Experimente olhar tudo em seu fluxo feito de conexões e desconexões eternas e começará a compreender a complexidade da tarefa de viver.
Vida é o drama criativo da existência. Existir e insistir será sempre problemático.
Impõe cautela, acuidade, observação, ausência de plenas respostas.
Viver dói, mas cura. Apesar do erros.
Repare em tudo o que começa a dar certo dentro de você, compatibilizando seu ser com a sua vida. Prepare-se para o que começa a se encaminhar para o que é bom em você!
Seja capaz de aceitar e também enfrentar tudo de melhor que tem.
É preciso força e coragem para aceitar o bem que mora em nós.
Coragem serena, não arrogância.
Prepara-se para a sua capacidade de amar, para sua melhor beleza, para fazer cada vez melhor o que você sabe, seja quindim, amor, coleção de selos, estudos transcendentais, harpa, pipoca, sinuca ou cirurgia ocular.
Prepara-se para dar certo. Para ser querido. Para merecer o amor que teme.
Aceite a pluralidade da vida. Somos vários num só e há muitas verdades no mundo, todas precárias. “Há tantas religiões quanto pessoas” (dizia Ghandi).
Há tantos métodos quanto indivíduos. Experimente descobrir e até, se for possível, aceitar a visão da verdade que impulsiona o seu adversário e anima a luta de seu inimigo.
Ouça o que ele tem a ensinar ainda que sob o manto da maldade ou da injustiça.
Pense em todas as direções, com mão e contramão em cada estrada.
Repare que só cresce e melhora quem entra, enfrenta e aceita o seu pior.
Abra-se sem receio para tudo o que seja compreensão, até do que nunca foi nem será entendido.
Aceite a complexidade que faz a vida e anima o homem a se agitar neste mundo, buscando realizar o que nunca conseguirá plenamente, mas lhe dará o alívio do dever cumprido uma das grandes Graças de Deus.
Arthur da Távola
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