01 janeiro 2012

Amadurecer

Quando com olhar de espanto percebemos que já não temos mais a vida toda pela frente
Quando olhando para trás percebemos
Que muitos anos se foram
E que já não nos damos conta de quantos ainda restarão
Sinto uma saudade imensa
Daqueles dias em que falávamos: " temos a vida toda pela frente"
Sim, era ilusão... nunca teremos a vida toda cada segundo que passa leva um pouco de nós
Quando for noite em meu dia
Não quero que sofras muito
Só chore um pouco
Para alimentar meu lado mais dramático
Você sabe que sou assim, intensa
E que eu morro e renasço todos os dias
Você sabe que eu gosto de chegar ao fundo do poço
Que eu não tenho medo da escuridão
Que eu pergunto pela morte
E que eu não me assusto com a tristeza
Ela já me é familiar
Não se assuste quando eu partir
Tantas vezes já disse adeus
Muitos deles pra ver se você acordava e voltava
Eu vivo a me despedir, só pra ver se ganho um abraço
Uma lágrima em sua face mas, só vejo assim
você me olhar com olhos de espanto
Amor, não quero olhos de espanto
Quero olhos de amor
Quando eu morrer... você vai me olhar com estes olhos de espanto?
Por favor, neste dia não... olhe-me com olhos de amor.

Dafne Stamato

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