02 fevereiro 2010

O Mito do Amor impossível

O Amor ou é ou não é. Ou se sente ou não.Se se sente, existe, logo é possível, se não se sente não é, não existe portanto o impossível fica de fora.
Associa-se amor impossível a um amor não correspondido, ou, amor a alguém que não se pode ter.
Amor correspondido implica pois condição, se tal condição não se der, deixa por isso de ser amor?
Quem diz que amor só se pode conjugar no plural, se for no singular quem poderá afirmar que é impossível?
Eu amo, logo quero, por associação, tenho, possuo!
Ninguém é dono de ninguém nem mesmo no amor.
Será pois impossível amar alguém que não se pode ter?
Se existe alguém que é a razão do meu sorriso, impossível é eu deixar de sorrir.
Amor é mais do que condição ou posse.
Amar é dar e, só se pode dar o que se tem.
No amor não existe o se, ou se sente ou não se sente.
O amor ou é, ou não é, logo o impossível fica de fora.

6 comentários:

  1. Antonio2/2/10

    No rádio, música romântica. Na televisão, novela romântica.
    Contagiadas pelo romantismo, as pessoas começaram a falar sobre o amor. Fiquei calada. Mas quando indagada sobre o amor, comecei a pensar. E pensando, fui escrevendo.
    Sonhar com um amor, não é fazer do sonho uma ave que, voa livre e independente, sem retornar ao ponto de partida. Mas, fazer do sonho uma pipa que, voa, enquanto o tempo for bom e o vento favorável. Se uma tempestade se aproxima, podemos recolher a pipa (o sonho) e aguardar dias melhores. É o que chamo de sonhar com os pés no chão. Não consigo só pensar e pensar... idealizar e não realizar. Aliás, a melhor definição que li sobre a mulher capricorniana, dizia: "No amor tem uma determinação de aço: quer ou não quer. Ela não se satisfaz com pouco afeto. Economia de amor, dela e para ela, não significa nada. Emoção é para gastar. O sonho tem que ser praticado."

    continua....

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  2. Antonio2/2/10

    Amor platônico, aquele que nunca se concretiza, deve ser triste demais. "Platônico" vem de Platão, o filósofo grego que acreditava na existência de dois mundos - o das ideias, onde tudo seria perfeito e eterno, e o mundo real, finito e imperfeito, mera cópia mal-acabada do mundo ideal.
    Amor virtual, pode ser desgastante demais e emocionalmente perigoso. A comunicação somente através da escrita e da voz, facilita a construção de pessoas idealizadas. Facilita ver romantismo onde só há fantasia. Como amar alguém sem rosto? Amar alguém muito distante, que não possa ser visto nem tocado, me parece impossível, se não houver de ambas as partes interesse em um conhecimento real.
    Mesmo sendo mulher e poetisa, não me acho romântica. Fui pesquisar sobre romantismo, para ter certeza de que sei o exato significado da palavra. Encontrei num site de psicologia uma descrição de pessoa romântica: não esquece o dia em que conheceu o seu amor e comemora a cada mês a data inesquecível; guarda a música que tocava quando dançaram pela primeira vez; manda cartõezinhos com palavras apaixonadas com ou sem pretexto; quer encontrar-se com seu parceiro em lugares bonitos; comer à luz de vela; etc.
    E, no mesmo site, uma descrição da pessoa "não romântica": ama de forma diferente mas nem por isso ama menos; prefere arroubos de amor do que o ritual do romântico; não manda flores na data esperada e vive o dia-a-dia de forma mais racional e objetiva.
    Uma mulher aparentemente "não romântica", pode passar a vida toda fazendo os pratos que cada membro da família gosta. E, ninguém perceber que, em cada prato especial, havia um recado, um "eu te amo", um "parabéns". Se ela colocasse cartõezinhos com mensagens nos pratos, seria considerada romântica? Certos gestos românticos, só são úteis, para quem se sente obrigado a provar que ama ou quem tem tempo sobrando para gastar.
    Num outro site, encontrei uma interessante observação sobre tipos de romance: obrigatório e opcional. No obrigatório, comemora-se datas fixas (aniversário, Natal, Dia dos Namorados). No opcional, é preciso ser mais criativo - comemorar datas "surpresa" ou fazer pequenas e grandes surpresas.
    Comemorar somente datas fixas é monótono. Enviar todos os anos as mesmas rosas vermelhas no dia do aniversário. Dar o novo cd do Roberto Carlos no Natal. Comprar os mesmos bombons e as mesmas rosas vermelhas no Dia dos Namorados. Gosto mais da ideia do romance opcional. Mandar bilhetinhos ou poesias no dia-a-dia é uma de minhas preferências. Adoro surpresas e, mais ainda, surpreender.
    Há quem faça distinção entre presente e lembrança. Presente seria dar algo que desejamos que o presenteado tenha. Lembrança seria dar algo que a pessoa que vai receber deseja. Creio que o nome certo não importa, quando se recebe algo desejado. Nem todas as mulheres sonham em receber um buquê de rosas. Há aquelas que preferem receber margaridas. E, para saber, basta observar ou perguntar.
    Enquanto pensava e escrevia, concluí que, estou bem satisfeita, com meu modo "não romântico" de amar. Não tenho coleção dos papéis de bombons recebidos, pétalas de flores dentro de livros, retratos escondidos em caixas secretas ou qualquer coisa parecida. Tenho muitas poesias escritas, dedicadas a quem as mereceu, e, o mais importante, muitas lembranças guardadas só de memória, porque nunca tive diário.


    Lenise Resende

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  3. Sara2/2/10

    Não sei bem se há amores impossiveis...

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  4. Sonia2/2/10

    Não há amores impossíveis, o que há é impecilhos que com mt amor podem ser ultrapassados.

    Gosto mt do teu blog.

    beijos meus.

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  5. Anônimo2/2/10

    Verdade, a gente gosta de classificar como impossível aquilo que não tem coragem de buscar.

    Beijos

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  6. Pensadora apaixonada2/2/10

    Se todos desistissem diante do que parece ser impossível, ainda estaríamos morando em cavernas e caçando com pedras.
    Sonhe, amiga, nunca desista. Com os pés na realidade, claro, mas sem medo de ousar.
    Quem sabe o impossível não possa ser mais possível do que parecia?

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