17 setembro 2008

O teu corpo

Deixa-me acordar, sorrir, espreguiçar
Em cada alvorada de sonos inquietos
Pensamentos lentos, lista de afetos
Tua voz sentir, ato de inventar
Desenho o teu corpo enquanto desperto
De suave tecido em mãos de ternura
Que beijo e rebeijo com tanta doçura
E amo e possuo como se estivesses perto
Que venham sóis, chuvas ou tormentas
Que toquem os sinos abordando rebates
Que caiam ferros, pedras, alicates
Que as bocas estejam secas e sedentas
Oh... como adoro o teu corpo de frescura
Razão das razões... toque de magia
Que invade o meu, deixando nostalgia
Saudade intensa, retrospectiva pura
Corpos colados, invasão das mentes
Selados em lençóis ou calmas areias
Torcendo, mexendo, como centopéias
Acabando molhados, sôfregos, ardentes
Adoro o teu corpo de sonho e desejo...
Suporte de um todo que vejo e revejo.
Angelo Gomes

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente o texto.
Dê sua opinião ou deixe sua poesia, crônica, poema...