11 outubro 2012

Soneto


Não chame o meu amor de Idolatria
Nem de Ídolo realce a quem eu amo,
Pois todo o meu cantar a um só se alia,
E de uma só maneira eu o proclamo.
É hoje e sempre o meu amor galante, Inalterável, em grande excelência;
Por isso a minha rima é tão constanteA uma só coisa e exclui a diferença.
'Beleza, Bem, Verdade', eis o que exprimo; 'Beleza, Bem, Verdade', todo o acento;
E em tal mudança está tudo o que primo,
Em um, três temas, de amplo movimento. 'Beleza, Bem, Verdade' sós, outrora;
Num mesmo ser vivem juntos agora.


William Shakespeare

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