30 junho 2008

Felicidade

Você já pensou no sentido da palavra "felicidade"?
Geralmente, o que se ouve é que felicidade não existe, que o quê existem são apenas momentos felizes.
Será mesmo que algo tão grandioso como a felicidade consiste apenas em coisas tão transitórias?
Ai, eu lhe pergunto: será mesmo?
Estará a felicidade apenas num carro novo?
Estará a felicidade no encontro de alguém que "fará" você feliz?
Estará a felicidade numa viagem pela Europa?
Estará a felicidade na compra de uma casa nova?
Na verdade, a felicidade real e concreta está dentro de cada um de nós.
Só que, para reconhecê-la como verdadeira, faz-se necessário uma análise de vida...
Você já reparou nas coisas boas que o(a) cercam?
Já notou como, todos os dias, tantas coisas boas acontecem?
Já observou que a vida é um fluir contínuo como as águas de um rio,
no qual você navega, só que, muitas vezes, contra a correnteza?
Estar alegre pode ser passageiro, mas estar feliz é eterno e não depende de nada.
Basta apenas que você olhe para dentro de si mesmo(a) e acredite em tudo o que pode realizar, naquilo que pode construir.
Aprenda a dar valor a você, às suas qualidades, a esses dons especiais que ganhou no "kit eu" quando você nasceu.
Você certamente é uma pessoa feliz, só que as vezes não sabe. Quantas coisas desenvolveu sozinho(a)?
Quantas vitórias já conseguiu em sua vida, sem a ajuda de ninguém...
Não sei se minhas observações são corretas, mas escrevo e falo aquilo que sinto. E sinto que a vida se apresenta muito simples.
Conviver com outras pessoas talvez seja o mais complexo. Conviver consigo mesmo(a) pode ser o mais delicado. A primeira amizade é feita com a gente mesmo.
Você já fez amizade consigo? Você é sua amiga ou seu amigo de verdade?
Será que está a seu favor ou contra si mesmo(a)?
Tudo bem, viver não obedece a nenhum manual de instruções ou fita de vídeo. A gente já nasce sabendo.
Vem de dentro, vem da inteligência nata, daquela coisa de se Ter o entendimento de saber que vida é arte e não um contínuo sofrimento.
Então, que tal ser feliz de verdade?
Que tal valorizar-se enquanto ser vivente, não importa seu grau
de humanidade. Lembre-se de que dentro de você existe um mundo vivo...
Que tal jogar fora os valores antigos, que fazem parte de uma velha mobília da qual tem medo de se desfazer pois toda a transformação implica em perda e você tem medo de mudar?
Descubra a felicidade dentro de você e busque aceitá-la sem medo.
Sem medo de sorrir muito hoje e chorar amanhã.
Sem medo de demonstrar para as outras pessoas a alegria natural que vem de dentro do seu coração e que muitas vezes incomoda muita gente.
Sorria com mais freqüência!
Acorde de manhã de bom humor!
Quando perguntarem como vai, diga que está cada vez melhor!
Assuma a condição de ser feliz de verdade não importando nqualquer tipo de dificuldade.
Você as vence, com certeza!
E mais um recadinho: manifeste essa condição de ser feliz de forma permanente em tudo aquilo que fizer.
Felicidade é transmissível!
Pense nisso...

Milagre

O amor é um milagre que não acontece todos os dias...
Ele chega sem avisar, nos toma a maior parte do dia e quando chega a noite, ele queima por dentro da gente.

O amor nos dá asas, nos faz acreditar na liberdade, nos faz acreditar que é possível, que alguém, em algum lugar, faz tudo pra nos fazer contente.

O amor lapida até a mais antiga pedra. Nos faz sonhar acordados, nos perdoa, quando estamos desolados.

Nos levanta, quando não temos mais forças, nos acalenta, quando estamos sozinhos.

O amor, pela simples palavra, nos faz sentir importantes, quando, muitas vezes, estivemos no fundo do poço.

O amor, em sua cor toda branca, não pode ser manchado, nem usado pra outros fins, porque por ser intenso, por ser maravilhoso, deve ser cuidado, deve ser acreditado, pra que nunca, em nenhum momento, estejamos diante deste amor, magoados....

Desconheço o autor

27 junho 2008

O lápis

1° qualidade: vc pode fazer grandes coisas, mas não deve esquecer nunca que existe uma Mão que guia seus passos.
Esta mão nós chamamos de Deus, e Ele deve sempre conduzi-lo em direção à Sua vontade.
2° qualidade: de vez em quando eu preciso parar o que estou escrevendo, e usar o apontador. Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final, ele está mais afiado.
Portanto, saiba suportar algumas dores, porque elas o farão ser uma pessoa melhor.
3° qualidade: o lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho da justiça.
4° qualidade: o que realmente importa no lápis não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você.
E Finalmente a 5° qualidade: o Lápis sempre deixa uma marca.
Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida, irá deixar traços...

Paulo Coelho

26 junho 2008

Bom dia

Em primeiro lugar, antes de se levantar alongue-se bem, se estique até sentir o quanto você é maior que você mesmo. Abra a janela e diga: "Bom dia, dia!
O dia irá te receber muito melhor e será muito mais fácil enfrentá-lo.
Se você encontrar, no decorrer do dia, com pessoas indelicadas, perversas e que subestimam a sua inteligência não dê tanta importância.
Elas podem não perceber o que fazem, mas você com certeza estará atento a tudo de ruim que ameace azedar seu dia.
O problema que tiver, enfrente-o. Não fique dando voltas, fingindo que ele não existe. Se ele acontece, é para ser resolvido. Se for grande demais, vá resolvendo parte por parte até que ele fique bem menor.
Dê atenção especial a todos que são gentis com você, e com certeza receberá gentileza também.
Só não se esqueça que nem todos os dias são bons para todos.
Dê à sua paciência, à sua compreensão e ao seu raciocínio todo fôlego que eles precisam.
Pense duas vezes se tiver que engolir algum "sapo". Lembre-se, ele pode ser indigesto demais.
E, mesmo que hoje o seu dia seja bastante atarefado, não se esqueça de deixar alguém feliz, mandando um oi a quem você quer bem.
Talvez amanhã o seu dia seja muito mais ocupado que hoje.
Que você tenha um "lindo dia".





Nao conheço a autoria

25 junho 2008

Inimigo do Amor

O amor em nada é razão, antes loucura...pura!
Amor é querer estar junto, sempre!
Continuamente, ininterruptamente.
Não suporta “apartheid”.
Porque sua espécie é feita de sentimento
De anseio, de paixão.
Não suporta distância.
Necessita o alcance dos olhos, nunca ausência.
Quanto se descobre o amor... nada os faz independente
Quer-se estar acoplado, todo o tempo, o tempo todo...
Somente ele, o tempo, aliado à distância,
É inimigo do amor...
Sente-se morrer a princípio.
Sente-se as forças se esvaindo.
A coragem partindo.
Quer-se morrer... morrer de saudades.
De pesar, de lembranças.
Quer-se morrer de dor...
pois, no coração não há cor.
Morrer de angústia interminável, infinita.
Desfalecidas forças.
Oh! miserável ser vivente.
Que indubitavelmente, quer entrega-se a tristeza
À melancolia e nostalgicamente à agonia
De viver com tanto pesar... definha-se ao pensar.
Alucinantemente louco... aos poucos...
Mira longinquamente a ausência.
Para completar sua lacuna, sua carência,
Quer-se morrer... Morrer de amor.
Amor, essa maneira insana de ser e de viver.

Rosy Beltrão

24 junho 2008

O Inacabado que há em mim

Eu me experimento inacabado.
Da obra, o rascunho. Do gesto, o que não termina.
Sou como o rio em processo de vir a ser. A confluência de outras águas e o encontro com filhos de outras nascentes o tornam outro.
O rio é a mistura de pequenos encontros.
Eu sou feito de águas, muitas águas. Também recebo afluentes e com eles me transformo,
O que sai de mim cada vez que amo?
O que em mim acontece quando me deparo com a dor que não é minha, mas que pela força do olhar que me fita vem morar em mim?
Eu me transformo em outros? Eu vivo para saber.
O que do outro recebo leva tempo para ser decifrado.
O que sei é que a vida me afeta com seu poder de vivência.
Empurra-me para reações inusitadas, tão cheias de sentidos ocultos.
Cultivo em mim o acúmulo de muitos mundos.
Por vezes o cansaço me faz querer parar. Sensação de que já vivi mais do que meu coração suporta.
Os encontros são muitos; as pessoas também.
As chegadas e partidas se misturam e confundem o coração.
É nesta hora em que me pego alimentando sonhos de cotidianos estreitos, previsíveis.
Mas quando me enxergo na perspectiva de selar o passaporte e cancelar as saídas, eis que me aproximo de uma tristeza infértil.
Melhor mesmo é continuar na esperança de confluências futuras.
Viver para sorver os novos rios que virão. Eu sou inacabado. Preciso continuar.
Se a mim for concedido o direito de pausas repositoras, então já anuncio que eu continuo na vida. A trama de minha criatividade depende deste contraste, deste inacabado que há em mim.
Um dia sou multidão; no outro sou solidão. Não quero ser multidão todo dia.
Num dia experimento o frescor da amizade; no outro a febre que me faz querer ser só.
Eu sou assim. Sem culpas.

Pe Fábio de Melo

23 junho 2008

Conselhos para a vida

Desfrute do poder e da beleza de sua juventude. Oh, esqueça. Você só vai compreender o poder e a beleza de sua juventude quando já tiverem desaparecido.
Mas acredite em mim.
Dentro de vinte anos você olhará suas fotos e compreenderá de um jeito que não pode compreender agora, quantas possibilidades se abriram para você e o quão fabuloso você era. Você não é tão gordo/a quanto você imagina.
Não se preocupe com o futuro. Ou se preocupe, mas saiba que se preocupar é tão eficaz quanto tentar resolver uma equação de álgebra mascando chiclete.
É quase certo que os problemas que realmente têm importância em sua vida, são aqueles que nunca passaram pela sua mente, tipo aqueles que tomam conta da sua mente às 4 horas da tarde de uma terça-feira ociosa
Todos os dias faça alguma coisa que te assuste.
Cante.
Não trate os sentimentos alheios de forma irresponsável.
Não tolere aqueles que agem de forma irresponsável em relação aos seus sentimentos.
Relaxe.
Não perca tempo com inveja.
Às vezes você ganha, às vezes você perde.
A corrida é longa, e no final, tem que contar só com você.
Lembre-se dos elogios que você recebe. Esqueça dos insultos.
Guarde suas cartas de amor. Jogue fora seus velhos extratos bancários.
Estique-se.
Não tenha sentimento de culpa por não saber o que você quer fazer da sua vida.
As pessoas mais interessantes que eu conheço não tinham aos 22 anos, nenhuma idéia do que fariam na vida.
Algumas das pessoas interessantes de 40 anos que eu conheço ainda não sabem.
Tome bastante cálcio. Seja gentil com seus joelhos. Você sentirá falta deles quando não funcionarem mais.
Talvez você se case, talvez não. Talvez tenha filhos, talvez não.
Talvez você se divorcie aos 40. Talvez você dance uma valsinha quando fizer 75 anos de casamento.
O que você fizer, não se orgulhe, nem se critique demais.
Todas as suas escolhas tem 50% de chance de dar certo. Como as escolhas de todos os demais. Curta seu corpo da maneira que puder. Use-o de todas as formas que puder. Não tenha medo dele ou do que as outras pessoas pensam dele. Ele é o maior instrumento que você possuirá. Dance. Mesmo que o único lugar que você tenha para dançar seja sua sala de estar. Leia todas as indicações, mesmo que você não as siga.
Não leia revistas de beleza. Elas só vão fazer você se sentir feio.
Saiba entender seus pais. Você não sabe a falta que você vai sentir deles quando eles forem embora pra valer.
Seja agradável com seus irmãos. Eles são seu melhor vínculo com o passado e aqueles que, no futuro, provavelmente nunca deixarão você na mão.
Entenda que os amigos vão e vem, mas que há um punhado deles, preciosos, que você tem que guardar com muito carinho.
Trabalhe duro para transpor os obstáculos geográficos e os obstáculos da vida.
Quanto mais você envelhecer, tanto mais vai precisar das pessoas que te conheceram quando você era jovem. More em New York City uma vez. Mas mude-se antes que ela te transforme em uma pessoa dura. More no Norte da Califórnia. Mas mude-se antes de se tornar uma pessoa muito mole.
Viaje muito.
Aceite algumas verdades eternas: Os preços vão subir, os políticos são mulherengos e você também vai envelhecer. E quando você envelhecer, você fantasiará que quando você era jovem os preços eram razoáveis, os políticos eram nobres e as crianças respeitavam os mais velhos. Respeite as pessoas mais velhas.
Não espere apoio de ninguém. Talvez você tenha um fundo de garantia. Talvez você tenha um cônjuge rico. Mas você nunca sabe quando um ou outro pode desaparecer.
Não mexa muito em seu cabelo. Senão, quando tiver quarenta anos, vai ficar com a aparência de oitenta e cinco.
Tenha cuidado com as pessoas que lhe dão conselhos, mas seja paciente com elas.
Conselho é uma forma de nostalgia. Dar conselho é uma forma de resgatar o passado da lata do lixo, limpá-lo, esconder as partes feias e reciclá-lo por um preço muito maior do que realmente vale.

Mary Schmich

20 junho 2008

Regras - regrinhas- Leia e reflita

1: Não chame de maldade o que pode ser explicado como indiferença
As pessoas não se importam com você. Não porque são ruins ou hostis, mas apenas porque elas são principalmente focadas em si mesmas. Cerca de 60% dos pensamentos são auto-direcionados.
Meus objetivos. Meus sentimentos. Outros 30% são direcionados aos relacionamentos, porém como eles me afetam.
O que fulana pensa de mim? Como o chefe irá avaliar meu desempenho?
Meus amigos gostam de mim, eu lhes pareço um chato?
Apenas 10% é o tempo gasto com empatia.
Empatia é o evento raro onde uma pessoa realmente sente as emoções, os problemas e as perspectivas do outro.
Em vez de perguntar o que fulana pensa de mim, eu me pergunto o que fulana está pensando.
Dentro desses 10%, a maior parte das pessoas divide sua atenção entre centenas de outras pessoas que elas conhecem. Como resultado, você ocupa uma pequena fração de uma porcentagem nas mentes da maioria das pessoas, e apenas o dobro desse percentual em um relacionamento profundamente estreito.
Mesmo se você estiver nos pensamentos de alguém, será como a relação de vocês lhe afeta, e não a você.
O que isso significa?-
A timidez não faz muito sentido.
Desde que os outros estão focando apenas uma porção ínfima de seus pensamentos em julgá-lo, seus auto-julgamentos são preponderamentemente muito maiores.- Pessoas que parecem ser hostis geralmente não o são intencionalmente.
Há exceções para isso, mas geralmente a ofensa que você sente é um efeito colateral, não a causa principal.- Manter relações é tarefa sua.
Não espere ser convidado para festas ou que as pessoas se aproximem de você.
2: Poucos comportamentos sociais são explícitos
Basicamente essa regra significa que a maioria das intenções por trás de nossos atos são ocultas. Se alguém sente depressão ou raiva, geralmente os comportamentos resultantes distorcem os verdadeiros sentimentos.
Se eu sinto você me esnobando, devo segurar minha língua e te ignorar lá na frente.Há aquela velha piada de que as mulheres usam palavras como "tudo bem" ou "vá em frente", quando elas realmente sentem o oposto.
Mas há homens que também fazem isso em situações de polidez, embora não da mesma forma.
A aplicação dessa regra é que você precisa focar na empatia e não apenas em escutar.
Mostre confiança e compreensão; aprenda a sondar um pouco. Focando na empatia você pode chegar ao coração da questão rapidamente.
A outra aplicação dessa regra é que na maioria das vezes em que você sente algo, ninguém sequer saberá o que é. Se você disfarça seus pensamentos com suas ações, não fique nervoso ao confundir os outros.
3: O comportamento é largamente direcionado ao altruísmo egoísta
Dizer que todo mundo é completamente egoísta é um exagero grosseiro, que ignora todos os atos de bondade, sacrifício e amor, que fazem o mundo funcionar. Mas eu diria que a maior parte do nosso comportamento surge a partir do altruísmo egoísta.
Altruísmo egoísta é basicamente ganhar/ganhar. Isso é, o quanto te ajudar diretamente irá me beneficiar.
Aqui vai um conjunto de categorias principais onde isso é aplicado:
1. Transações - Se eu compro um carro, ambos, eu e o vendedor se beneficiam. Eu levo o veículo que eu quero. O vendedor ganha dinheiro para incrementar seu estilo de vida. Esta é a forma predominante do altruísmo egoísta entre duas pessoas que não possuem laços emocionais.
2. Familiar - Sangue é mais denso que água. Somos condicionados a proteger quem compartilha nossos genes. Isso pode às vezes se estender a amigos extremamente próximos ou alguém que amamos.
3. Status - Ajudar alguém é um sinal de poder. Muitas espécies de primatas oferecem proteção como um sinal de domínio. Pessoas agem similarmente, oferecendo ajuda para aumentar sua auto-estima e reputação.
4. Reciprocidade Implícita - Muitas relações estão baseadas na idéia de que, se eu te ajudo, um dia você irá me ajudar da mesma forma.Alguns comportamentos estão fora desse grupo. Heróis anônimos morrendo por causas que não têm nada a ver com suas vidas. Voluntários devotando seu tempo em missões humanitárias. Mas esses são minoria, enquanto a maior parte das ações pode ser explicada como alguma forma de altruísmo egoísta.Como você pode aplicar essa regra? Entendendo os motivos das pessoas e apelando para eles, uma vez que são egoístas. Encontre meios de servir as pessoas dentro dessas quatro categorias. Não espere que alguém ofereça ajuda fora do altruísmo egoísta, isso não é impossível, mas será improvável.
Pessoas têm memória fraca
Alguma vez você ouviu o nome de alguém numa festa e mais tarde esqueceu? Outra regra do comportamento humano é que as pessoas têm dificuldade de se lembrarem das coisas. Especialmente informações (recordando a regra 1) que não se aplicam a elas mesmas.
Pessoas são mais passíveis de relembrar suas similaridades do que suas diferenças (a menos que estejam emocionalmente envolvidas por elas).
O fato é que a maioria das pessoas não tem uma agenda organizada. Pessoas são esquecidas por natureza, então, não julgue que seja maldade ou desinteresse se alguém te esqueceu. O outro lado dessa regra é que você pode conquistar confiança e simpatia, tendo uma boa memória ou uma agenda (se ela não falhar).
5: Todo mundo é emocional. Talvez isso seja um exagero. Mas as pessoas tendem a ter fortes sentimentos, porém escondem. Isso é facilmente explicável: qualquer um que saia por aí tendo explosões de ira, ou demonstre depressão ou entusiasmo gritante, é olhado com estranheza na maioria das culturas.
A aplicação dessa regra é não achar que está tudo bem apenas porque alguém não teve um ataque de nervos. Todos nós temos os nossos problemas individuais, medos e preocupações. Você não precisa convidar as pessoas a falar de seus problemas particulares, mas ter sensibilidade em captar esses processos internos dará a você uma vantagem em tentar ajudar.A aplicação alternativa dessa regra é similar à regra 2.
Pessoas geralmente supõem que tudo está bem com você, a menos que você estoure.
6: Pessoas são solitárias.
Esta é outra generalização ampla. Mas é incrível como muitas pessoas que parecem ter tudo, sofrem crises de solidão. Como animais sociais, as pessoas são especialmente sensíveis a qualquer ameaça de abandono. No tempo das cavernas, o exílio significava a morte, portanto a solidão e o desejo de estar com outras pessoas é algo poderoso. A aplicação para essa regra é que a solidão é perfeitamente comum, e nesse caso, você não está realmente só.
Eu costumava ficar chateado quando me via sozinho ou deslocado em algum grupo social. Porém, uma vez que eu também sou um ser humano, procuro encarar esse sentimento como perfeitamente normal, e isso me ajuda a minimizá-lo.
7: Já mencionei que as pessoas são ocupadas consigo mesmas? Isso pode soar como uma reiteração da regra 1, mas eu creio que as aplicações se estendem para além dos relacionamentos e do nosso estado emocional. Saber que as pessoas tendem a ser muito auto-centradas para te dar muita atenção, que elas tendem a ser mais solitárias, mais emocionais e se sentem diferentemente do que deixam transparecer, tudo isso irá afetar o modo como você vê o mundo.
Em alguma situação, essa perspectiva poderá lhe tornar mais pró-ativo e independente.
Desde que eu comecei realmente a compreender essas regras, tudo isso fez muito mais sentido do que eu pude me dar conta. Colocando sua felicidade individual nas mãos de outra pessoa (ou pessoas), você está ignorando todas essas regras, e agindo por sua conta e risco.
Eu gosto de ter uma visão otimista, porém realista, das pessoas.
Geralmente, elas pensam de si o melhor, mas cometem equívocos e sofrem por uma preocupação excessiva consigo mesmas. Em outras palavras, elas são basicamente como você.

Scott H Young Blog

19 junho 2008

Tentação

Ele chegou !
Bagunçou minha vida e tudo mudou, mexeu comigo e me balançou.
Agora estou sózinha, perdida sem seu calor e eu só preciso do seu amor.
Não sei o que faço, se fujo ou corro pra ele, se fico quieta ou digo que estou apaixonada.
Nem preciso beijar pra sentir o calor dos seus lábios.
E sem te tocar... na maciez do seu corpo... eu me acho.
Tentação sei lá quem é você, que me fez enlouquecer,estou morrendo de paixão.
Tentação eu não quero te perder, porque sei que vou sofrer Sem viver essa paixão.


Rosane Marega

18 junho 2008

Campanha da Gentileza

O executivo estava na capital e entrou em um táxi com um amigo.
Quando chegaram ao destino, o amigo disse ao taxista:
- Agradeço pela corrida. O senhor dirige muito bem.
E, ante o espanto do motorista, continuou:
- Fiquei impressionado em observar como o senhor manteve a calma no meio do trânsito difícil.
O profissional olhou, um tanto incrédulo, e foi embora.
O executivo perguntou ao amigo por que ele dissera aquilo.
Muito simples – explicou ele.
Estou tentando trazer o amor de volta a esta cidade e iniciei com uma campanha da gentileza.
Você sozinho? – Disse o outro.
Eu, sozinho, não. Conto que muitos se sintam motivados a participar da minha campanha.
Tenho certeza de que o taxista ganhou o dia com o que eu disse. Imagine agora que ele faça vinte corridas hoje.
Vai ser gentil com todas as 20 pessoas que conduzir, porque alguém foi gentil com ele.
Por sua vez, cada uma daquelas pessoas será gentil com seus empregados, com os garçons, com os vendedores, com sua família.
Sem muito esforço, posso calcular que a gentileza pode se espalhar pelo menos em mil pessoas, num dia.
O executivo não conseguia entender muito bem a questão do contágio que o amigo lhe explicava.
Mas, você vai depender de um taxista! Não só de um taxista, respondeu o otimista.
Como não tenho certeza de que o método seja infalível, tenho de fazer a mesma coisa com todas as pessoas que eu contatar hoje.
Se eu conseguir que, ao menos, três delas fiquem felizes com o que eu lhes disser, indiretamente vou conseguir influenciar as atitudes de um sem número de outras.
O executivo não estava acreditando naquele método. Afinal, podia ser que não funcionasse, que não desse certo, que a pessoa não se sensibilizasse com as palavras gentis. Não tem importância, foi a resposta pronta do entusiasta.
Para mim, não custou nada ser gentil.
Você já pensou como seria bom se agradecessemos ao carteiro por nos trazer a correspondência em nossa residência?
Ao médico que nos atenda, ao balconista, ao caixa do supermercado...E a um professor, então? Quantos se mostram desestimulados porque ninguém lhes reconhece o trabalho!
Se receber um elogio, se alguém lhe disser como é bom o trabalho que está realizando com seu filho, como ele influenciará todos os alunos das várias classes em que leciona!
E cada aluno levará a mensagem para suas casas, seus amigos, seus vizinhos.

Pode não ser fácil, mas se pudermos recrutar alguém para a nossa campanha da gentileza...
Diz um provérbio de autoria desconhecida que as pessoas que dizem que não podem fazer, não deviam interromper aquelas que estão fazendo alguma coisa.
Pensemos nisso e procuremos nos engajar na campanha da gentileza.
Pode não dar certo com uma pessoa muito mal-humorada.
Mas também pode ser que ela se surpreenda por ser cumprimentada, e responda. Melhor do que isso: pode ser que ela decida cumprimentar alguém.
E, em fazendo isso, se sinta bem. E passe a cumprimentar as pessoas todos os dias.
Assim estaremos espalhando o germe da gentileza, que torna as pessoas mais próximas umas das outras.Uma campanha que espalha confiança, tranquilidade...
Pensemos nisso e façamos nossa adesão à campanha da gentileza, transformando a nossa cidade num oásis de paz.

16 junho 2008

E um dia você aprende que...

Depois de algum tempo você aprende a sutil diferença entre segurar uma mão e acorrentar uma alma,
E você aprende que amar não significa apoiar-se. E que companhia não quer sempre dizer segurança,
E você começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas.
E você começa a aceitar suas derrotas com sua cabeça erguida e seus olhos adiante, com a graça de adulto, não a tristeza de uma criança,
E você aprende a construir todas as estradas hoje, porque o terreno de amanhã é demasiado incerto para planos, e futuro tem costume de cair em meio do vôo.
E depois de um tempo você aprende que até mesmo a luz do sol queima se você ficar exposto por muito tempo.
Então você planta seu próprio jardim e enfeita sua própria alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que ....realmente pode resistir...que você realmente é forte e que você realmente tem valor
E você aprende e aprende...com cada adeus, você aprende.

Veronica A. Shoffstall

A Batata

Augusta estava muito chateada porque Lívia havia perdido um DVD que levou emprestado.
Embora a menina já tivesse pedido desculpas, Augusta não queria brincar com ela.
E, para completar, disse que não perdoava e que não queria mais falar no assunto. A mãe de Augusta, Dona Laura, não entendia como uma amizade tão antiga e tão bonita poderia acabar, de repente e por um motivo qualquer.
Sugeriu então:- Vamos fazer o seguinte: enquanto você estiver magoada com sua amiga,
você vai carregar esta batata pra todo lado.
Ela será sua nova amiga.
Augusta concordou, contando que não precisasse desculpar Lívia, pois achava que assim daria uma boa lição na garota.
Passou então a carregar a batata pela casa.
Quando foi tomar banho, lavou a batata, colocou perfume e até desenhou uma
carinha na nova amiga. No outro dia, antes de ir para a Escola, a mãe perguntou:
- Vai falar hoje com sua amiga Lívia?
Nem pensar... – respondeu Augusta.
Então leve a batata para a Escola. – disse firmemente a mãe.
Augusta achou estranho, mas no meio da mochila, ninguém ia perceber.
Durante o intervalo, lembrou que Lívia era uma amiga muito legal.
Teve vontade de desculpá-la, mas era orgulhosa: achava que estava certa e que a amiga devia sofrer.
No dia seguinte a mãe argumentou que alimentar sentimentos ruins prejudicava somente a quem sentia.
Mas nada fazia Augusta mudar de idéia. E, conforme o combinado, enquanto não perdoasse a amiga, carregaria a batatinha.- Por mim tudo bem – resmungou a menina cheia de mágoa. Porém, no terceiro dia, a batatinha começou a ter um cheiro esquisito.
Perguntaram o que havia na mochila.
Augusta desconversou.- Não dá mais!
A batata está cheirando mal! – disse aflita ao chegar em casa.- Mas foi você quem escolheu carregar mágoa – disse Dona Laura.- E o que isso tem a ver com a batata? – quis logo saber.
Então, calmamente, a mãe explicou que a batatinha simbolizava a mágoa que ela sentia pela amiga.
E que os sentimentos ruins não faziam mal à Lívia, mas sim à filha, que estava emitindo energias negativas, semelhante à batatinha que cheirava mal.
-Quando apenas dizemos que perdoamos, mas não esquecemos o que nos magoou, é como guardar a batatinha no guarda-roupa...
Ficamos e guardamos algo que só nos fará mal.
Já pensou depois de um mês? - Nem quero imaginar. Augusta finalmente compreendeu que ódio e mágoa são sentimentos que prejudicam somente a quem os sente.

Depois dessa conversa, Augusta perdoou Lívia e esqueceu completamente o que aconteceu. Ainda hoje, quando pensa em não perdoar ou guardar mágoa de alguém, lembra logo do cheiro ruim da batata que carregou, e trata logo de perdoar a pessoa e esquecer o fato.


Desconheço o autor

Amor...

O amor é um milagre que não acontece todos os dias...
Ele chega sem avisar, nos toma a maior parte do dia e quando chega a noite, ele queima por dentro da gente.
O amor nos dá asas, nos faz acreditar na liberdade, nos faz acreditar que é possível, que alguém, em algum lugar, faz tudo pra nos fazer contente.
O amor lapida até a mais antiga pedra.
Nos faz sonhar acordados,nos perdoa,quando estamos desolados.
Nos levanta, quando não temos mais forças, nos acalenta, quando estamos sozinhos.
O amor, pela simples palavra, nos faz sentir importantes, quando, muitas vezes, estivemos no fundo do poço.
O amor, em sua cor toda branca, não pode ser manchado, nem usado pra outros fins,
porque por ser intenso, por ser maravilhoso, deve ser cuidado, deve ser acreditado, pra que nunca, em nenhum momento, estejamos diante deste amor, magoados...

Desconheço autoria

13 junho 2008

Tempo Certo

De nada adianta querer apressar as coisas
Tudo vem ao seu tempo, dentro do prazo que lhe foi previsto, mas a natureza humana não é muito paciente.
Temos pressa em tudo, e aí acontecem os atropelos do destino, aquela situação que você mesmo provoca por pura ansiedade de não aguardar.
Então alguém poderia dizer: Mas qual é esse tempo certo???
Bom, basta observar os sinais... Quando alguma coisa está para acontecer ou chegar até sua vida, pequenas manifestações do cotidiano, enviarão sinais indicando o caminho.
Pode ser a palavra de um amigo um texto lido, uma observação qualquer; mas com certeza, o sincronismo se encarregará de colocar você no lugar certo, na hora certa, no momento certo, diante da situação ou da pessoa certa!!! Basta você acreditar que Nada Acontece Por Acaso!!!
E talvez seja por isso que você esteja agora lendo essas linhas...
Tente observar melhor o que está a sua volta.
Com certeza alguns desses sinais já estão por perto, e você nem os notou ainda. Lembre-se que: O universo sempre conspira a seu favor.
Quando você possui um objetivo claro e uma disponibilidade de crescimento.

Paulo Coelho

12 junho 2008

Não pense duas vezes...

A felicidade é um susto. Chega na calada da noite, na fala do dia, no improviso das horas.
Chega sem chegar, insinua mais que propõe... Felicidade é animal arisco.
Tem que ser admirada à distância porque não aceita a jaula que preparamos para ela.
Vê-la solta e livre no campo, correndo com sua velocidade tão elegante é uma sublime forma de possuí-la.
Felicidade é chuva que cai na madrugada, quando dormimos.
O que vemos é a terra agradecida, pronta para fecundar o que nela está sepultado, aguardando a hora da ressurreição.
Felicidade é coisa que não tem nome.
É silêncio que perpassa os dias tornando-os mais belos e falantes.
Felicidade é carinho de mãe em situação de desespero.
É olhar de amigo em horas de abandono. É fala calmante em instantes de desconsolo.
Felicidade é palavra pouca que diz muito.
É frase dita na hora certa e que vale por livros inteiros.
Eu busco a frase de cada dia, o poema que me espera na esquina, o recado de Deus escrito na minha geladeira...
Eu vivo assim... Sem doma, sem dona, sem porteiras, porque a felicidade é meu destino de honra, meu brasão e minha bandeira.
Eu quero a felicidade de toda hora.
Não quero o rancor, não quero o alarde dos artifícios das palavras comuns, nem tampouco o amor que deseja aprisionar meu sonho em suas gaiolas tão mesquinhas.
O que quero é o olhar de Jesus refletido no olhar de quem amo. Isso sim é felicidade sem medidas.
O café quente na tarde fria, a conversa tão cheia de humor, o choro vez em quando.
Felicidades pequenas... O olhar da criança que me acompanha do colo da mãe, e que depois, à distância , sorri segura, porque sabe que eu não a levarei de seu lugar preferido.
A felicidade é coisa sem jeito, mas com ela eu me ajeito. Não forço para que seja como quero, apenas acolho sua chegada, quando menos espero. E então sorrio, como quem sabe, que quando ela chega, o melhor é não dispersar as forças...
E aí sou feliz por inteiro na pequena parte que me cabe.
O que hoje você tem diante dos olhos?
Merece um sorriso?
Não pense duas vezes...

Pe Fabio

11 junho 2008

Quando se ama

Quando se ama, acredita-se que um momento é eterno, que um gesto é insubstituível mesmo sendo ele tão singelo.
Quando se ama, se entrega, se manifesta no desejo de querer cada dia mais e mais.
Quando se ama, a vida se torna uma apresentação de sentimentos alegres, onde a simplicidade de estar presente se torna essencial.
Quando se ama, mesmo que a tempestade tente te alcançar, sempre existirá um sol brilhando para te aquecer, uma estrela perfeita para te iluminar.
Quando se ama, se faz perfeito, mesmo que em alguns momentos você pode sem querer magoar, sem querer machucar, mesmo assim o desejo de deixar tudo bem é maior que qualquer desentendimento.
Quando se ama é assim, compartilha dos momentos felizes e tristes com a esperança de sempre acordar com um sorriso no rosto.
Quando se ama se é feliz, completo.
Assim o amor vai construindo muralhas para fortalecer o que mais almejamos na vida... a felicidade.

Fabiana T.Oliveira

10 junho 2008

A verdade sobre Romeu e Julieta

Sabem porque Romeu e Julieta são ícones do amor?
São falados e lembrados, atravessaram os séculos incólumes no tempo, se instalando no mundo de hoje como casal modelo de amor eterno?
Porque morreram e não tiveram tempo de passar pelas adversidades que os relacionamentos estão sujeitos pela vida afora. Senão provavelmente Romeu estaria hoje com a Manoela e Julieta com o Ricardão.
Romeu nunca traiu a Julieta numa balada com uma loira linda e siliconada motivado pelo impulso do álcool.
Julieta nunca ficou 5 horas seguidas esperando Romeu ,fumando um cigarro atrás do outro, ligando incessantemente para o celular dele que estava desligado.
Romeu não disse para Julieta que a amava, que ela especial e depois sumiu por semanas. Julieta não teve a oportunidade de mostrar para ele o quanto ficava insuportável na TPM.
Romeu não saia sexta feira a noite para jogar futebol com os amigos e só voltava as 6:00 da manhã bêbado e com um sutiã perdido no meio da jaqueta (que não era da Julieta).
Julieta não teve filhos, engordou, ficou cheia de estrias e celulite e histérica com muita coisa para fazer.
Romeu não disse para Julieta que precisava de um tempo, que estava confuso, querendo na verdade curtir a vida e que ainda era muito novo para se envolver definitivamente com alguém. Julieta não tinha um ex-namorado em quem ela sempre pensava ficando por horas distante, deixando Romeu com a pulga atrás da orelha.
Romeu nunca deixou de mandar flores para Julieta no dia dos namorados alegando estar sem dinheiro. Julieta nunca tomou um porre fenomenal e num momento de descontrole bateu na cara do Romeu no meio de um bar lotado.
Romeu nunca duvidou da virgindade da Julieta.
Julieta nunca ficou com o melhor amigo de Romeu.
Romeu nunca foi numa despedida de solteiro com os amigos num prostíbulo.
Julieta nunca teve uma crise de ciúme achando que Romeu estava dando mole para uma amiga dela.
Romeu nunca disse para Julieta que na verdade só queria sexo e não um relacionamento sério, ela deve ter confundido as coisas.
Julieta nunca cortou dois dedos de cabelo e depois teve uma crise porque Romeu não percebeu a mudança.
Romeu não tinha uma ex- mulher que infernizava a vida da Julieta.
Julieta nunca disse que estava com dor de cabeça e virou para o lado e dormiu.
Romeu nunca chegou para buscar a Julieta com uma camisa xadrez horrível de manga curta e um sapato para lá de ultrapassado, deixando- a sem saber onde enfiar a cara de vergonha...
Por essas e por outras que eles morreram se amando...


Francine Bittencourt de Oliveira é a autora do texto abaixo, intitulado "A verdade sobre Romeu e Julieta", espalhado pela internet como sendo do Luis Fernando Verissimo, em outros textos ela aparece como sendo de autor desconhecido.
A foto que ilustra o texto recolhi de matéria sobre o filme ROMEU E JULIETA, de autoria do cineasta Franco Zefirelli

09 junho 2008

Namorados

Quem não tem namorado é alguém que tirou férias não remuneradas de si mesmo.
Namorado é a mais difícil das conquistas.
Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia.
Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão, é fácil.
Mas namorado, mesmo, é muito difícil. Namorado não precisa ser o mais bonito, mas ser aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio e quase desmaia pedindo proteção.
A proteção não precisa ser parruda, decidida; ou bandoleira basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição.
Quem não tem namorado é quem não tem amor é quem não sabe o gosto de namorar. Há quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois amantes; mesmo assim pode não ter nenhum namorado.
Não tem namorado quem não sabe o gosto de chuva, cinema sessão das duas, medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no trabalho.
Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar sorvete ou lagartixa e quem ama sem alegria.
Não tem namorado quem faz pacto de amor apenas com a infelicidade.
Namorar é fazer pactos com a felicidade ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de durar.
Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas; de carinho escondido na hora em que passa o filme; de flor catada no muro e entregue de repente; de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque lida bem devagar; de gargalhada quando fala junto ou descobre meia rasgada; de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário.
Não tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, de fazer cesta abraçado, fazer compra junto.
Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor.
Não tem namorado quem não redescobre a criança própria e a do amado e sai com ela para parques, fliperamas, beira - d'água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical da Metro.
Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos; quem gosta sem curtir; quem curte sem aprofundar.
Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada, ou meio-dia do dia de sol em plena praia cheia de rivais.
Não tem namorado quem ama sem se dedicar; quem namora sem brincar; quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele.
Não tem namorado quem confunde solidão com ficar sozinho e em paz.
Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.
Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando duzentos quilos de grilos e medos, ponha a saia mais leve, aquela de chita e passeie de mãos dadas com o ar.
Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança.
De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim.
Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela.
Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada.
Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteria.
Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido.
ENLOU-CRESÇA.




Este texto, frequentemente, tem sido atribuído a Carlos Drummond de Andrade. Mas, de fato, é de Artur da Távola. Foi publicado no livro: "Amor a sim mesmo" (sic) - (coletânea de crônicas de Távola), Ed. Círculo do Livro, por cortesia da Ed. Nova Fronteira S.A. copyright - © 1.984 Paulo Alberto M. Monteiro de Barros (nome real de Artur da Távola).

05 junho 2008

Demissão

Demissão (por um retorno à paixão da vida!)
Venho por meio desta, apresentar oficialmente meu pedido de demissão da categoria dos adultos.
Resolvi que quero voltar a ter as responsabilidades e as idéias de uma criança de 8 anos no máximo.
Quero acreditar que o mundo é justo e que todas as pessoas são honestas e boas.
Quero acreditar que tudo é possível.
Quero que as complexidades da vida passem desapercebidas por mim e quero ficar encantado
com as pequenas maravilhas deste mundo.
Quero de volta uma vida simples e sem complicações.
Cansei dos dias cheios de computadores que falham, montanha de papeladas, notícias deprimentes, contas a pagar, fofocas, doenças e necessidade de atribuir um valor monetário a tudo o que existe.
Não quero mais ter que inventar jeitos para fazer o dinheiro chegar até o dia do próximo pagamento.
Não quero mais ser obrigado a dizer adeus a pessoas queridas e, com elas, a uma parte da minha vida.
Quero ter a certeza de que Deus está no céu, e de que por isso, tudo está direitinho nesse mundo.
Quero viajar ao redor do mundo no barquinho de papel que vou navegar numa poça deixada pela chuva.
Quero jogar pedrinhas na água e ter tempo para olhar as ondas que elas formam.
Quero achar que as moedas de chocolate são melhores do que as de verdade, porque podemos comê-las e ficar com a cara toda lambuzada.
Quero ficar feliz quando amadurecer o primeiro caju, a primeira manga ou quando a jabuticabeira ficar pretinha de frutas.
Quero poder passar as tardes de verão à sombra de uma árvore, construindo castelos no ar
e dividindo-os com meus amigos.
Quero voltar a achar que chicletes e picolés são as melhores coisas da vida.
Quero que as maiores competições em que eu tenha de entrar sejam um jogo de bola de gude
ou uma pelada.
Quero voltar ao tempo em que tudo o que eu sabia era o nome das cores, a tabuada,
as cantigas de roda, a "Batatinha quando nasce..." e a "Ave Maria" e que isso não me incomodava nadinha, porque eu não tinha a menor idéia de quantas coisas eu ainda não sabia.
Quero voltar ao tempo em que se é feliz, simplesmente porque se vive na bendita ignorância da existência de coisas que podem nos preocupar ou aborrecer.
Quero acreditar no poder dos sorrisos, dos abraços, dos agrados, das palavras gentis, da verdade, da justiça, da paz, dos sonhos, da imaginação, dos castelos no ar e na areia.
Quero estar convencido de que tudo isso... vale muito mais do que o dinheiro!
A partir de hoje, isso é com vocês, porque eu estou me demitindo da vida de adulto.
Agora, se você quiser discutir a questão, vai ter de me pegar...
Demita-se você também dessa sua vida chata de adulto,
NÃO TENHA MEDO DE SER FELIZ!!!

Maria Clara Isoldi Whyte

A dança

Os anos passam...
As lembranças são eternas.
A saudade permanente e os nossos olhos à procura de tempos vividos.
Vivemos lições de vida, aprendemos a vasculhar nas nossas recordações do coração e a acariciar momentos que se foram para não mais voltar.
Crescemos na alma, mas sempre seremos frágeis no amor .
Muitos anos virão ou quem sabe, nossa estada nesta vida seja curta, nada sabemos do amanhã, nem quando vamos...
Os anos continuam a desfilar na passarela da aprendizagem e nós protagonistas da vida, enfrentamos os momentos que nos fazem infelizes e deliciamo-nos com os felizes!
Resumimos que a vida é uma grande dança em que almas se encontram, esbarram, unem e separam-se.
Cada qual dança com os seus conflitos, na esperança e na suavidade de momentos de amor de todos os anos que se foram.
Com todas as adversidades, com as lágrimas derramadas, ainda assim, a alegria de viver é o maior presente embrulhado em papéis de brilhos de momentos.
Relembrar é viver um pouco mais. Vamos viver a vida pois ela é curta.
Valorizar e amar a nós mesmo pois ninguém mais do que nós próprios , nos conhece.
E não nos podemos esquecer ...
Poucos irão lembrar o que fizemos de bem, mas todos vão lembrar os nossos erros.
Não conheço a autoria. A foto foi feita pelo Guilherme Santos

OLhar

Quem não compreende um olhar,

tampouco compreenderá uma longa explicação.




Mario Quintana

O livro

As páginas da vida são cheias de surpresas...
Há capítulos de tristeza,mas também de alegrias,

Há mistérios e fantasias,

Sofrimentos e decepções.

Por isso, não rasguepáginas e nem solte capítulos,

Não se apresse adescobrir os mistérios.

Não perca as esperanças,

Pois muitos são os finais felizes.

E nunca se esqueça do principal:

No livro da Vida...
o Autor é Você!

04 junho 2008

Recordações

Dentro de pensamentos e objetos pequenas coisas
De grandes valores ao coração.
Presentes para grandes recordações,
Valores sentimentais...em simples coisas
Se guardam momentos de felicidade;
Momentos inesquecíveis, os quais as estrelas e a lua foram testemunhas;
Testemunharam a felicidade unida ao amor
Recordações que podem ser jogadas pela janela, mas jamais apagadas do coração.
Recordações que fortalecem a saudade e alimentam a esperança.
Segredos escondidos em cartas, presentes, ou em uma linda canção...
Recordações que alimentam os sonhos
E calam as palavras.
Recordações...simples recordações que fantasiam a alma e multiplicam os desejos;
Desejos que se prendem em doces recordações.

ESte texto foi enviado para cá pela Cristina Pazian, a quem agradecemos todo o carinho pelos textos apresentados.

03 junho 2008

Solidão

Há muitas pessoas que sofrem do mal da solidão.
Basta que em redor delas se arme o silencio, que não se manifeste aos seus olhos nenhuma presença humana, para que delas se apoderem imensa angústia: como se o peso do céu desabasse sobre a sua cabeça, como se dos horizontes se levantasse o anúncio do fim do mundo.
No entanto, haverá na terra verdadeira solidão?
Não estamos todos cercados por inúmeros objetos, por infinitas formas da Natureza e o nosso mundo particular não está cheio de lembranças, de sonhos, de raciocínios, de idéias, que impedem uma total solidão?
Tudo é vivo e tudo fala, em redor de nós, embora com vida e voz que não são humanas, mas que podemos aprender a escutar, porque muitas vezes essa linguagem secreta ajuda a esclarecer o nosso próprio mistério.
Como aquele Sultão Mamude, que entendia a fala dos pássaros, podemos aplicar todas a nossa sensibilidade a esse aparente vazio de solidão: e pouco a pouco nos sentiremos enriquecidos.
Pintores e fotógrafos andam em volta dos objetos à procura de ângulos, jogos de luz, eloquência de formas, para revelarem aquilo que lhes parece não só o mais estático dos seus aspectos, mas também o mais comunicável, o mais rico de sugestões, o mais capaz de transmitir aquilo que excede os limites físicos desses objetos, constituindo, de certo modo, seu espírito e sua alma.


Cecília Meireles

02 junho 2008

Ser ou não ser de ninguém?

Na hora de cantar todo mundo enche o peito, levanta os braços, sorri e dispara: "eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também".
No entanto, passado o efeito do uísque com energético e dos beijos descompromissados, os adeptos da geração "tribalista" se dirigem aos consultórios terapêuticos, ou alugam os ouvidos do amigo mais próximo para reclamar de solidão, ausência de interesse das pessoas, descaso e rejeição. A maioria não quer ser de ninguém, mas quer que alguém seja seu.
Beijar na boca é bom? Claro que é!
Manter-se sem compromisso, viver rodeado de amigos em baladas animadíssimas é legal? Evidente que sim. Mas por que reclamam depois?
Será que os grupos tribalistas se esqueceram da velha lição ensinada no colégio, de que "toda ação tem uma reação"?
Agir como tribalista tem conseqüências, boas e ruins, como tudo na vida.
Não dá, infelizmente, para ficar somente com a cereja do bolo - beijar de língua, namorar e não ser de ninguém.
Para comer a cereja é preciso comer o bolo todo e nele, os ingredientes vão além do descompromisso, como: não receber o famoso telefonema no dia seguinte, não saber se está namorando mesmo depois de sair um mês com a mesma pessoa, não se importar se o outro estiver beijando outra, etc, etc, etc.
Embora já saibam namorar, "os tribalistas" não namoram.
Ficar também é coisa do passado. A palavra de ordem hoje é "namorix".
A pessoa pode ter um, dois e até três namorix ao mesmo tempo.
Dificilmente está apaixonada por seus namorix, mas gosta da companhia do outro e de cultivar a ilusão de que não está sozinho.
Nessa nova modalidade de relacionamento, ninguém pode se queixar de nada.
Caso uma das partes se ausente durante uma semana, a outra deve fingir que nada aconteceu - afinal, não estão namorando.
Aliás, quando foi que se estabeleceu que namoro é sinônimo de cobrança?
A nova geração prega liberdade, mas acaba tendo visões unilaterais.
Assim como só deseja "a cereja do bolo tribal", enxerga apenas o lado negativo das relações mais sólidas.
Desconhece a delícia de assistir um filme debaixo das cobertas num dia chuvoso comendo pipoca com chocolate quente, o prazer de dormir junto abraçado roçando os pés sob as cobertas e a troca de cumplicidade, carinho e amor.
Namorar é algo que vai muito além das cobranças.
É cuidar do outro e ser cuidado por ele, é telefonar só para dizer boa noite, ter uma boa companhia para ir ao cinema de mãos dadas, transar por amor, ter alguém para fazer e receber cafuné, um colo para chorar, uma mão para enxugar lágrimas, enfim, é ter alguém para amar.
Já dizia o poeta Carlos Drummond de Andrade que "amar se aprende amando" e se seguirmos seu raciocínio, esbarraremos na lição que nos foi transmitida nas décadas passadas: relação é sinônimo de desilusão.
O número avassalador de divórcios nos últimos tempos, só veio confirmar essa tese e aqueles que se divorciaram (pais e mães dos adeptos do tribalismo) vendem (na maioria das vezes) a idéia de que casar é um péssimo negócio e que uma relação sólida é sinônimo de frustrações futuras.
Talvez seja por isso que pronunciar a palavra "namoro" traga tanto medo e rejeição.
No entanto, vivemos em uma época muito diferente daquela em que nossos pais viveram.
Hoje podemos optar com maior liberdade e não somos mais obrigados a "comer sal junto até morrer".
Não se trata de responsabilizar pais e mães, ou atribuir um significado latente aos acontecimentos vividos e assimilados na infância, pois somos responsáveis por nossas escolhas, assim como o que fazemos com as lições que nos chegam.
A questão não é causal, mas quem sabe correlacional.
Podemos aprender amar se relacionando.
Trocando experiências, afetos, conflitos e sensações.
Não precisamos amar sob os conceitos que nos foram passados. Somos livres para optar.
E ser livre não é beijar na boca e não ser de ninguém. É ter coragem, ser autêntico e se permitir viver um sentimento...
É arriscar, pagar para ver e correr atrás da felicidade.
É doar e receber, é estar disponível de alma, para que as surpresas da vida possam aparecer.
É compartilhar momentos de alegria e buscar tirar proveito até mesmo das coisas ruins.
Ser de todo mundo, não ser de ninguém é o mesmo que não ter ninguém também...
É não ser livre para trocar e crescer...
É estar fadado ao fracasso emocional e à tão temida solidão.


Esse texto tem sido atribuído a Arnaldo Jabor, mas é de Mônica Montone.

Felicidade

Felicidade, és coisa estranha e dolorosa.
Fizeste para sempre a vida ficar triste,
Porque um dia se vê que as horas passam,
E um tempo despovoado e profundo persiste.
Cecília Meireles.