Não sei se foste aquele que sonhei,
Mas sei que foste aquele que escolhi...
Não sei se foste aquele que amei,
Mas sei que foste estátua que erigi!...
As memórias de tudo que te dei
São masmorras que eu própria construí!
A febre com que sempre te beijei
É mistério que nunca descobri...
E tu, com tua sede de infinito
E todo o teu silêncio que era grito
De rútilas miragens e desejos.
Encontraste o teu "eu" sempre sonhado?
Já sorveste o teu vento perfumado?
Sentiste a chama rubra d'outros beijos?!!!
F. Costa
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