04 março 2010

Amor antigo

O amor antigo vive de si mesmo não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede.
Nada espera, mas do destino vão nega a sentença.
O amor antigo tem raízes fundas, feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito, e por estas suplanta a natureza.
Se em toda parte o tempo desmorona aquilo que foi grande e deslumbrante,
o antigo amor, porém, nunca fenece e a cada dia surge mais amante.
Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste?
Não.
Ele venceu a dor, e resplandece no seu canto obscuro, tanto mais velho quanto mais amor ...

Carlos Drummond de Andrade

3 comentários:

  1. Oiee...4/3/10

    É verdade, o amor verdadeiro fica quiétinho...ele sabe a hora certa de apresentar-se e quando renegado, ainda assim permanece forte e vai embora devagarinho, pois sábio ele entende que o sofrimento sera menor.

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  2. Anônimo4/3/10

    acredito que ele nunca vai embora, ja que eh verdadeiro.....

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  3. Anônimo30/3/10

    OXALÁ O AMOR VERDADEIRO FOSSE EMBORA....E ÁS VEZES ELE NEM SE APRESENTA PARA NÃO SER RENEGADO.

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