Acredito profundamente na máxima que diz: “Quem ama cuida”, e percebo que tal ditado se estabelece como critério avaliativo para pesarmos nossos relacionamentos.
Quer saber quais as coisas que você ama?
É só verificar atentamente as coisas das quais você cuida, pois a gente só percebe que ama depois que descobre que cuida.
Você ama sua família? Seus amigos? Sua esposa (o)? Você cuida destes?
Quanto tempo você gasta com eles?
Ou seu amor é apenas um vago sentimento que não muda em nada a vida dos que lhe são caros…
Amor implica atitude, não existe amor estático, só de palavras; quem ama incomoda.
Amar é buscar o outro, é preocupar-se com ele, é gastar tempo com a pessoa e por causa da pessoa.
Amar é ter a coragem de se expor pelo outro.
Não acredito naqueles que dizem nos amar, mas não fazem nada para que nossa vida se torne melhor. Quem ama dá um jeito, arranja tempo, liga, se envolve; enfim, se faz presença.
Não se constroem grandes relacionamentos por meio de cursos de correspondência.
Para que os laços se aprofundem é preciso gastar tempo ao lado do outro. Deus nos livre de relacionamentos superficiais, nos quais o que impera é a representatividade e o cuidado é ausente…
Amor sem cuidado é arte sem encanto, é corpo sem alma, é abstração.
E mais: será que nós nos amamos? Será que cuidamos de nós, de nosso visual, de nosso coração?
Será que investimos em nós? É impossível cuidarmos de alguém se não aprendemos a nos cuidar.
E também, por vezes, teremos que aprender a nos deixar cuidar pelos outros, pois, do contrário, correremos o risco de morrer isolados em nossa própria resistência.
O que você ama? Do que você cuida ou precisa cuidar?
Ainda dá tempo, sempre dá…
Adriano Zandoná
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