Acordar, viver...
Como acordar sem sofrimento?
Recomeçar sem horror?
O sono transportou-me àquele reino onde não existe vida e eu quedo inerte sem paixão.
Como repetir, dia seguinte após dia seguinte, a fábula inconclusa, suportar a semelhança das coisas ásperas de amanhã com as coisas ásperas de hoje?
Como proteger-me das feridas que rasga em mim o acontecimento, qualquer acontecimento que lembra a Terra e sua púrpura demente?
E mais aquela ferida que me inflijo a cada hora, algoz do inocente que não sou?
Ninguém responde, a vida é pétrea.
Drummond
Drumond é maravilhoso. Que falta nos faz.
ResponderExcluirLigia ( nova esperança)
Lendo um texto como este chega a dar nózinho na garganta. Pare e pense no que escreveu o poeta
ResponderExcluirEee Valério. O espaçõ é muito interessante. parabéns, voce caprichou mesmo.
ResponderExcluirLuiz Carlos