos olhos
Mas por algum motivo não conseguimos enxergar
Quando conseguimos enxergar, já é tarde...
E então perdemos a oportunidade que não teremos mais.Às vezes, sentimos culpas por não termos enxergado o que estava diante de nossos olhos
Às vezes, não nos perdoamos. Por medo. Por não ter tentado. Por não ter acreditado. Por não ter dado uma chance.
E acabamos perdendo o que poderia ser a FELICIDADE
Às vezes olhamos para trás e sentimos que poderíamos ter arriscado
E mesmo com o medo. Ter tentado. Ter acreditado.Ter dado uma chance.
Às vezes, temos que arriscar para não cometermos os mesmos erros do passado
Às vezes, temos que olhar a nossa volta
Procurar o que nos faz feliz, o que nos deixa feliz
O que nos faz bem, o que nos faz sentir bem
Aproveitar as oportunidades
A vida é assim...

Nao tenho a autoria

06 março 2010

O sentimento de culpa...

A culpa é uma dor. Mas é uma dor que acontece na consciência, na mente do Ser, e que pode conduzir a sentimentos de raiva, remorso, medo, pesar.
A culpa é uma dor, mas não é um sentimento, é mais uma constatação lógica, um conflito moral e ético, por isso é, na verdade, um estado de sofrimento mental.
A culpa vem da consciência que temos do que é certo ou errado, do que é nosso dever fazer e do que não devemos fazer.
Sempre que contrariamos esses conceitos, vivemos a culpa, nos acusamos de errados e os sentimentos que acompanham a culpa podem invadir nosso coração.
Muitos se sentem excessivamente culpados, pois possuem uma noção distorcida do seu próprio poder, ou tem noções desumanas de certo e errado.
Aqueles porém, que são destituídos de culpa, não tem consciência alguma, vivem num mundo sem moral e sem lei, na distorção e na desestrutura.
Aquele que vive atormentado pela culpa, está na verdade aprisionado em sua mente, que o atormenta dia e noite, cobrando a perfeição e a regra.
Poder viver o sentimento de remorso, a dor do pesar, conduzirá o Ser a aceitação da sua limitação humana e a humildade para pedir perdão a Deus e ao próximo.
Ficar na culpa, aprisionar-se a ela, é tantas vezes ficar no orgulho, do não admitir errar, do não se conformar por ser humano e falível. Enquanto apenas a culpa estiver presente, o alívio não estará.
Enquanto a cobrança do certo e do perfeito estiver em primeiro plano, a rendição ao humano não trará para este Ser a absolvição da dor, a rendição à vida e a paz ao coração.
Livrar-se da culpa é quase que manter-se unido a um sentimento de amor por si.
Portanto, não se culpe por sentir culpa. Não se aprisione na amargura de viver assim, mas pense e sinta, que tudo aquilo que o levou a sentir-se culpado, poderá ser liberto por Deus quando você aprender dentro do seu coração que errar é simplesmente humano.
Seja mais amoroso com você.
Seja mais compreensivo com você e seja muito mais filho de Deus, por ter dentro do seu coração, a coragem em admitir que errou.

Mariliz Vargas Straube

05 março 2010

Para que Gritar ?

 Um um pensador indiano fez a seguinte pergunta a seus discípulos :
"Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas ?"
"Gritamos porque perdemos a calma", disse um deles.
"Mas, por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado ?", questionou novamente o pensador.
"Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça", retrucou outro discípulo.
E o mestre volta a perguntar :
"Então não é possível falar-lhe em voz baixa ?"
Várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador.
Então ele esclareceu :
"Vocês sabem porque se grita com uma pessoa quando se está aborrecido ?"
O fato é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, seus corações se afastam muito.
Para cobrir esta distância precisam gritar para poderem escutar-se mutuamente. Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para ouvir um ao outro, através da grande distância.
Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão enamoradas ?
Elas não gritam. Falam suavemente. E por quê ?
Porque seus corações estão muito perto. A distância entre elas é pequena.
Às vezes estão tão próximos seus corações, que nem falam, somente sussurram.
E quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer sussurrar, apenas se olham, e basta.
Seus corações se entendem.
É isso que acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas.
Por fim, o pensador conclui, dizendo :
"Quando vocês discutirem, não deixem que seus corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta".


Mahatma Gandhi

Parabéns a minha linda Lidiane. Hoje ela completa mais um ano e recebe todo o amor e carinho de seus amores. Parabéns Lidi....te amamos e muito e o bebê lindo que está chegando ai será mais um grande amor e benção em nossas vidas.

04 março 2010

Amor antigo

O amor antigo vive de si mesmo não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede.
Nada espera, mas do destino vão nega a sentença.
O amor antigo tem raízes fundas, feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito, e por estas suplanta a natureza.
Se em toda parte o tempo desmorona aquilo que foi grande e deslumbrante,
o antigo amor, porém, nunca fenece e a cada dia surge mais amante.
Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste?
Não.
Ele venceu a dor, e resplandece no seu canto obscuro, tanto mais velho quanto mais amor ...

Carlos Drummond de Andrade

03 março 2010

Sempre eu mesma

Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente.
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas não serei a mesma pra sempre!


Clarice Lispector

02 março 2010

Por Amor, Escolhe Teu Destino!!

A tua vida merece ser ungida pelas chances deste sentimento único e total.
Entrega tuas mágoas ao teu sonho e sai por aí rimando a tua vida com felicidade.
Verás que em cada esquina há um motivo novo para sorrir.
Abre as portas da tua vida e deixe o amor entrar e fazer bagunça no teu coração.
Entre no jogo e viva, pois que não há alternativa mais sensata do que se abrir para o mundo, livre, intenso, sem medo de lágrimas, pelo prazer de ter uma vida.
Olhe o caminho que te espera.
Se não o vês, imagine e sonhe.
O teu sonho pulveriza os espinhos e só o teu medo, este sim, insensato, pode te impedir de viver.
Abre teu coração, pois que o amor anda por aí, zanzando, te cercando, doidinho para pousar no teu caminho.
Só o amor semeia tuas consequências.
Nada paga com carinho despretensioso, imediato, espontâneo.
Nada paga... mas tem troco.
E o troco, contrariando todas as lógicas matemáticas, podem ser bem maior que o teu próprio ato.
Mas, por amor não se espera recompensas.
Planta o teu verso sem esperar a rima alheia.
Planta teu jardim, mesmo que ainda não tenhas o vaso.
Semeie os teus grãos antes que a fome apareça.
Tu és o dono e o condutor de tua vida,
Ela é tua e cabe a ti, fundamentalmente a ti, guiá-la pelos caminhos da felicidade.
Quantas vezes esta razão beirou a nossa vida?
A vida, esse espaço de tempo entre o choro dos que chegam e o choro dos que ficam, é muito importante para que a vejamos passar, fria, inconsequente.
Ela é o nosso maior bem repleta de todas as possibilidades.
Uma orquestra a espera de um maestro.
E tu deves ser o maestro da tua própria vida.
Ninguém tem o direito de arrebatar das tuas mãos a batuta que há de reger a sinfonia da tua vida.
Tu é quem deves decidir.
E o que decida, seja pelo amor!
Viver, para quem ama, é uma coisa tão sensacional, tão maravilhosa, que esta lição cantada há milênios, deve ser a única explicação lógica e plausível, para a vida.
E, mesmo que não seja a grande razão, por amor vale aceitá-la.
Só por amor vale a pena...

autor desconhecido

01 março 2010

Pra lembrar de ti

Pra lembrar de ti, basta a solidão chegar de manso
Nesse rancho onde os mates (chá) são de mágoa e dor
Eu carrego essa dor porque é só minha
E te entrego toda luz do meu amor
Pra lembrar de ti
Ainda guardo o teu cheiro na memória
Da nossa historia que aos poucos foi e se perdeu
Te espero em um rancho com floreira na janela
E um beijo terno que guardei pros lábios teus
Pra voltar pra ti faço teu jogo, aposto tudo e seja o que for
Ó minha flor,O teu silencio diz bem mais que mil palavras
E dos meus olhos chove a dor do meu amor
Pra lembrar de ti
É ver o sol nascer por trás dessas coxilhas
E as macanilhas que rebrotam entre os mal me quer
Eu te desejo feito lua e madrugada
Ó minha amada serei teu se tu quizer. Pra lembrar de ti dou corda ao silencio e solidão para um coração que já faz tempo que anda vazio;refaço os planos pro inverno que se achega, pois não quero ver o meu amor morrer de frio…

Jairo Lambari Fernandes
Poeta Gaúcho