Quando eu decidi ficar límpido e buscar corpo a corpo a infelicidade para jogar os dados, encontrei a mulher que me acompanha a torto e direito na noite na nuvem e no silêncio.
Esta é Matilde, desde Chillán chama-se assim, e chova ou troveje ou saia o dia com seu pêlo azul ou a noite delgada, ela, sempre-sempre, pronta para minha pele, para meu espaço, abrindo todas as janelas do mar para que a palavra escrita voe, para que se cubram os móveis de signos silenciosos, de fogo verde.
Pablo Neruda
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