O amor é o murmúrio da terra quando as estrelas se apagam e os ventos da aurora vagam no nascimento do dia...
O ridente abandono, a rútila alegria dos lábios, da fonte e da onda que arremete
do mar...
O amor é a memória que o tempo não mata, a canção bem-amada feliz e absurda...
E a música inaudível...
O silêncio que treme e parece ocupar o coração que freme quando a melodia do canto de um pássaro parece ficar...
O amor é Deus em plenitude a infinita medida das dádivas que vêm com o sol e com a chuva,
seja na montanha, seja na planura a chuva que corre e o tesouro armazenado no fim do arco-íris.
Vinicius de Moraes
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