30 abril 2008

Sugestões para ser FELIZ

Alguém em algum lugar escreveu algumas sugestões para melhorar alguns pontos importantes da vida. E, por incrivel, são dicas importantes para fazer tudo melhor. Basta desejar e praticar...

1. Elogie ao menos três pessoas por dia;
2. Assista ao nascer do sol pelo menos uma vez ao ano;
3. Tenha um aperto de mão firme;
4. Olhe as pessoas nos olhos;
5. Cante no chuveiro;
6. Gaste menos do que você ganha;
7. Reconheça seus erros;
8. Aprenda a conviver em grupo, você não está sozinho no mundo;
9. Devolva tudo o que pegar emprestado;
10. Trate a todos que você conhece, assim como gostaria de ser tratado.
11. Jamais prive uma pessoa de esperança, pode ser tudo que ela tenha;
12. Saiba guardar segredos;
13. Sorria. Não custa nada e não tem preço e o sorriso transforma o rosto;
14. Não ore pedindo coisas, e sim sabedoria e coragem;
15. Dê as pessoas uma segunda chance, você pode vir a precisar dela;
16. Não tome nenhuma medida enquanto estiver zangado;
17. Dê o melhor de si no seu trabalho;
18. Faça sempre novos amigos;
19. Não adie uma alegria;
20. Viva cada instante como se fosse o último;
21. Saiba perdoar a si e aos outros.

29 abril 2008

O Monstro da Indiferença

Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta.
Um poeta é só isso: um certo modo de ver. O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar.
Vê, não vendo. Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia sem ver.
Parece fácil, mas não é.
O que nos é familiar já não desperta curiosidade.
O campo visual da nossa rotina é como um vazio.
Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Se alguém lhe perguntar o que é que você vê no seu caminho, você não sabe.De tanto ver, você não vê.
Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo porteiro. Dava-lhe "bom dia" e, às vezes, lhe passava um recado ou uma correspondência.
Um dia, o porteiro cometeu a descortesia de falecer. Como era ele? Sua cara, sua voz, como se vestia? Não fazia a mínima idéia. Em 32 anos, nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer.
Se um dia, no seu lugar estivesse uma girafa cumprindo seu trabalho, pode ser que ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem.
Mas, há sempre o que ver: gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos.
Uma criança vê o que um adulto não vê, pois tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo.
O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de tão visto, ninguém vê.
Há pai que nunca viu o próprio filho, marido que nunca viu a própria mulher.
Isso exige muito. Nossos olhos se gastam no dia-a-dia.
É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença.


Otto Lara Resende

28 abril 2008

Uma semana

Para um preso, menos 7 dias
Para um doente,
mais 7 dias
Para os felizes,
7 motivos
Para os tristes, 7 remédios
Para os ricos,
7 jantates
Para os pobres,
7 fomes
Para a esperança,
7 novas manhãs
Para a insônia, 7 longas noites
Para os sozinhos,
7 chances
Para os ausentes,
7 culpas
Para um cachorro,
49 dias
Para uma mosca, 7 gerações
Para os empresários,
25% do mês
Para os economistas,
0,019 do ano
Para o pessimista,
7 riscos
Para o otimista,
7 oportunidades
Para a terra,
7 voltas
Para o pescador,
7 partidas
Para cumprir o prazo, pouco
Para criar o mundo,
o suficiente
Para uma gripe,
a cura
Para uma rosa,
a morte
Para a história, nada
Para a vida,
tudo


Texto criado pela agência de publicidade do Washington Olivetto, a W/Brasil. Simplesmente, uma verdade absoluta!!!

26 abril 2008

Homem- cabelo....vê se pode!

Minha amiga de trabalho, Glaucia, me enviou este texto e não resisti. Aqui está ele, por inteiuro.
Amiguinhos e amiguinhas, fala se não é verdade...
Homem tem que ser tratado igual cabelo: num dia a gente prende, no outro solta, num dia a gente alisa, no outro enrola, dá uma cortada quando precisa. Numa semana a gente amacia, na outra é só dar uma batidinha que ele fica ótimo!
Fala a verdade... cabelo dá trabalho... mas a mulher consegue viver careca?

25 abril 2008

Amor....paixão

Para nosso deleite trecho extraído de uma das grandes obras de Eça de Queiróz, " O Primo Basilio"... Esta peça ficou muito conhecido por fazer parte da música " Amor I Love Tou", com Marisa Monte e interpretação de Arnaldo Antunes.
É o que todos queremos sentir ao estarmos apaixonados!!


Tinha suspirado. Tinha beijado o papel devotamente !
Era a primeira vez que lhe escreviam aquelas sentimentalidades, e o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso que saía delas, como um corpo ressequido que se estira num banho tépido; sentia um acréscimo de estima por si mesma, e parecia-lhe que entrava enfim numa existência superiormente interessante, onde cada hora tinha o seu encanto diferente, cada passo conduzia a um êxtase, e a alma se cobria de luxo radioso de sensações ! ...

Eça de Queiroz

24 abril 2008

Tudo Errado

Eu não peço desculpas e nem peço perdão
não, não é minha culpa
essa minha obsessão
já não aguento mais ver o meu coração
como um vermelho balão
rolando e sangrando
chutado pelo chão
Psicótico, neurótico, todo errado
só porque eu quero alguém que fique
vinte e quatro horas do meu lado
no meu coração eternamente colado.


Caetano Veloso e Jorge Mautner

23 abril 2008

Inimigo do Amor

O amor em nada é razão, antes loucura...pura!
Amor é querer estar junto, sempre!
Continuamente, ininterruptamente.
Não suporta “apartheid”.
Porque sua espécie é feita de sentimento de anseio, de paixão.
Não suporta distância.
Necessita o alcance dos olhos, nunca ausência.
Quanto se descobre o amor... nada os faz independente
Quer-se estar acoplado, todo o tempo, o tempo todo... Somente ele, o tempo, aliado à distância, é inimigo do amor... Sente-se morrer a princípio. Sente-se as forças se esvaindo. A coragem partindo.
Quer-se morrer... morrer de saudades.
De pesar, de lembranças.
Quer-se morrer de dor... pois, no coração não há cor.
Morrer de angústia interminável, infinita. Desfalecidas forças.
Oh! miserável ser vivente.
Que indubitavelmente, quer entrega-se á tristeza, à melancolia e nostalgicamente à agonia de viver com tanto pesar... definha-se ao pensar. Alucinantemente louco... aos poucos...
Mira ao longe a ausência.
Para completar sua lacuna, sua carência, quer-se morrer... Morrer de amor.
Amor, essa maneira insana de ser e de viver.

Rosy Beltrão

22 abril 2008

Coisas do Amor

Por que um coração escolhe o outro, nunca vou saber.
Há coisas para as quais não temos respostas, nem explicações, são mistérios da vida.
Às vezes o amor toma conta da gente sem pedir licença.
Chega devagarinho, muitas vezes disfarçado, invade e pronto: se instala!
E mesmo se dizemos não, ele fica lá, teimoso, empacado. E aí não tem jeito, precisamos conviver com ele, aceitá-lo. Porque ele não desiste facilmente uma vez que decidiu enviar as flechas numa determinada direção.
Ele contraria nossas regras, às vezes mesmo nossos gostos, nos faz fazer coisas que antes julgávamos ridículas, nos deixa bobos e felizes.
Muda nossos hábitos, nos faz amar música lenta, sonhar acordados e passar noites em claro, ou então nos acorda em plena madrugada.
E nos faz ver estrelas, gostar de lua e de poesia. Ah! O amor nos faz perder o juízo!
Torna adolescentes em adultos e velhos em adolescentes: não existe regra, não existe idade, não existe nada além dele.
Se é surpresa para corações jovens, para os mais vividos é um presente dos céus, pois chegou na hora em que não se acreditava mais possível. A esse é dado mais valor, nem mesmo tem preço.
Ele nos faz andar sem ter os pés na terra, nos dá asas, nos transporta e muitas vezes nos fere. Mas de ferida boa, dessas que a gente sofre mas conhece o remédio. Ah! E esse remédio!... Cura tudo, esquece tudo.
A raiva da manhã já não tem mais o mesmo sentido à noite.
O amor passa esponja como ninguém, só ele mesmo é que conta.
E esse amor que nos libera e nos deixa cativos é também a razão da nossa esperança, porque nos motiva, nos incita a ir mais além, nos dá força e coragem, mesmo se às vezes parece nos deixar débeis e frágeis.
Mas ele é contraditório e, por isso mesmo, fascinante.
Com ele vivemos; sem ele, apenas passamos pela vida. São assim as coisas do amor.

Letícia Thompson
Foto: Geisa Cruvinel

Chora

Se o teu caminho está coberto de pedras pontiagudas e teus pés são fortemente machucados, chora!
Mas não pares de caminhar.
Crê que no final do caminho há uma estrada luminosa, cheia de placas feitas só para ti, para conduzir-te ao que há de melhor para tua Vida, para o que pode estancar o teu pranto. GRITA
Se tempestades e ventos fortes te açoitam, buscando empurrar-te de volta ao ponto de partida, tentando levar-te ao desânimo ou à loucura, grita! Mas não te deixe levar. Crê que há um momento divinamente pré estabelecido para os ventos se acalmarem, para as tempestades cessarem e, diante da tua resistência, esse momento se antecipará e suaves brisas farão com que abra um sorriso de vitória.

REVOLTA-TE! Se vulcões lançam lavas sobre tudo que estás construindo, sobre tudo que já ergueste com todo teu esforço, revolta-te. Mas não pare de construir. Crê que as chamas se apagarão, o vulcão se aquietará e, ao final, não terá somente cinzas para recolher.

BLASFEMA! Se Deus parece estar surdo para o teu chamado e cego para as tuas necessidades, grite...chore...! Mas não percas tua nele.

Crê que Ele é cego e surdo sim, mas só para as tuas blasfêmias. Ele sabe que ainda não percebeste as lições embutidas em cada dificuldade que vivencia. Crê que quando vencer e aprender tais lições, lá estará Ele face a face contigo e orgulhoso do corajoso Filho que você é. CHORA! GRITA! REVOLTA-TE! BLASFEMA!

Mas não se deixe cair na tentação de acreditar que Deus não te socorrerá. AVANÇA! Ainda que seja entre prantos, gritos, revoltas e blasfêmias, avança! Crê que para Deus você é aluno, é um amado filho, é uma pura criança.


Silvia Schmidt

21 abril 2008

Fugindo da realidade

Quando eu era pequenino, tipo uns cinco ou seis anos, achava que minha vida era um filme que passava 24 horas por dia na TV ...
Fui um moleque muito sapeca, mas tranquilo -Acho que desandei na adolescência-, quando me lembrava do filme, me comportava mais ainda, para seguir o roteiro direitinho...
Até os dez anos de idade, eu quis ser médico, cantor ou ator (Não riam! E eu nem sei cantar). Tive muitos amigos imaginários, inventava cenas dos famosos filmes de ação...e procurava viver da forma melhor possivel.
Minha inesquecivel vovózinha, dizia que mesmo fora da fase de amigos invisíveis, eu sempre estava falando com a TV ou sozinho.
Sempre tirei boas notas em redação, para compensar as péssimas em matemática. Minhas histórias eram fantásticas... Adorava inventar finais diferentes para as histórias que lia.
Morei alguns anos com meus avós e no fundo do quintal da casa da rua Bahia, 301, adorava inventar brincadeiras, fossem elas para brincar sozinho ou com os amiguinhos.
Fazer teatrinho, contar histórias e encenar os filmes do Tarzan, com uma corda fazendo as vezes de cipó para pular pra cá e pra lá, eram as atividades preferidas.
Para onde foi toda essa minha imaginação?
Que houve com a inspiração?

Hoje tenho certeza de uma coisa: a vida real é tão mais chatinha...

19 abril 2008

Solidão

Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo...isto é carência.
Solidão
não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... isto é saudade.
Solidão
não é o retiro voluntário que a gente se impõe às vezes, para realinhar os pensamentos... isto é equilíbrio.
Muito menos é a pausa involuntária que o destino nos impõe compulsoriamente, para que reavaliemos a nossa vida...isto é um princípio da natureza.
Solidão
não é o vazio de gente ao nosso lado... isto é circunstância.
Solidão é muito mais que isto...
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa Alma!
Fátima Irene

Amor Maior

Eu Quero ficar só.
Mas comigo só eu não consigo.
Eu Quero ficar junto.
Mas sozinho só não é possível.
É preciso amar direito.
Um amor de qualquer jeito.
Ser amor a qualquer hora.
Ser amor de corpo inteiro, amor de dentro pra fora, amor que eu desconheço.
Quero um amor maior...um amor maior que eu.
Então seguirei meu coração até o fim pra saber se é amor magoarei mesmo assim, mesmo sem querer, pra saber se é amor eu estarei mais feliz, mesmo morrendo de dor pra saber se é amor.
Quero um amor maior...um amor maior que eu
Rogério Flausino

18 abril 2008

Carta para meu amor

Este texto recebi e fiz questão de trazer pra cá. Ela merece ser lida.
Quando escrevi aquela carta que você gosta tanto, não sabia que era pra você...
Você veio. E eu, que nem estava esperando, fui pega de surpresa.
Nem deu tempo de ficar com um pé no freio, como eu sempre faço. Bem que eu tentei resistir. Neguei o sentimento tantas vezes pra mim mesma, pra você, pras nossas amigas. Gostar de quem gosta de mim?
Isso é novidade. Das boas! Não lhe prometo nada além do que eu posso lhe entregar.
Não posso dizer quanto tempo vai durar.
Não vou aprender a dançar por sua causa.
Nossos signos não combinam.
Somos diferentes demais, mas até acho que isso é bom.
Não sei se vou conseguir vencer meus medos e controlar minhas neuroses, mas vou tentar.
Só sei que quero estar o tempo todo ao seu lado.

Ana Paula

17 abril 2008

Você....

Você, que sempre esteve tão por perto, Buscando decifrar meus sentimentos,
Tentando adivinhar meus pensamentos, Sondando sutilmente o meu deserto ... Você, parto de dores, de tormentos, Que tanto assediou do jeito incerto Um mundo que julgava estar aberto Aos seus ruidosos e invasores ventos ...
Não percebeu que eu vinha de outra terra,
Sem espaço algum para quem berra
Palavras adoçadas com veneno?
Siga o seu rumo ... o meu é diferente ...
Vá sob o sol, caminhe com sua gente ...
Pertenço à noite ... deixe-me ao sereno ...

Silvia Schmidt

16 abril 2008

No Amor, por Amor...


Um homem de idade avançada foi a uma clínica, para fazer um curativo na mão.
Estava apressado, dizendo-se atrasado para um compromisso, e enquanto a moça o tratava perguntou-lhe sobre o motivo da pressa.
Ele me disse que precisava ir a um asilo para, como sempre, tomar o café da manhã com sua mulher que estava internada lá.
Disse também que ela estava lá há algum tempo porque tinha Alzheimer bastante avançado. Acabando de fazer o curativo, a enfermeira perguntou-lhe se ela não se alarmaria pelo fato de ele chegar mais tarde.
- Não, ele disse. Ela já não sabe quem eu sou. Faz quase cinco anos que não me reconhece.
Estranhando, a moça lhe perguntou:
- Mas se ela já não sabe quem o senhor é, porque essa necessidadede estar com ela todas as manhãs ?
Ele sorriu e dando uma palmadinha na mão da enfermeira, disse:
- É, ela não sabe quem eu sou, mas eu sei muito bem quem é ela.

O verdadeiro amor não se reduz ao físico nem ao romântico.
O verdadeiro amor é a aceitação de tudo o que o outro é, do que foi, do que será e ... do que já não é ...
Ao ler este texto meus olhos lacrimejaram e pensei: Essa é a classe de amor que eu quero para a minha vida.

A.D

15 abril 2008

A prisão

Depois de tantos e tantos anos......
A maior prisão que podemos ter na vida é aquela quando a gente descobre que está sendo não aquilo que somos, mas o que o outro gostaria que fôssemos.
Geralmente quando a gente começa a viver muito em torno do que o outro gostaria que a gente fosse, é que a gente tá muito mais preocupado com o que o outro acha sobre nós, do que necessariamente nós sabemos sobre nós mesmos.
O que me faz amar mais e mais e ser atraido por Jesus é quando descubro que existe nele uma capacidade imensa de
olhar dentro dos olhos, e fazer que percebamos toda sua sinceridade.
Durante muito tempo, fiquei preocupado com o que os outros pensavam a meu respeito.
Mas hoje, o que os outros pensam ou acham de mim, pouco importa, a não ser as pessoas que me amam, porque a minha salvação não depende do que os outros acham de mim, mas do que Deus sabe ao meu respeito.

Pe Fábio de Melo

14 abril 2008

Nada para depois

Depois de 21 anos de casado, descobri uma nova maneira de manter viva a chama do amor. Há pouco tempo decidi sair com outra mulher.
Na realidade foi idéia da minha esposa.
Você sabe que a ama , disse minha esposa um dia, pegando-me de surpresa.
A vida é muito curta, você deve dedicar especial tempo a essa mulher...
Mas eu te amo , protestei à minha mulher. Eu sei. Mas você também a ama, tenho certeza disto.
A outra mulher, a quem minha esposa queria que eu visitasse, era minha mãe, que já era viúva há 19 anos, mas as exigências do meu trabalho e de meus 3 filhos, faziam com que eu a visitasse ocasionalmente.
Essa noite a convidei para jantar e ir ao cinema.
O que é que você tem? Você está bem? - perguntou-me, após o convite.
(Minha mãe é o tipo de mulher que acredita que uma chamada tarde da noite ou um convite surpresa, é indício de más notícias).
Pensei que seria agradável passar algum tempo contigo, respondi ...
Só nós dois; o que acha?
Ela refletiu por um momento.
Me agradaria muitíssimo - disse sorrindo.
Depois de alguns dias, estava dirigindo para pegá-la depois do trabalho..
Estava um tanto nervoso, era o nervosismo que antecede a um primeiro encontro...
E que coisa interessante!.. Pude notar que ela também estava muito emocionada.
Esperava-me na porta com seu casaco, havia feito um penteado e usava o vestido com que celebrou seu último aniversário de bodas.
Seu rosto sorria e irradiava luz como um anjo. Eu disse a minhas amigas que ia sair com você, e ficaram muito impressionadas, comentou enquanto subia no carro.
Fomos a um restaurante não muito elegante mas aconchegante... Minha mãe se agarrou ao meu braço como se fosse 'a primeira dama'.
Quando nos sentamos, tive que ler para ela o menu. Seus olhos só enxergavam grandes figuras.
Quando estava pela metade das entradas, levantei os olhos;
Mamãe estava sentada do outro lado da mesa, e me olhava fixamente.
Um sorriso nostálgico se delineava nos seus lábios.
Era eu quem lia o menu quando você era pequeno - disse-me.
Então é hora de relaxar e me permitir devolver o favor - respondi.
Durante o jantar tivemos uma agradável conversa; nada extraordinário,só colocando em dia a vida, um para o outro.
Falamos tanto que perdemos o horário do cinema.
Sairei contigo outra vez, mas só se me deixares fazer o convite,disse minha mãe quando a levei para casa. E eu concordei.
Como foi teu encontro? - quis saber minha esposa quando cheguei naquela noite.
Muito agradável... Muito mais do que imaginei...
Um dia aconteceu o inevitável......Minha mãe faleceu de um infarte fulminante... tudo foi tão rápido, não pude fazer nada.
Depois de algum tempo recebi um envelope com cópia de um cheque do restaurante de onde havíamos jantado minha mãe e eu, e uma nota que dizia:'O jantar que teríamos, paguei antecipado; estava quase certa de que poderia não estar ali, por isso paguei um jantar para você e sua esposa. Jamais poderás entender o que aquela noite significou para mim. Te amo'.
Nesse momento compreendi a importância de dizer a tempo: 'TE AMO' e de dar a nossos entes queridos o espaço que merecem....
Nada na vida será mais importante que Deus e as pessoas que você ama!
Dedique tempo a eles, porque eles não podem esperar.

Desconheço a autoria.

'É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã...'(Renato Russo)

11 abril 2008

A viagem de trem

A vida não passa de uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques, alguns acidentes, agradáveis surpresas em muitos embarques e grandes tristezas em alguns desembarques.
Quando nascemos, entramos nesse magnífico trem e nos deparamos com algumas pessoas, que julgamos, estarão sempre nessa viagem conosco, nossos pais.Infelizmente isso não é verdade, em alguma estação eles descerão e nos deixarão órfãos do seu carinho, amizade e companhia insubstituível.
Isso porém não nos impedirá que durante o percurso, pessoas que se tornarão muito especiais para nós, embarquem.
Chegam nossos irmãos, amigos, filhos e amores inesquecíveis!
Muitas pessoas embarcarão nesse trem apenas a passeio, outras encontrarão no seu trajeto somente tristezas e ainda outras circularão por ele prontos a ajudar quem precise.
Vários dos viajantes quando desembarcam deixam saudades eternas, outros tantos quando desocupam seu assento, ninguém nem sequer percebe.

Curioso é constatar que alguns passageiros que se tornam tão caros para nós, acomodam-se em vagões diferentes dos nossos, portanto somos obrigados a fazer esse trajeto separados deles, o que não nos impede é claro que possamos ir ao seu encontro.
No entanto, infelizmente, jamais poderemos sentar ao seu lado, pois já haverá alguém ocupando aquele assento.
Não importa, é assim a viagem, cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, despedidas, porém, jamais, retornos.
Façamos essa viagem então, da melhor maneira possível, tentando nos relacionar bem com os outros passageiros, procurando em cada um deles o que tiverem de melhor, lembrando sempre que em algum momento eles poderão fraquejar e precisaremos entender, porque provavelmente também fraquejaremos e com certeza haverá alguém quenos acudirá com seu carinho e sua atenção.
O grande mistério afinal é que nunca saberemos em qual parada desceremos, muito menos nossos companheiros de viagem, nem mesmo aquele que está sentado ao nosso lado.
Eu fico pensando se quando descer desse trem sentirei saudades.
Acredito que sim, me separar de muitas amizades que fiz será no mínimo doloroso, deixar meus filhos continuarem a viagem sozinhos será muito triste com certeza....mas me agarro na esperança que em algum momento estarei na estação principal e com grande emoção os verei chegar.
Estarão provavelmente com uma bagagem que não possuíam quando embarcaram e o que me deixará mais feliz será ter a certeza que de alguma forma eu fui um colaborador para que ela tenha crescido e se tornado valiosa.
Amigos, façamos com que a nossa estada nesse trem seja tranqüila, que tenha valido a pena e que quando chegar a hora de desembarcarmos o nosso lugar vazio traga saudades e boas recordações para aqueles que prosseguirem a viagem.

Original : Luciane Werlish

Abandonar

"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos,
que nos levam sempre aos mesmos lugares.

É o tempo da travessia:
e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos"



Fernando Pessoa

10 abril 2008

Vivendo e Amando

Ninguém pode dar aquilo que não possui.
Para dar amor, você deve ter o amor.
Ninguém pode ensinar aquilo que não sabe.
Para ensinar o amor, você precisa compreendê-lo.
Ninguém pode conhecer aquilo que não estuda.
Para estudar o amor, você precisa viver o amor.
Ninguém pode apreciar aquilo que não aceita.
Para aceitar o amor, você deve torna-se receptivo a ele.
Ninguém pode ter dúvida daquilo em que deseja acreditar.
Para acreditar no amor, você deve estar convencido do amor.
Ninguém admite aquilo a que não se entrega.
Para se entregar ao amor, você deve ser vulnerável a ele.
Ninguém vive aquilo a que não de dedica.
Para se dedicar ao amor, você deve estar sempre crescendo no Amor ...
Leo Buscaglia

Mudar....

Tentar mudar o outro? Não.
Mude a si mesmo!
Parece fácil amar outra pessoa.
Porém, a convivência diária traz aborrecimentos e os gestos românticos se escasseiam.
Uma conversa franca pode complicar em vez de resolver.
Não tente encaixar o outro na forma que você idealizou. Apenas o aceite.
No mundo de esperanças, medos, prazeres e lágrimas.
O que mantém o vínculo são dezenas de fios invisíveis (segredos compartilhados, promessas cumpridas) que ligam uma pessoa à outra através dos anos.
Um mundo feito de corações que se escutam, racham, quebram e voltam a se colar. No começo parece tão fácil amar outra pessoa.
E o sexo... Bem, o sexo é divino.
Os olhares, sorrisos e gestos falam mais do que as palavras. É tão bom descobrir de quantas formas diferentes somos capazes de compartilhar, de nos fundir com a pessoa que amamos... Acontece que junto com as afinidades vêm as hostilidades geradas pelo conflito de querer amar e de se sentir obrigado a amar.
A familiaridade com o companheiro traz à tona suas imperfeições. Pequenos aborrecimentos se agigantam e mesmo os gestos românticos vão se escasseando. Pouco a pouco, a realidade toma o lugar das imagens idealizadas.
Brigas acontecem, mas, naturalmente, a culpa é sempre do outro. " Ele já não é o mesmo de antes; portanto, é o responsável pelos problemas que estamos enfrentando " .
É sempre mais fácil encontrar uma causa externa em vez de olharmos para nós mesmos. " Eu gosto de ½ de você.
O que faço com o resto ? " .
De alguns anos para cá, muitos casais valorizam o diálogo como forma de resolver esse problema. Revistas, cursos e terapeutas passaram a dizer que o importante é pedir o que se deseja. " Tenha uma conversa franca e sincera com seu parceiro, exponha o que você realmente quer e assim tudo vai se resolver. "
Embora uma boa conversa seja um ponto de partida razoável, não é suficiente. Nós fomos levados a acreditar que a mudança, até mesmo uma transformação radical na relação, era algo totalmente possível: se o outro realmente amasse, ele faria esforços sobre-humanos para caber na forma que você idealizou. Mas na prática não é bem assim.
Foi ensinado às pessoas que a negociação é essencial em um bom relacionamento.
É possível negociar tarefas e alguns comportamentos específicos, mas não a personalidade do outro. É impossível modelá-lo, transformá-lo.
No livro Maridos e Mulheres, Melvyn Kinder e Connell Cowan explicam que uma pessoa pode querer mudar, mas de algum modo achar isso dolorosamente difícil. Muitos dos traços da nossa personalidade foram desenvolvidos como meios de nos proteger de danos psicológicos.
Hoje podemos não precisar desses mecanismos de defesa, mas eles persistem. Por mais que queiramos modificá-los, inconscientemente ainda sentimos que precisamos deles.
Estes traços que incomodam ou enfurecem são, para a outra pessoa, formas de enfrentar a vida e de sobreviver.
Ninguém quer contrariar seu parceiro, todos nós tentamos agradar, só que nem sempre conseguimos. E acabamos fazendo coisas que machucam.
Temos de aceitar tanto os defeitos como as qualidades do outro. Amor é aceitação. Nem sempre falar francamente fortalece o relacionamento.
A afirmação parece contrária a tudo dque se disse nos últimos tempos, mas a experiência provou que às vezes " é melhor calar. E agir. " É ingênuo imaginar que basta expressar claramente os sentimentos para que o parceiro nos compreenda.
Quando duas pessoas resolvem falar tudo o que pensam e sentem, podem ficar mais informadas, mas também podem acabar mais machucadas e ressentidas.
Certas coisas não devem nem precisam ser ditas, por mais verdadeiras que sejam, pois não ajudam em nada e costumam provocar devastação emocional.
A superação das decepções devido ao fato de o outro não ser como tínhamos sonhado é uma dura tarefa.
Mas se descobre lentamente, muito lentamente, que se pode amar alguém apesar de suas falhas. Por outro lado, precisamos lembrar que é impossível mudar o outro mas não a nós mesmos, pois todos estamos constantemente nos modelando.
A vida é, afinal, uma procura dos segredos do crescimento e ninguém os conhece plenamente.

Maria Helena Matarazzo

09 abril 2008

Mudança????

Tentar mudar o outro?
Não.
Mude a si mesmo!
Parece fácil amar outra pessoa.
Porém, a convivência diária traz aborrecimentos e os gestos românticos se escasseiam. Uma conversa franca pode complicar em vez de resolver.
Não tente encaixar o outro na forma que você idealizou. Apenas o aceite.
No mundo de esperanças, medos, prazeres e lágrimas. O que mantém o vínculo são dezenas de fios invisíveis (segredos compartilhados, promessas cumpridas) que ligam uma pessoa à outra através dos anos.
Um mundo feito de corações que se escutam, racham, quebram e voltam a se colar.
No começo parece tão fácil amar outra pessoa.
E o sexo... Bem, o sexo é divino.
Os olhares, sorrisos e gestos falam mais do que as palavras. É tão bom descobrir de quantas formas diferentes somos capazes de compartilhar, de nos fundir com a pessoa que amamos... Acontece que junto com as afinidades vêm as hostilidades geradas pelo conflito de querer amar e de se sentir obrigado a amar.
A familiaridade com o companheiro traz à tona suas imperfeições. Pequenos aborrecimentos se agigantam e mesmo os gestos românticos vão se escasseando. Pouco a pouco, a realidade toma o lugar das imagens idealizadas.
Brigas acontecem, mas, naturalmente, a culpa é sempre do outro.
" Ele já não é o mesmo de antes; portanto, é o responsável pelos problemas que estamos enfrentando " .
É sempre mais fácil encontrar uma causa externa em vez de olharmos para nós mesmos. " Eu gosto de ½ de você. O que faço com o resto ? " .
De alguns anos para cá, muitos casais valorizam o diálogo como forma de resolver esse problema. Revistas, cursos e terapeutas passaram a dizer que o importante é pedir o que se deseja.
" Tenha uma conversa franca e sincera com seu parceiro, exponha o que você realmente quer e assim tudo vai se resolver. "
Embora uma boa conversa seja um ponto de partida razoável, não é suficiente. Nós fomos levados a acreditar que a mudança, até mesmo uma transformação radical na relação, era algo totalmente possível: se o outro realmente amasse, ele faria esforços sobre-humanos para caber na forma que você idealizou. Mas na prática não é bem assim. Foi ensinado às pessoas que a negociação é essencial em um bom relacionamento. É possível negociar tarefas e alguns comportamentos específicos, mas não a personalidade do outro.
É impossível modelá-lo, transformá-lo.
No livro Maridos e Mulheres, Melvyn Kinder e Connell Cowan explicam que uma pessoa pode querer mudar, mas de algum modo achar isso dolorosamente difícil.
Muitos dos traços da nossa personalidade foram desenvolvidos como meios de nos proteger de danos psicológicos.
Hoje podemos não precisar desses mecanismos de defesa, mas eles persistem. Por mais que queiramos modificá-los, inconscientemente ainda sentimos que precisamos deles.
Estes traços que incomodam ou enfurecem são, para a outra pessoa, formas de enfrentar a vida e de sobreviver.
Ninguém quer contrariar seu parceiro, todos nós tentamos agradar, só que nem sempre conseguimos. E acabamos fazendo coisas que machucam.
Temos de aceitar tanto os defeitos como as qualidades do outro. Amor é aceitação.
Nem sempre falar francamente fortalece o relacionamento.
A afirmação parece contrária a tudo dque se disse nos últimos tempos, mas a experiência provou que às vezes " é melhor calar. E agir. "
É ingênuo imaginar que basta expressar claramente os sentimentos para que o parceiro nos compreenda. Quando duas pessoas resolvem falar tudo o que pensam e sentem, podem ficar mais informadas, mas também podem acabar mais machucadas e ressentidas.
Certas coisas não devem nem precisam ser ditas, por mais verdadeiras que sejam, pois não ajudam em nada e costumam provocar devastação emocional.
A superação das decepções devido ao fato de o outro não ser como tínhamos sonhado é uma dura tarefa.
Mas se descobre lentamente, muito lentamente, que se pode amar alguém apesar de suas falhas. Por outro lado, precisamos lembrar que é impossível mudar o outro mas não a nós mesmos, pois todos estamos constantemente nos modelando.
A vida é, afinal, uma procura dos segredos do crescimento e ninguém os conhece plenamente.

Maria Helena Matarazzo

Não permita...

Jamais permita que pedras interrompam tua caminhada: quando chegar ao teu destino teus pés estarão mais fortes.
Jamais permita que o desânimo te faça desistir das suas metas: quando elas forem atingidas terá ânimo renovado.
Jamais permita que maledicências roubem o teu equilíbrio emocional: quando a Verdade furar essas nuvens negras, tua saúde mental não terá sido abalada.
Jamais permita que discórdias te façam perder a Fé em seus amigos: quando chegar a calmaria não teráss feito inimigos.
Jamais permita que a competição pelo sucesso coloque dúvidas quanto à sua capacidade: chegada a hora da colheita, tu colherás os benefícios da tua confiança em ti mesmo.
Jamais permita que "conselhos" de pessoas infelizes quebrem tuas convicções: ao final você estará salvo de ser infeliz também.
Jamais permita que bajulações te impeçam de enxergar com clareza: teus olhos postos imparcialmente nos teus feitos te ajudarão a corrigir tuas possíveis e humanas falhas.
Jamais permita que as críticas destrutivas afetem teu desempenho: tu perceberá que elas são apenas úteis alavancas para melhorias.
Jamais permitas que estas palavras se apaguem da tua memória: elas serão alívio em tuas horas de aflições.
... e jamais permitas que algo neste mundo separe nossos corações.
Que jamais permita!


Silvia Schmidt

Atritos

Ninguém muda ninguém; ninguém muda sozinho; nós mudamos nos encontros.
Simples, mas profundo, preciso.

É nos relacionamentos que nos transformamos.

Somos transformados a partir dos encontros, desde que estejamos abertos e livres para sermos impactados pela idéia e sentimento do outro.

Você já viu a diferença que há entre as pedras que estão na nascente de um rio, e as pedras que estão em sua foz?

As pedras na nascente são toscas, pontiagudas, cheias de arestas. À medida que elas vão sendo carregadas pelo rio sofrendo a ação da água e se atritando com as outras pedras, ao longo de muitos anos, elas vão sendo polidas, desbastadas.

Assim também agem as pessoas que encontramos em nossas vidas. Sem elas, a vida seria monótona, árida. A observação mais importante é constatar que não existem sentimentos, bons ou ruins, sem a existência do outro, sem o seu contato.

Passar pela vida sem se permitir um relacionamento próximo com o outro, é não crescer, não evoluir, não se transformar. É começar e terminar a existência com uma forma tosca, pontiaguda, amorfa.

Quando olho para trás, vejo que hoje carrego em meu ser várias marcas de pessoas extremamente importantes.

Pessoas que, no contato com elas, me permitiram ir dando forma ao que sou, eliminando arestas, transformando-me em alguém melhor, mais suave, mais harmônico, mais integrado. Outras, sem dúvidas, com suas ações e palavras me criaram novas arestas, que precisaram ser desbastadas.

Faz parte...

Reveses momentâneos servem para o crescimento. A isso chamamos experiência. Penso que existe algo mais profundo, ainda nessa análise.

Começamos a jornada da vida como grandes pedras, cheia de excessos.

Os seres de grande valor, percebem que ao final da vida, foram perdendo todos os excessos que formavam suas arestas, se aproximando cada vez mais de sua essência, e ficando cada vez menores, menores, menores...

Quando finalmente aceitamos que somos pequenos, ínfimos, dada a compreensão da existência e importância do outro, e principalmente da grandeza de Deus, é que finalmente nos tornamos grandes em valor. Já viu o tamanho do diamante polido, lapidado?

Sabemos quanto se tira de excesso para chegar ao seu âmago. É lá que está o verdadeiro valor... Pois, Deus fez a cada um de nós com um âmago bem forte e muito parecido com o diamante bruto, constituído de muitos elementos, mas essencialmente de amor. Deus deu a cada um de nós essa capacidade, a de amar... Mas temos que aprender como.

Para chegarmos a esse âmago, temos que nos permitir, através dos relacionamentos, ir desbastando todos os excessos que nos impedem de usá-lo, de fazê-lo brilhar

Por muito tempo em minha vida acreditei que amar significava evitar sentimentos ruins.

Não entendia que ferir e ser ferido, ter e provocar raiva, ignorar e ser ignorado faz parte da construção do aprendizado do amor.

Não compreendia que se aprende a amar sentindo todos esses sentimentos contraditórios e... os superando. Ora, esse sentimentos simplesmente não ocorrem se não houver envolvimento... E envolvimento gera atrito.

Minha palavra final: ATRITE-SE! Não existe outra forma de descobrir o amor.
E sem ele a vida não tem significado.


Roberto Crema

08 abril 2008

Mistérios do Coração!!!

Eu me sentiria feliz se, pelo menos uma vez, eu estivesse quieto no meu canto, parado,
e você me procurasse, sem que eu tivesse que mover um dedo, nem sequer esboçar um sorriso.
Eu me sentiria muito feliz se, ao cair da tarde,
encontrasse seu coração entrando em meu silêncio, devassando minha solidão,
desprezando minha timidez, sem sequer mudar nada em mim.
Eu me sentiria irremediavelmente feliz,
se eu tivesse me dado conta de pelo menos uma,
das tantas vezes em que isso aconteceu,
não só com você,
mas com tanta gente que eu quis.
Roberto Shinyashiki

07 abril 2008

Nunca Mais!!!

Hoje estou desatando da memória as imagens de amor.
As minhas, as nossas imagens de amor, porque as coisas são como são: no momento em que escrevo e no momento em que você lê, abrimos esses arquivos de imagens geradas a partir do amor, que são - vamos admiti-lo antes que seja tarde, - os nossos arquivos prediletos.

Tudo o que realmente nos interessa está arquivado ali. Na câmara escura das nossas recordações.
Imagens que vamos recolhendo vida afora. Elas têm nome e uma história para contar, cada uma delas.
E nostalgia.
Nada mais é do que a saudade da emoção vivida, num determinado momento que passou veloz. Emoções e emoções e ainda tanta emoção a ser vivida!
Muito além dos indivíduos, além das particularidades.
E todas essas químicas se processando no nosso corpo, pois há quem diga que amor nada mais é do que uma sensação provocada, para evitar a loucura da espécie e perpetuar o predador. Uma ilusão passageira, uma descarga de substâncias certas no sistema.
Lubrificação. Cuidados com a máquina.
Seja lá o que for, andei tomando resoluções práticas para a existência. Porque nunca mais nesta vida quero ter saudade de beijo. Nunca mais a nostalgia daquele mundo de línguas dançando balé no céu das nossas bocas.
Nunca mais!
E juro que nunca mais nesta vida quero tentar entender o amor.
Quero deixar que ele passe por mim, como um pé de vento que sopra folhas e poeira num arranjo aprumado. Eu fico ali, no meio do redemoinho, só achando tudo muito bom. Depois, o amor se vai e a gente continua a tocar a existência. Assim é que deve ser.
Nunca mais nesta vida quero gente se indo. Já está de bom tamanho.
Coração da gente vai absorvendo os golpes: que são muitos e de todos os lados, sempre. Com quase todo mundo é assim.
De repente, as pessoas começam a ir embora, por morte matada e morrida, por desamor, por tristeza, por ansiedade, por medos diversos, seu coração vai recebendo as pancadas e uma hora dá vontade de dar um berro, sair vomitando as mágoas todas que a gente foi engolindo.
Nunca mais gente partindo sem motivo aparente, sem dar nome aos bois ou uma denúncia vazia.
Nesta vida, nunca mais!
E nunca mais, nesta breve passagem, a palavra não dita, o gesto parado no ar, dissolvido antes do afago.
Nunca mais a dose nossa de orgulho besta, a solidão das noites perdidas por amor desenganado, o coração parado, à espreita. Isso, não.
Quanto mais o tempo passa, mais a urgência da felicidade ilusória e da química do bem-estar, essas coisas todas que se operam em nossos íntimos. Nunca mais.
Nunca mais um dia atirado ao nada, nunca mais o verbo que não se completa, todas as palavras que não foram ditas - verdades -, todas elas, uma após a outra, formando frases, pensamentos, sentimentos, amor costurando o texto, que é linha que não refuga de jeito nenhum.
Nunca mais!
O coração se magoando todo o dia, a gente engolindo sapos e lagartos e se esquecendo de que é capaz de mudar cada uma das histórias, reescrever o livro das nossas vidas.
Uma hora mais cedo e a cena teria sido outra ou o que teria acontecido se você não tivesse ido àquele lugar, àquela noite, quando o universo conspirava contra nós, ou a nosso favor?
Quem é que vai nos explicar?
Ninguém. Ou alguém.


Miguel Falabella

05 abril 2008

Amo

Eu amo tudo o que foi,
Tudo o que já não é,
A dor que já me não dói,
A antiga e errônea fé,
O ontem que dor deixou,
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia.




Fernando Pessoa

04 abril 2008

Percebeu?

Você, que sempre esteve tão por perto,
Buscando decifrar meus sentimentos,

Tentando adivinhar meus pensamentos,

Sondando sutilmente o meu deserto ...
Você, parto de dores, de tormentos,

Que tanto assediou do jeito incerto

Um mundo que julgava estar aberto

Aos seus ruidosos e invasores ventos ...

Não percebeu que eu vinha de outra terra,

Sem espaço algum para quem grita Palavras adoçadas com veneno?

Siga o seu rumo ... o meu é diferente ...

Vá sob o sol, caminhe com sua gente ...

Pertenço à noite ... deixe-me ao sereno ...




Silvia Schmidt

03 abril 2008

Saudade e Lembrança!!!!!

Saudade e lembrança: podem parecer sinônimos. Idéia igual, mas diferente no sentir.
Lembrança é da memória, saudade é da alma. Muitas lembranças, poucas saudades.
Lembranças surgem com um cheiro, uma música, uma palavra.
Saudade surge sozinha, emerge do fundo do peito onde é guardada com carinho.
Lembrança pode ser boa, mas quando não é, pode-se afastá-la convocando outra lembrança ou convocando outro pensamento para o lugar, ligando a TV ou lendo o jornal.
Saudade é sempre boa, mesmo quando dói, e não se apaga mesmo que outra pessoa tente ocupar o lugar vazio. Ela pode coexistir com um novo amor, sem machucá-lo.
Lembrança é de algo real, de um lugar, uma época, uma pessoa.
Saudade pode ser do que não houve, de uma possibilidade, de lábios jamais tocados.
Lembrança pode ser contada, medida, localizada, e com algum esforço, pode até ser calculada com uma fórmula matemática, ao gosto dos engenheiros.
Saudade é dos poetas, é pautada em rimas e melodias; vontade de ver outra pessoa segundo os poetas, teria outro nome, seria uma saudade com tempero, eu acho.
Lembrança pode ser sem som, pode não doer.
Saudade jamais é sem som. Se ela não vier com música de fundo, a gente coloca, só para ficar mais bonita, mais gostosa de sentir, para preencher mais a alma vazia.
Lembrança vence a morte, mas conforma-se com a ausência, respeita convenções.
Saudade ignora a morte, vence distâncias, barreiras e preconceitos.
Lembrança aceita nosso comando, vai e volta quando queremos.
Saudade é irreverente, independente e auto suficiente.
Solange Gouvêia

02 abril 2008

Eu queria

Eu queria te falar do meu amor, mas o amor foi feito, muito mais para ser sentido, do que pra ser falado...
Eu queria te falar do meu amor, mas o amor existe pra ser escutado, muito mais pelo som dos nossos beijos, do que pelas juras e palavras que saem de nossas bocas...
Eu queria te falar do meu amor, mas o amor floresce, muito mais para ser colhido com a arte de um jardineiro, do que para ser arrancado fora de hora do seu pé...
Eu queria te falar que o meu amor, embora queira liberdade, também adora ser atado por abraços apertados, enrolados em echarpes de seda...
Eu queria te falar do meu amor, mas só sei ouvir a música do nosso desejo quando se materializa, repetidamente, entre as notas que ecoam dos violinos e flautas...
Eu queria te dizer muitas coisas, mas só sei da certeza de te amar muito mais do eu pensei que ia amar um dia!

Maria Eugênia

01 abril 2008

Matar as Saudades!!!!

Ultimamente, ando pensando muito nesse termo tão comum em nossa linguagem cotidiana: matar saudades. A gente não mata saudades, pelo menos não deveria.
Depois que fiquei sabendo que existe um pássaro e uma planta que também levam esse nome,
aí então é que fiquei mais receoso de estar sendo ecologicamente incorreto.
Saudade é para ser sentida e curtida como vinagrete.
Para ser uma saudade verdadeira, ela tem de ser duradoura e perene como diria um cantor da década de 30. Mas, saudade é isso mesmo, um sentimento brega, uma canção nostálgica, um almanaque do amigo-da-onça, lembram?
Mas, pensando bem saudade também pode ter um gosto de Pasquim. Que saudades da Leila Diniz !
Eu sinto saudades de tudo.
De odores, lugares, amigos de trabalhos anteriores, do gosto do sorvete de pistache, maçã do amor, de alguns beijos e até de mim mesma.
Saudade transformada em imagem é um navio enorme no começo.
E com o passar do tempo vai se transformando em uma jangada, mas a gente nunca deixa de vê-la no horizonte.
Saudade é insistente como pernilongo em dia de calor, resiste ao remédio, às chineladas, ao jornal, mas não se deve matá-la não !
A vantagem de não se matar a saudade, além de estar garantindo a preservação da espécie,
é que a gente sempre pode contar com a companhia dela.
Isso sem mencionar que quando matamos uma saudade estamos matando um pouquinho de nós mesmos e tudo o mais que esteja envolvido com a própria.
Por isso sou adepto da liberdade total para a saudade.
Ela deve poder exercer seu direito legítimo de ir e vir quando quiser e entrar e sair do peito como os pássaros migrantes. Acho mesmo que vou instituir direitos humanos para a saudade.
Se saudade tivesse cor, seria azul.
Não aquele azul chinfrim, desbotado de calça jeans! Seria azul como alma de anjo.
A saudade nas crianças pequenas é convertida em lágrima, choro sentido mesmo. Elas não desejam matar a saudade, só amenizá-la em um colo aconchegante, de preferência naquele que pertença ao objeto dessa saudade.
Isso me faz lembrar das saudades que sentimos das carícias de quem amamos.
Dá para matar essa saudadezinha tão gostosa?
Se saudade tivesse uma estação própria seria o Outono ou a sua estação preferida.
Mas uma coisa eu devo admitir, que a danada da saudade rouba nossa paz, lá isso rouba !
Parece uma fome que não passa, uma dor sem lugar fixo, o outono dentro dos olhos …
Mas, saudade não é para ser matada. Saudade é para ser suavizada, amenizada, saciada e às vezes embalada.
Hoje carrego a bandeira da preservação da saudade. Que seria dos compositores e poetas sem ela ?
A saudade deve ser como uma estrela muito brilhante em nossas vidas, à noite nos impressiona e quase sufoca com seu brilho e de dia desaparece só para nos deixar com um pouco de saudades…
Se saudade fosse música, teria uma boa representação na canção do Djavan que diz
“ ... Um dia frio, um bom lugar prá ler um livro, e o pensamento lá em você, eu sem você não vivo … ”
E dá para viver sem saudades ?

Leila Barros