Não gosto de meias palavras.
Prefiro o silêncio aos gritos ensurdecedores das pessoas com quem tenho de falar e que não me dizem nada.
Não gosto de engolir palavras que não mereço, nem de desculpas esfarrapadas.
Não gosto de pessoas que só querem o que não têm e quando têm o que querem, não sabem do que gostam.
Não gosto de ouvir, talvez, não sei, sei lá, depois vê-se, tem paciência.
Não gosto que me peçam desculpa.
Não gosto que me prometam e não cumpram, de encontros desmarcados e de esperas infinitas.
Não gosto de gritos, de confusões, de gestos teatrais e dramatismos.
Não gosto de intrigas e de histórias mal contadas, não gosto de meias verdades.
Não gosto de palavras sem sentido e de falar por falar.
Não gosto que falem comigo e não me olhem nos olhos.
Não gosto de palavras arrastadas e de segredos mal guardados.
Não gosto de pessoas que andam de nariz empinado e se acham melhores que os outros.
Que pensam que sabem tudo e que falam com arrogância, que têm um ar de gozo, mas que choram por dentro.
Não gosto de perder tempo, prefiro gastá-lo com o que mais gosto.
Não gosto de lágrimas de crocodilo nem de sorrisos amarelos.
Não gosto de pessoas que falam mansinho ao chefe e levantam a voz à mulher da limpeza.
Não gosto de pessoas que sabem que não têm razão e ainda assim não o admitem.
Não gosto de não poder acreditar nas outras pessoas nem de voltar atrás na palavra e ainda menos que voltem atrás comigo.
Não gosto de pessoas que não olham os meios para atingir os seus fins.
Não gosto de pessoas que só vêm o seu lado e que esquecem todos os outros.
Não gosto quando não dizem que gostam de mim, quando o sentem na realidade.
Não gosto de ter saudades daquilo que gosto.
Não gosto que se esqueçam dos meus anos, nem de mim, mas principalmente não gosto que quando esquecida, não me guardem num lugar do coração.
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