06 março 2010

O sentimento de culpa...

A culpa é uma dor. Mas é uma dor que acontece na consciência, na mente do Ser, e que pode conduzir a sentimentos de raiva, remorso, medo, pesar.
A culpa é uma dor, mas não é um sentimento, é mais uma constatação lógica, um conflito moral e ético, por isso é, na verdade, um estado de sofrimento mental.
A culpa vem da consciência que temos do que é certo ou errado, do que é nosso dever fazer e do que não devemos fazer.
Sempre que contrariamos esses conceitos, vivemos a culpa, nos acusamos de errados e os sentimentos que acompanham a culpa podem invadir nosso coração.
Muitos se sentem excessivamente culpados, pois possuem uma noção distorcida do seu próprio poder, ou tem noções desumanas de certo e errado.
Aqueles porém, que são destituídos de culpa, não tem consciência alguma, vivem num mundo sem moral e sem lei, na distorção e na desestrutura.
Aquele que vive atormentado pela culpa, está na verdade aprisionado em sua mente, que o atormenta dia e noite, cobrando a perfeição e a regra.
Poder viver o sentimento de remorso, a dor do pesar, conduzirá o Ser a aceitação da sua limitação humana e a humildade para pedir perdão a Deus e ao próximo.
Ficar na culpa, aprisionar-se a ela, é tantas vezes ficar no orgulho, do não admitir errar, do não se conformar por ser humano e falível. Enquanto apenas a culpa estiver presente, o alívio não estará.
Enquanto a cobrança do certo e do perfeito estiver em primeiro plano, a rendição ao humano não trará para este Ser a absolvição da dor, a rendição à vida e a paz ao coração.
Livrar-se da culpa é quase que manter-se unido a um sentimento de amor por si.
Portanto, não se culpe por sentir culpa. Não se aprisione na amargura de viver assim, mas pense e sinta, que tudo aquilo que o levou a sentir-se culpado, poderá ser liberto por Deus quando você aprender dentro do seu coração que errar é simplesmente humano.
Seja mais amoroso com você.
Seja mais compreensivo com você e seja muito mais filho de Deus, por ter dentro do seu coração, a coragem em admitir que errou.

Mariliz Vargas Straube

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