Serei eu a chama que arde em ti ou por acaso já se apagou o fogo que deixei de ver nos teus olhos.
Serás tu a minha alma gémea ou incendiou-se o rastilho de paixão que me cega.
Louca esta visão que me surge no horizonte: o sol que se põe, a noite que desliza por entre nós, o cheiro do mar, a flor que nos faz falta, o perfume que nos une.
Ando à procura de um ideal para que amanhã seja um ideólogo, um fantasma ou um psicólogo, alguém por quem possam chamar.
Por isso quero ser alguém, quero ser de alguém e, sem saber bem porquê, entrego-me sem ver a quem, pois é a forma mais fácil de fugir.
Preencho a espaços aquilo que me falta entender.
Em cada passo em falso que dou descubro algo mais e encho a minha já vasta coleção de frustrações.
Entrego-me a quem quer que seja, mas sem nunca me deixar possuir. Aperta-me algo por dentro, foi mais um pedaço que morreu.
Volta de novo o vazio que me pinta por fora, levanta-se o muro que chega a ser ridículo.
Cubro-me de fantasias, crio mitos e personagens, distribuo papéis por aqueles com que me deparo, elaboro maquiavélicos obstáculos e sento-me à espera.
Espero que peguem em mim, que mandem o muro abaixo, que me prendam.
Espero em vão. Troco as voltas à vida, construo um labirinto à minha volta e perco-me.
Devolvo a paz ao mundo nas horas em que me deixo dormir para, mais tarde, voltar ainda mais insaciável.
Fecho os olhos, continuo a fugir, tropeço em mais alguém que ficou por amar, mais um erro de percurso. Mas continuo nesta minha entrega, a quem quer que seja.
Continuo a fingir para a vida seja eu de quem for.
Continuo a viver do engano e mantenho-me fiel a esta espécie de infidelidade da qual ninguém está a salvo.
Este é o meu furacão, o meu tsunami que arrasta almas, corações e deixa um rasto terrível de desilusões.
Serás tu a minha alma gémea ou incendiou-se o rastilho de paixão que me cega.
Louca esta visão que me surge no horizonte: o sol que se põe, a noite que desliza por entre nós, o cheiro do mar, a flor que nos faz falta, o perfume que nos une.
Ando à procura de um ideal para que amanhã seja um ideólogo, um fantasma ou um psicólogo, alguém por quem possam chamar.
Por isso quero ser alguém, quero ser de alguém e, sem saber bem porquê, entrego-me sem ver a quem, pois é a forma mais fácil de fugir.
Preencho a espaços aquilo que me falta entender.
Em cada passo em falso que dou descubro algo mais e encho a minha já vasta coleção de frustrações.
Entrego-me a quem quer que seja, mas sem nunca me deixar possuir. Aperta-me algo por dentro, foi mais um pedaço que morreu.
Volta de novo o vazio que me pinta por fora, levanta-se o muro que chega a ser ridículo.
Cubro-me de fantasias, crio mitos e personagens, distribuo papéis por aqueles com que me deparo, elaboro maquiavélicos obstáculos e sento-me à espera.
Espero que peguem em mim, que mandem o muro abaixo, que me prendam.
Espero em vão. Troco as voltas à vida, construo um labirinto à minha volta e perco-me.
Devolvo a paz ao mundo nas horas em que me deixo dormir para, mais tarde, voltar ainda mais insaciável.
Fecho os olhos, continuo a fugir, tropeço em mais alguém que ficou por amar, mais um erro de percurso. Mas continuo nesta minha entrega, a quem quer que seja.
Continuo a fingir para a vida seja eu de quem for.
Continuo a viver do engano e mantenho-me fiel a esta espécie de infidelidade da qual ninguém está a salvo.
Este é o meu furacão, o meu tsunami que arrasta almas, corações e deixa um rasto terrível de desilusões.
Carlos Miguel Leite
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